Mario D'angelo:
Acordei antes de Stefano, a luz suave da manhã filtrando-se pelas cortinas. Olhei para ele, deitado ali, com a respiração tranquila, o rosto sereno. A paz que ele irradiava era contagiante, e um sorriso escapou dos meus lábios. Ele é meu. Meu esposo. Ainda soa estranho, mas ao mesmo tempo tão certo. Eu sabia que já vivíamos como casados há meses, mas agora, no papel, tudo parecia ter um peso diferente, um significado mais profundo.
Com cuidado, me aproximei, tentando não fazer nenhum ruído que pudesse despertá-lo. Eu queria que ele continuasse dormindo, descansando, do jeito que ele merece. Peguei-o nos braços, sentindo o calor do corpo dele contra o meu. Ele se mexeu um pouco, mas nada que perturbasse seu sono. O leve sorriso em seus lábios me dizia que ele estava sonhando com algo bom. Talvez com nós dois, quem sabe?
Levei-o até o banheiro, onde planejei limpar cada pedacinho dele, com o carinho que só eu sei dar. Meu Stefano merece isso — ser cuidado, ser mimado, ser amado de uma forma que o mundo todo veja. Enquanto limpava suavemente seu rosto, suas mãos, eu pensava em como nossa vida mudou. Casados... finalmente.
Aquele sentimento de completude era quase inexplicável. Mesmo que já tivéssemos vivido essa vida por meses, o simples fato de termos assinado o papel me fazia sentir que era real de uma maneira nova. Eu ri sozinho, pensando em como, no fundo, não mudou muita coisa. Mas, ao mesmo tempo, mudou tudo. Era como se o "nós" tivesse ganhado uma cor mais vibrante, uma textura mais rica.
Depois de deixá-lo limpinho, voltei a colocá-lo na cama, com a maior gentileza possível, como quem coloca uma joia de volta em seu estojo. Deitei ao lado dele, só para admirar por mais um momento, e fiquei pensando: "Como tive tanta sorte?"
Fiquei ali por mais alguns instantes, observando Stefano respirar lentamente. Meu coração se enchia de uma ternura imensa só de estar ao lado dele. Ele parecia tão tranquilo, e eu sentia um orgulho genuíno por poder cuidar de alguém assim, que fazia minha vida ser tão completa.
Eventualmente, me levantei, tentando ser o mais silencioso possível, porque sabia que ele merecia não só o descanso, mas também um café da manhã que estivesse à altura de tudo o que significava para mim. Desci para a cozinha, já pensando nos detalhes: algo que ele realmente merecesse, não só um café qualquer.
Enquanto procurava os ingredientes, sorri ao imaginar sua reação ao ver o prato que eu estava prestes a preparar. "Hoje é o dia dele", pensei comigo mesmo. Eu queria que cada gesto mostrasse o quanto ele é importante, o quanto esse casamento significava, mesmo que tivéssemos passado meses vivendo como se já fosse oficial.
Com cada movimento, picando frutas, preparando o café fresco, batendo ovos para uma omelete perfeita, minha mente voltava àquele sentimento de gratidão e amor. Eu só queria que ele soubesse, sem precisar dizer uma palavra, que esse café da manhã era apenas mais uma pequena expressão do que ele representava na minha vida.
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Arrumei tudo com cuidado, colocando o café da manhã na bandeja, tentando fazer com que cada detalhe estivesse perfeito. Quando achei que estava pronto, segui em direção ao quarto. Ao abrir a porta, lá estava ele, ainda meio sonolento, mas já acordando. Ele se espreguiçava preguiçosamente, o corpo relaxado entre os lençóis, e seus olhos, ainda pesados de sono, começaram a focar em mim.
Eu sorri, sentindo aquela felicidade genuína e simples que só o amor verdadeiro traz. Assim que nossos olhares se encontraram, falamos juntos, como se estivéssemos em perfeita sintonia:
— Bom dia, marido.
Ambos rimos ao mesmo tempo, como se aquela palavra — "marido" — fosse uma espécie de piada interna que só nós dois entendíamos. Sorrimos um para o outro, e naquele instante, o mundo todo parecia se resumir àquele quarto, àquele momento.
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Amor rebelde | Livro 1.5 - Meu coração é seu!
RomansaStefano e Mario sempre souberam que eram feitos um para o outro desde o momento em que se encontraram. Suas almas pareciam se entender de uma maneira profunda e sincera, com sonhos e valores compartilhados que fortaleceram o vínculo entre eles. O ca...