Amor rebelde | Livro 1.5 - Meu coração é seu!

Capitulo Trinta e Cinco

Mario D'angelo:

Um mês depois....

O mês passou tão depressa que mal tive tempo de perceber. Era o início da primavera, mas o frio insistia em ficar. As flores começavam a desabrochar, trazendo um pouco de cor ao cenário, enquanto Vicente se dedicava intensamente à organização do casamento. Ele dizia que não havia mais nada para ser feito, mas era evidente o quanto estava ansioso. Depois de muita insistência, permitiu que Pedro assumisse as rédeas da organização — mesmo que fosse apenas por alguns momentos. Vicente aproveitou essa pausa para passar mais tempo com os gêmeos, Otávia e Gabriel, que enchiam a casa de risadas e correria.

O local escolhido para o casamento era, sem dúvida, dos sonhos. Um salão de festas sofisticado, todo de vidro, em formato semicircular, que brilhava como um cristal sob o sol. Quando disseram que amigos iriam ceder o espaço sem cobrar nada, fiquei surpreso. Mas, mesmo assim, só a decoração custou uma fortuna. As flores, as luzes, os tecidos... Tudo parecia tirado de um conto de fadas, com um toque moderno e elegante. Quando vimos o resultado final, foi impossível não ficar de queixo caído. Pedro e Vicente tinham acertado em cheio.

Os convites foram enviados para todos que conhecíamos, e, em cada um deles, Pedro fez questão de incluir uma mensagem especial. "Amo Vicente com todo o meu coração, e, com nossos filhos, esse amor se multiplicou. Mal posso esperar para viver o resto dos meus dias ao lado dele", escreveu ele. Confesso que fiquei emocionado ao ler. Era algo simples, mas carregado de verdade.

No dia do casamento, o salão estava impecável, com uma decoração de tirar o fôlego. Quando olhei ao redor, vi lágrimas nos olhos do pai de Vicente, que o conduzia até o altar com passos hesitantes, tentando manter a compostura. A emoção era palpável. Senti os dedos de Stefano se entrelaçando aos meus, e sorri para ele, que retribuiu com um olhar carinhoso e confiante. Quando chegaram ao altar, vi Vicente sussurrar algo ao pai, que balançou a cabeça antes de entregar sua mão à de Pedro. A troca foi tão carregada de sentimentos que até Donald, que estava atrás de nós, não conseguiu segurar uma risadinha ao ver a reação nervosa e apaixonada dos dois.

Então, a juíza de paz, com um sorriso sereno, iniciou a cerimônia. A voz dela enchia a sala com um tom de solenidade que fez todos nós ficarmos em silêncio, atentos a cada palavra.

— Pedro, você está disposto a se casar com Vicente? Você está disposto a amá-lo e ser leal a ele até o fim de seus dias? Ouví-lo em todas as situações e ser um companheiro fiel, sem nunca duvidar das decisões que ambos terão que tomar?

Pedro olhou para Vicente, e seus olhos brilharam.

— Sim, com toda a minha alma, estou disposto a me casar com Vicente. Estou disposto a amá-lo não apenas nos dias ensolarados, mas também nas tempestades que a vida nos apresentar. Serei leal a ele, honrando a confiança que depositamos um no outro. Ouvir suas palavras e sentir suas emoções será minha prioridade, porque nossa comunicação é a base de nossa força. E ser um companheiro fiel é mais do que um compromisso, é uma promessa sincera de apoio inabalável. Com Vicente ao meu lado, não tenho dúvidas de que enfrentaremos o futuro com coragem e amor.

Sua voz era firme, mas notei um tremor suave de emoção nas últimas palavras. Foi impossível não me emocionar, sentindo um nó se formar na garganta.

Quando chegou a vez de Vicente, a juíza perguntou:

— Vicente, você está disposto a se casar com Pedro? Você está disposto a amá-lo e ser leal a ele até o fim de seus dias, ouvi-lo em todas as situações e ser um companheiro fiel, sem nunca duvidar das decisões que ambos terão que tomar?

Ele olhou para Pedro, que murmurou algo baixinho, talvez um "eu te amo" ou algo ainda mais doce. As palavras da juíza pairaram no ar, e um silêncio profundo tomou conta da sala. O coração de todos parecia ter parado por um segundo. E então, Vicente respondeu com a voz firme e calma: