No dia seguinte, todos os aventureiros sabiam sobre as bestas ancestrais e como era de se esperar, muitos entraram em pânico. Alguns foram para outras cidades (como Gueny pensava que podia acontecer), outros tinham brandado em altas vozes que o fim estava chegando. O resultado foi que, todas as pessoas, no dia seguinte, descobriram sobre as bestas.
Colomar entrou em um caos completo, as pessoas estavam nas portas da agência, pedindo por
proteção. Houve um tumulto logo no início da manhã, um fila tinha sido formada na entrada da agência e alguns homens começaram uma briga. Dois se feriram e um acabou morto pisoteado.— Estão feitos uns animais. — Keloy disse no almoço, enquanto servia todos da sua família. — Mas já era uma coisa esperada. Até essas bestas morrerem, a cidade ficará com medo.
Ou até nós morrermos, Kori pensou enquanto levava o garfo a boca.
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No resto da cidade, outras coisas aconteciam. Na mansão dos Vandsfurg, os anões: Kono, Toko e Karo trabalhavam exaustivamente para fazer as armas e armaduras para todos aqueles que lutariam contra as bestas. Dos 75 membros, apenas 10 eram nível 5 para cima.
Gueny tinha pedido um cajado novo a eles, e logo viu o quanto os anões eram engenhosos.
— Uma pedra de demônio. — Kono, o anão ruivo e barbudo disse. — Encontrado apenas no país dos demônios. Eles usam em suas testas, não serve para nada muito útil, na testa deles, eu digo. Aqueles que a possuem mostram a aqueles que não tem algo muito importante: autoridade. Mas o que eles não sabem é que essa pedra tem um poder mágico latente.
— E qual é? — Gueny perguntou ao anão, que sorria como se fosse o mais historiador da terra. Ela sabia bem o que fazia a pedra.
— Aumenta os poderes mágicos, principalmente para usuários de combate mágico, como a senhora. — ele disse.
— Oh! — ela tentou parecer a mais surpresa possível.
O cajado tinha 1,60 de altura, feito do galho de uma árvore mágica, o anão havia dito. Era bonito e a pedra verde presa a galhos na ponta o deixava ainda mais exuberante.
Mine havia pedido uma nova espada, a sua era boa, mas ela não recusaria a chance de conseguir uma espada boa de graça. No fim, ela tinha recebido uma espada negra com desenhos em vermelho, a lâmina brilhava.
— É feito de uma aço raro da minha terra natal. — disse Kono — É aço quente, fará tudo que o tocar queimar até a morte. Bom, agora é ver se vai funcionar nas bestas, hehe.
Gueny não tinha gostado daquele sorriso, mas relevou, vendo o sorriso de Mine.
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Em outras regiões da cidade, mais pessoas começavam os preparativos para a batalha. E quem estava trabalhando na família Ganimagni era Herca.
Ele teve o azar de nascer na família de um ferreiro, se tornou um aventureiro e começou a trabalhar para os Ganimagni. A família era grande e rica, por isso os seus serviços eram normalmente consertar ou afiar uma espada. Mas agora, com a aproximação das bestas, tudo estava mudando.
Quando recebeu a mensagem de Hetho, o anfitrião da família, de fazer 150 espadas e reparar mais 35, ele quase não acreditou. Estava trabalhando feito um doido e nem dormira na noite passada. Era um trabalho quase impossível.
Mas ele sentia um apreço por Hetho, que cuidara desde que o seu pai morrera, ele se esforçaria para cumprir o pedido, mesmo que suas mãos caíssem.
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No lar dos Collock, as ideias eram outras. O líder da família, Annar Collock, pediu que seus “filhos” saíssem as ruas e fossem as casas das pessoas.
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Os filhos de Mägur: Despertar | Vol. 1
FantasíaNos primórdios dos tempos, quando os homens ainda não viviam em suas luxuosas casas e sequer pensavam em guerras, os Pilares caíram do céu. Eram construções massivas feitas de pedra, mas que se assemelhavam mais a pilares gigantes do que outra cois...