Clandestina.

Capítulo 12.

No dia seguinte, a casa estava em repleto silencio, Naruto dormia agarrado no irmão na cama do caçula, Hinata levantou mais cedo para preparar o café da manhã, e esperar por Mito, resolveu deixar os meninos dormirem, tentou ligar para Chiyo e pedir desculpas a ela pelo dia anterior, mas ela não atendia as chamadas.

A morena estava sentada em uma das cadeiras da mesa da cozinha com uma xicara de café em mãos, tentando manter a calma pelo dia conturbado que estaria por vir, ia começar a comer uma torrada quando ouve a campainha, achou estranho, eram 9h da manhã, quem seria?

Ela se levantou e foi até a porta atender, quando abriu, uma bela mulher de longos cabelos vermelhos e pele pálida estava na porta com um sorriso de lado no rosto.

- Voce deve ser a Hinata – disse ela sorrindo mais e estendeu a mão – Sou Mito, tia dos meninos.

- A sim, entre por favor – Hinata a cumprimentou, deu passagem para ela entrar e viu quão semelhança dela com Kushina – Bom, os meninos ainda estão dormindo, foi, uma noite difícil.

Mito deixou sua bolsa em cima de um dos sofás, e olhou para a moça, ainda bem que Hinata estava devidamente vestida, um vestido lilás de alças finas, marcando a cintura e de saia rodada, sapatilhas brancas e os cabelos soltos, uma boneca.

- Eu imagino, Naruto é muito grudado no irmão, eu não queria Hinata, separar os dois, juro por Deus que isso se passou longe da minha cabeça – Mito tinha os olhos marejados – Mas, eu soube que estão atrás de voce, e eu temo pela vida dele.

- Me desculpe Senhora, eu não queria trazer tanto problema para vocês, eu nem mesmo sei o motivo de tanta perseguição, eu cheguei em Tokyo para ter uma vida normal, mas pelo jeito os problemas me seguem.

Hinata guiou Mito até a cozinha lhe oferecendo café que foi aceito de prontidão, já que saíra de casa sem comer.

- Não se culpe querida, essa Shion sempre foi louca pelo meu sobrinho, acredite, minha irmã e meu cunhado tiveram muitos problemas por causa dela, e esse amor doentio, parece que só piora.

Hinata respirou fundo, olhou para suas mãos envolta da xicara, e tentava entender, aquilo era demais para ela, quando de repente, ouvem passos vindo da direção da escada, era Naruto.

Estava descalço, calça de moletom cinza e uma regata branca, o rosto inchado e os olhos avermelhados pelo choro constante, entrou na cozinha estranhando sua tia já estar ali.

- Tia? – disse ele – Não ia chegar na hora do almoço?

Ela se levantou estendendo o braço para sobrinho e lhe dando um abraço.

- Sim, mas resolvi vir antes, pra podermos conversar melhor, e claro, conhecer a Hinata – disse olhando para a mesma – Ela é um doce de menina, não entendo o porquê de quererem matar ela.

- Nem eu tia – disse ele suspirando e se sentando ao lado da amada – Mas, o que quer falar comigo?

Mito retomou o acento e ficou séria.

- Olha, eu sei que a guarda do Kono é sua, que ele é sua responsabilidade, mas ele é só um menino Naruto, se acontecer algo com ele voce vai conseguir conviver com a culpa? – Naruto negou cabisbaixo – Sua mãe ia querer que eu cuidasse de vocês sempre, e é isso que eu vou fazer.

- Eu sei – disse ele baixo com a voz embargada – Eu pensei muito nisso durante a madrugada, Konohamaru dormiu grudado em mim, e mesmo ele pensando que estou o abandonando, eu tenho que deixar ele ir, eu fiz burrada ontem, descontei tudo na Chiyo, eu sei, sou um idiota descontrolado, mas a ideia de ficar longe do meu irmão – Naruto engoliu seco segurando o choro, logo ergueu a cabeça – Ficar longe dele me mata tia, mas eu não vou ser egoísta, e deixar ele aqui no meio da briga de gente grande.