Lalisa Manoban é uma jovem de 21 anos com um passado horrível e devastador, mas que hoje tem uma das mentes mais brilhantes do mundo, se não a mais brilhante.
Já Jennie Kim é uma Jovem de 20 anos que sempre foi bem de vida, com os pais sempre ao se...
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Punto de vista Lalisa
— O que aconteceu, Lalisa? — Jin perguntou, sentado de maneira descontraída em sua cadeira, como se o mundo estivesse em paz.
Voltamos para a casa que servia como nosso QG improvisado, e agora todos estávamos reunidos ao redor da mesa de reuniões. A atmosfera era tensa, e não era para menos. Meu computador quebrado estava no centro da conversa.
— Meu computador quebrou porque um riquinho metido a besta derrubou café nele — expliquei, tentando manter a calma, mesmo que minha voz saísse carregada de frustração.
— Mas como você deixou isso acontecer, Lalisa? — Solar questionou, do outro lado da mesa, com aquele tom que só piorava meu humor.
— Não foi algo que eu planejei, Solar. Foi um acidente. — Meu olhar cortou na direção dela. — E, Jin, você mais do que ninguém sabe o que esse plano significa para mim. Você sabe como levo isso a sério. Então, se há algo que não foi culpa minha, é o que aconteceu com o meu computador. — Minhas palavras eram firmes, enquanto Jin permanecia tranquilamente balançando sua cadeira de um lado para o outro, como se estivéssemos discutindo o clima.
Ele parou de se balançar de repente, apoiando os cotovelos na mesa e me olhando com intensidade. — Eu sei, Lalisa. Mas eu quero saber de uma coisa agora, e quero que você tenha absoluta certeza da resposta. Sem achismos. Você me entende?
Respirei fundo, hesitante. — Fala.
— O vírus que você criou ainda será enviado ao sistema de segurança deles, mesmo com o seu computador quebrado? Sim ou não? Você decorou a localização das câmeras? Consegue passar essa informação para nós? — A seriedade na sua voz parecia ecoar pela sala, e o peso do seu olhar era impossível de evitar.
— Sim. Independente do que aconteceu, o vírus vai cumprir sua função. Em hipótese alguma ele será cancelado. Quanto às câmeras, sei exatamente onde estão e consigo informar tudo para vocês. — Minha resposta saiu firme, sem hesitação.
Jin assentiu, parecendo satisfeito. — Graças a Deus. — Taehyung soltou um suspiro de alívio.
— Achei que você ia estragar tudo, Lali — Jungkook zombou, com um sorriso travesso que me fez revirar os olhos.
— Eu nunca erro, Jung. — Minha voz carregava a confiança de quem sabe do que é capaz.
— Mas quase errou, não é? — Jin comentou, rindo baixo.
— Não. Tudo foi programado de forma impecável, com margem zero para erros. — Minha resposta foi categórica, mas Jin parecia esperar por algo mais.
— Essa sua margem perfeita cobria até a surra que você deu no riquinho? — ele perguntou, fazendo aspas com os dedos e atraindo os olhares de todos na mesa para mim.
— Como assim, Lalisa? — Moonbyul perguntou, franzindo o cenho.
— Ora, ora, Lalisa distribuindo socos por aí? Onde foi parar a sua ética? — Jungkook soltou uma gargalhada que só piorou meu humor.
— Ele quebrou meu computador, então mereceu. Foi simples assim — retruquei, já cansada do julgamento alheio.
— Lisa, você não age assim por qualquer coisa. — Rosé cruzou os braços, me encarando com seriedade.
— Já falei que foi porque ele quebrou meu computador. — Meu tom agora era ríspido.
— Isso não justifica — ela retrucou.
— Ah, claro, e agora você é quem decide quem merece ou não apanhar? — retruquei, sentindo meu sangue ferver.
— Chega! — Jin ergueu a voz, interrompendo a troca de farpas. Ele se levantou da cadeira, dominando a atenção de todos. — Lalisa, você teve ou muita competência, ou muita sorte. Porque se o vírus tivesse saído da rota programada, você estaria em sérios problemas. Mas sabe o que é pior? O garoto que você socou é amigo íntimo do primeiro-ministro de Seul.
Senti o sangue gelar nas veias. Não sabia desse detalhe.
— Tome mais cuidado, Lisa — Jisoo murmurou ao meu lado, me lançando um olhar preocupado. Eu apenas assenti em silêncio.
— Certo. — Jin voltou a assumir o comando. — Agora que sabemos que o plano deu certo, mesmo aos trancos e barrancos, quero que todos prestem atenção. Taehyung, trouxe a planta?
— Está aqui. — Ele estendeu o mapa do banco para Jin, que o colocou sobre a mesa.
— Ótimo. Lalisa, venha aqui. O resto de vocês, prestem atenção. Lalisa vai marcar as localizações de todas as câmeras e explicar o alcance delas. Quero que todos memorizem isso. Entendido?
— Sim — respondemos em uníssono.
Levantei-me e me aproximei da mesa, desenhando na planta as posições das câmeras e explicando os detalhes enquanto todos observavam com atenção. Quando terminei, Jin me liberou para descansar.
Caminhei até meu quarto, exausta. Tomei minhas roupas e a toalha, pronta para um banho gelado que talvez acalmasse minha mente. Entrei debaixo da água, sentindo o choque frio arrepiar cada centímetro da minha pele. Fechei os olhos, tentando me reconectar comigo mesma.
Mas então, como uma brisa inesperada, aquele perfume doce e fresco de morangos com menta invadiu meus pensamentos novamente. Por um instante, me deixei levar por essa lembrança, perdida em algo que não deveria me distrair.
