A Promessa ( Concluída)

O Príncipe Rebelde

            O príncipe rebelde

Mas um dia agitado no Palácio de Lótus, novamente notícias sobre o príncipe Tharn explodem no país, e dessa vez, grandes consequências poderão vir para o jovem herdeiro.
   A rainha Zara andava de um lado a outro da sala esperando o jovem chegar. Já passavam das três da manhã quando Tharn passou pela porta, suas roupas estavam desalinhadas, cabelos bagunçados e com certeza bêbado,  o rosto vermelho e o cheiro de álcool emanavam por todo ambiente.
      - No que estava pensando? Isso são horas de alguém como você chegar em casa? Olhe só seu estado deplorável.   – ela esbraveja sobre ele que nem mesmo se dá ao trabalho de responder.
Ele se joga na cama tira os sapatos e começa a desabotoar a camisa.
      - Vossa Alteza, o que devo o prazer da visita assim tão tarde? – ele debocha.
      - O que você fez dessa vez,  hein ? Corrida de carros ? De motos? Brigou em algum lugar? Diga de uma vez para que eu possa me preparar.
Tharn apenas revirou os olhos.
     - Responda!
     - Deixa eu pensar... sim, não e sim. Satisfeita? Estou cansado, se Vossa Alteza não se importar eu quero dormir.
    - Está foi a última vez Tharn, última vez. E Deus me ajude a lidar com seu pai amanhã.
Mais uma ameaça infundada – pensou ele
     A rainha saiu acompanhada de suas damas de companhia, ela estava determinada a dar um basta nas travessuras de seu filho.
     O dia mal tinha amanhecido quando a rainha ( mãe de Tharn), a Rainha-Mãe ( avó) e o rei Thorn já estavam reunidos e decidindo o futuro do príncipe herdeiro. Tharn que já tinha 22 anos e cursava o terceiro ano de Economia na Royal University, sempre odiou as rígidas regras as quais foi imposto desde sempre. Sonhava com a liberdade de decidir sua própria vida e talvez por isso gosta tanto das corridas de carros que participa com os amigos, pela sensação de liberdade.
     Eram quase oito horas da manhã e o príncipe se encaminhava para a mesa do café da manhã, não importava o quanto ele tinha bebido ou cansado, se tinha a oportunidade de sair daquelas paredes sufocantes, ele sairia.             Enquanto se dirigia ao salão principal ele já ia se preparando mentalmente para o sermão que com certeza ele não escaparia dessa vez. Ao chegar, cumprimentou de imediato todos à mesa e sentou -se, permaneceu em silêncio esperando o grande sermão enquanto os criados lhe serviam o café da manhã.  Porém,  nada foi dito, o que deixou ainda mais a situação estranha. Depois de apenas beliscar algumas coisas e tomar um suco ele se despede de todos.
     - Ao sair da Universidade venha direto para casa, há algo de extrema importância para conversamos com você.  – alertou o rei. Tharn não soube explicar, mas, um frio percorreu por sua espinha, ele apenas assentiu com a cabeça e saiu. No entanto, ao entrar no carro logo percebeu que as coisas não estavam tão calmas assim, seus seguranças foram reforçados. No Mercedes a caminho da Universidade, o secretário sempre foi avisando sobre seus compromissos e tarefas do dia, mas naquele dia o homem na casa dos 50 e cabelos grisalhos estava estranhamente silencioso.
    - Ok secretário Kong, o que está acontecendo? Eu sei que você sabe o que eles ( rei e rainha) estão tramando, então diga logo de uma vez e parem com esse suspense.
     - Não sei de nada Alteza, Vossa Majestade apenas pediu que cancelassem todos os seus compromissos depois da escola, e nada mais foi dito.
   Tharn olhava com desconfiança, sabia que não importava o quanto ele perguntasse o secretário Kong era um túmulo. 
    - Tanto faz, com certeza vão me ameaçar com o internato de novo. Me acorde quando chegarmos.
Depois de quase meia hora eles chegaram a Universidade, o jovem desceu do carro e logo foi cercado pelos seguranças o que Lhe deixou bem irritado.
  - Achei que já tínhamos combinado sobre isso. – ele esbravejou
  - Desculpe Alteza, são ordens da rainha. Sua segurança foi redobrada até segunda ordem. 
  - Tanto faz.
Ele pegou sua mochila e foi direto para o prédio de artes, sabia que naquele horário a sala de dança já estaria aberta, e principalmente, quem estaria nela.
    Jeed.