( 🔞 atenção meus amores, neste capítulo terá cenas explícitas de sexo, se não gosta não leia, não reclame depois.)
Todos os fatos relatados são ficcionais e não correspondem a nenhuma cultura em particularDepois de horas sentado ao lado da cama do marido, Tharn já não sabia mais o que fazer, ele alisava delicadamente a face de Type e lentamente o rapaz despertou. Abria os olhos com certas dificuldade, a claridade do quarto lhe causavam uma certa estranheza.
- Type! Graças à Deus você finalmente acordou, eu estava tão preocupado.
- Tharn? – sua voz saiu rouca e falhada.
- Não fale nada, eu vou chamar o médico.
O príncipe saiu às pressas atrás do velho médico da família , queria garantir que o esposo estivesse bem. Quando retornou com o médico e uma enfermeira Type parecia mais desperto. Depois do médico explicar para Type que ele havia pegado um pneumonia por causa da exposição a chuva e vento frio na noite anterior ele teria que ficar alguns dias de repouso e tomando antibióticos, o rapaz apenas confirmava que tomaria todos os cuidados necessários. Assim que ficaram sozinhos Tharn resolve que era o momento de conversarem.
- Type, sobre as coisas que eu ...
- Você poderia chamar a rainha por favor. – ele o interrompeu.
- Minha mãe?
- Sim, eu gostaria de falar com ela.
- Tudo bem, mas precisa ser agora? A gente precisa conversar.
- Se você não se importa, eu gostaria que fosse agora.
Tharn apenas assente e saí dali, ele pede para que um dos funcionários vá chamar a rainha e aguarda a chegada dela na porta do quarto. Alguns tempo depois ela chega.
- Aconteceu alguma coisa?
- Não, ele acordou a pouco tempo e pediu para lhe chamar.
A rainha estranhou tal comportamento, mas não questionou.
- Acho que você deve aguardar aqui fora enquanto conversamos, se ele pediu minha presença é porque desejava falar em particular. – a rainha era um mulher extremamente inteligente e perspicaz.
Tharn ainda pensou em retrucar, mas o olhar assustador de sua mãe o fez repensar e ele recuou. . Sentou- se numa cadeira que tinha ali, estava impaciente e os minutos pareciam não passar, já tinha perdido as contas de quantas vezes chegou a levantar e ir até a porta. Cerca de 20 minutos depois a rainha deixa o quarto.
- Então o que aconteceu? O que ele disse?
A rainha respirou fundo antes de começar a falar.
- O Príncipe Type me pediu para que ele ficasse na casa dos pais até que ele se recuperasse, quer ficar ao lado da família dele e acha que vai ficar melhor aos cuidados da mãe.
Tharn não sabia o que pensar, cogitou a hipótese de está sendo deixado por ele, uma leve tontura lhe atingiu fazendo a rainha ampará-lo.
- E-ele está me de-deixando? - Perguntou se deixando conduzir pela mãe até a cadeira.
- Não ele não está, acredito que apenas precise um pouco de tempo para pensar.
- Eu preciso falar com ele, preciso pedir desculpas, eu preciso... Eu preciso.
- Ele me pediu também para não deixar você entrar. Ele quer ficar sozinho no momento.
Tharn parecia que havia perdido o chão naquele momento e a rainha pôde ver a dor nos olhos do filho, embora não fosse das mais carinhosa ofereceu um afago nos cabelos do filho.
- Mãe, eu preciso falar com ele.
- Dê à ele um momento para pensar, pressioná-lo só vai deixar as coisas ainda mais tenso entre vocês.
- Eu não posso perdê-lo. Não posso.
Só então a mulher percebeu, o filho amava o jovem acamado.
- Príncipe Tharn, você o ama. – aquilo não era uma pergunta, era uma afirmação.
- Eu sei o que parece, mas eu o amo. Amo ele de verdade.
Por mais que pensasse a mulher não imaginaria que o filho chegaria a amar outro homem, achou que o contrato de casamento seria válido apenas como um simples tratado, mas vendo como o filho estava naquele momento não tinha dúvidas sobre o amor entre eles.
- Dê à ele o tempo que ele precisa. Quando as coisas se acalmarem vocês voltam a conversar. Agora vamos, você não dormiu e nem comeu nada ainda, não pode ficar doente também.
Mesmo sob protestos ele foi com a mãe.
( Flashback da rainha no quarto de Type)
Assim que entrou no quarto a rainha percebeu o semblante triste e pensativo do jovem acamado, ele lhe deu um sorriso triste e pesaroso ao vê-la. .
- Se sente melhor príncipe Type? - pergunta se sentando no pequeno sofá na lateral.
- Sim majestade. Ainda estou um pouco cansado mas me sinto melhor.
- Fico feliz em saber, você nos preocupou bastante.
- Peço perdão por meu sumiço, fui imprudente e preocupei a todos.
- Porque você desapareceu assim no meio de um temporal?
Eles respira fundo, não queria mentir para a mulher mas também não queria mais tensão entre mãe e filho.
- O Príncipe Tharn e eu tivemos uma pequena discussão ontem a noite e eu precisava esfriar a cabeça.
- Entendo. Você pediu que me chamasse, porque?
- O médico disse que eu tenho que ficar de repouso por no mínimo sete dias e tomar a medicação que ele prescreveu e eu gostaria de pedir que a senhora autorizasse que eu passasse esses dias na casa de meus pais.
- Príncipe Type, eu não acho que isso seja adequado.
- Eu sei vossa majestade, eu sinto muito por lhe pedir isso. Mas eu realmente preciso desses dias ...
- Longe do príncipe Tharn? - ela completa e ele assente
- Eu só preciso pensar um pouco e não vou conseguir fazer isso vendo ele todos os dias. – ele diz com pesar.
A situação era complicada, se alguém descobrisse que os recém casados já estavam dormindo em casas separadas, afinal apenas dois meses haviam se passado.
- Por favor majestade. – ele implora
- Tudo bem. Uma semana, é tudo o que eu permito.
- Obrigado alteza.
- Há algo mais?
O jovem pensou por um momento.
- Pode por favor pedir para que Tharn não entre. Eu não estou pronto ainda para conversar.
A rainha não quis forçar mais nada, entendeu o lado do rapaz. Seja qual for que tenha sido a razão dessa discussão entre os dois para Type foi algo sério e doloroso. Ela se despede e deixa o quarto.
( Flashback off)
Depois de muita insistência da rainha , Tharn comeu e dormiu um pouco. Quando ele acordou horas depois estava ansioso para poder conversar com Type, achou que talvez os ânimos estivessem mais calmos e assim poderia desculpar-se pelo seu ato impensado de ciúmes.
Estava para sair quando notou que Champ arrumava o quarto de Type.
- Champ?
- Sim alteza.
- Onde está o Type?
O rapaz pareceu confuso.
- Alteza, o príncipe Type já foi para a casa da família.
- O QUÊ?
- Faz umas duas horas que o secretário Kong o levou. Estou apenas separando algumas coisas que ele pediu.
Só então Tharn viu a mala em cima da cama, não era apenas um mochila com algumas peças, era uma mala grande com livros e alguns pertences e aquilo fez seu coração doer. Sentiu que tudo estava desabando e era apenas sua culpa, rapidamente tirou o celular do bolso e discou o número do marido, ele ansiava ouvir sua voz e precisava ouvir de Type que ele voltaria. Mas o rapaz não o atendeu e pior, depois o número só dava desligado. Tharn apertava o telefone nas mãos e tentava respirar com calma, se Type queria um tempo ele daria.
Os dias eram exaustivos, ir para a universidade sozinho era torturante, até mesmo os amigos do príncipe Tharn notaram Como o rapaz estava abatido e a ausência de Type gerou especulações, apenas Techno e Fiat sabiam o que havia acontecido.
Enquanto isso na casa dos pais de Type...
O rapaz chegou abatido sendo recebido pela mãe, o pai dele havia conseguido um trabalho em um dos escritórios da família real e agradeceu por ter apenas a mãe com ele naquele momento. Foi direto para o antigo quarto que agora era do irmão mais novo, os antigos cartazes de futebol deram lugar a pôsteres de mulheres e de jogos. A casa nem de longe lembrava a casa humilde em que cresceu, agora estava mais bonita, uma pequena reforma havia sido feita, móveis novos foram comprados e com certeza era tudo o que ele desejou para a família.
Ele estava no quarto deitado olhando fixamente para o celular que acabara de desligar evitando as chamadas de Tharn. A mãe do rapaz entra no quarto com uma bandeja nas mãos.
- Posso entrar?
- Claro mãe.
- Você não comeu quase nada depois que chegou, eu trouxe algumas frutas cortadas para você.
- Estou sem fome mãe.
- Deve se alimentar direito, ainda está fraco e pálido. Se não comer nunca vai se levantar dessa cama.
Se dando por vencido, o rapaz coloca a bandeja sob seu colo e começa a mordiscar alguns pedaços de frutas.
- Acho que agora já podemos conversar. - a mulher senta-se ao lado do filho pegando uma das mãos e unindo as suas. Assim que ele termina de comer coloca a bandeja na lateral .
- Mãe...
- Não me venha com essa de “Mãe”. Eu sei que tem alguma coisa te incomodando, então pare de enrolar e diga de uma vez.
Type sempre contou com os conselhos da mãe, sabe que ela sempre esteve ao seu lado.
- Eu só estou confuso.
- Confuso com o quê?
- Meus sentimentos em relação à Tharn. – ele respira fundo, sabia que a família acreditava que não existia nada entre os dois além de um falso casamento .
- Você gosta dele?
- Eu o amo. – diz com os olhos marejados. – Mas não sei se ele me ama.
Ele se deixa abraçar pela mãe banhando seu rosto em lágrimas.
- Me desculpe se decepcionei vocês.
- Meu querido, você não nos decepcionou. Você não precisa se preocupar com a opinião dos outros. Vocês estão casados é natural que se aproximem . – ela enxuga as lágrimas do filho com as mãos.
- Eu não pensei que isso fosse acontecer. Nós somos dois homens e eu não achei que ...
- Filho, o amor é universal. Ao contrário do que a maioria pensa amor não tem nada a ver com o gênero. Você se apaixona pela personalidade, pelas ações e pelas detalhes. Você conheceu esses detalhes e se permitiu amar, não há nada de errado nisso.
- Eu me sinto tão magoado mãe, tão triste porque ele não acreditou no que sinto. Eu não sei o que fazer.
- Ciúmes é algo que vocês vão precisar superar juntos. Cada um de vocês deve aprender a lidar com esse sentimento.
- Eu nunca dei motivos para ele ter ciúmes.
- Filho, não é assim que as coisas funcionam. . E será que não tem nada a ver com o rapazinho que vem te visitar todos os dias?
Type suspirou.
- Fiat é apenas um amigo. Eu sei que ele pode até ter um carinho especial por mim, eu vejo isso. Mas não quer dizer que retribua. Ele me respeita e não faz avanços, por isso ele é um amigo especial pra mim. Mas me magoou profundamente Tharn não confiar em mim.
- Sim, eu entendo.
- Eu fico me perguntando se vai ser assim pra sempre. Com desconfianças e inseguranças, como eu poderei viver com alguém assim?
- Então, vai simplesmente desistir?
Aquela pergunta o pegou de surpresa, ele não queria deixar Tharn. Mas sabia que precisa pensar a longo prazo.
- Filho, eu entendo que as coisas estão confusas para vocês, eu sei que a coisa da sexualidade de vocês está te deixando preocupado também, você nunca namorou e de repente se vê apaixonado por um rapaz e todo mundo sabe que o Príncipe Tharn já foi visto na companhia de mulheres antes e isso está pesando no seu julgamento. Mas pense apenas em como vocês dois se sentem, imagine a situação inversa. Como você se sentiria se fosse o príncipe a ter uma amiga próxima a ponto de você se sentir ameaçado.
- Já aconteceu.
- Então?
- Ele continuou comigo.
- Olha, isso é a vida particular de vocês. Mas, mesmo você não falando com ele desde que chegou aqui ele continuou a ligar todos os dias para saber como você estava, sempre mandou frutas e até flores. E garanto que ele também está sofrendo pela sua ausência. Mas, não vou me meter na sua decisão, você é mais do que capaz de lidar com sua vida, seja qual ela eu te apoiarei.
- Obrigado mãe.
A mulher deu um beijo na testa do filho e o deixa sozinho.
Type fica com seus pensamentos fervilhando, fazia quatro dias que estava na casa dos pais e não houve um único dia em que ele não tenha sentido a falta de Tharn, mas precisava desse tempo.
Ficou surpreso ao receber a visita de Champ no dia seguinte.
- Champ você não precisa servir de babá aqui na casa dos meus pais.
- Eu sei alteza, mas sem o senhor por lá tudo ficou muito silencioso.
Type pensou bem antes de perguntar.
- E o príncipe Tharn? - Perguntou sem jeito.
- Quando não está no escritório do rei, ele fica trancado no quarto. Ou me faz ligar para saber como vossa alteza está. – essa última parte ele falou um pouco constrangido.
- Eu posso te fazer uma pergunta, eu estou um pouco confuso sobre algumas coisas e acho que você pode me ajudar a preencher as lacunas.
- Se eu puder ajudar alteza.
- Você pode me explicar qual a razão da tensão entre o Príncipe Tharn e o Príncipe Fiat?
- Alteza...
- Por favor, eu juro que não conto pra ninguém.
Ele respira fundo como se precisasse de muita coragem para falar. Afinal, discrição era algo fundamental para qualquer funcionário do Palácio.
- Por favor.... – implorou Type
- Ok, ok. Alteza deve se lembrar que o primogênito da Rainha-Mãe morreu num acidente de carro anos atrás. – Type assente. – Então, tecnicamente se o príncipe Thurong ( Pai do Fiat) não tivesse morrido vossa alteza estaria casado com o príncipe Fiat, já que ele seria o primeiro neto na linha de sucessão.
- O QUÊ? Como assim?
- O Príncipe Thurong morreu antes de subir ao trono, e a Princesa Lilith estava grávida e com a morte dele o príncipe Fiat saiu da disputa e passando assim a vez para o príncipe Thara ( Pai do Tharn) em consequência o príncipe Tharn se tornou o segundo na linha de sucessão depois da morte do rei Tang. Então eu acredito que o Príncipe Fiat já deva ter descoberto sobre isso.
Type estava chocado, não imaginava que algo assim poderia ter acontecido. Por mais que gostasse de Fiat não se imaginava casado com ele.
- Alteza, se me permitir a ousadia... – Type faz sinal para ele continuar. – As damas de companhia da princesa Lilith comentaram que ela planejava solicitar uma coroação póstuma ao falecido príncipe e se isso acontecesse o príncipe Fiat passaria a ser o primeiro na linha de sucessão e poderia reivindicar ... – ele faz uma pausa.
- ...poderia reivindicar o quê?
- Você, vossa alteza.
- Eu?
- Sim, e como é de conhecimento de todos ( da família real) que o casamento de vocês ainda não foi consumado, Então ele poderia simplesmente ser anulado e você poderia casar com o príncipe Fiat.
O rosto do rapaz ficou pálido pelo constrangimento, como as pessoas ali poderiam saber se ele e Tharn transaram ou não.
- Como você... sabe que..
- O Príncipe Tharn deve comunicar aos mais velhos quando isso acontecer. É a tradição.
- Mas eu não me casaria assim com outra pessoa.
- Não se preocupe alteza, o príncipe Fiat proibiu a mãe de tal coisa. Segundo ele, vossa alteza ( Type) não é propriedade de ninguém e a decisão de ficar com ele só caberia a você e não a um tratado maluco.
Type respirou aliviado. Ficava difícil odiar Fiat assim.
- Isso tudo é muita loucura.
- Acredito que a única coisa que liga os dois príncipes agora é vossa alteza.
- Obrigado por sua atenção Champ, esclareceu muitas coisas.
- É um prazer sempre ajudar vossa alteza. Peço perdão se o deixei constrangido.
- Não se preocupe, eu estou bem.
- Então, se me permite eu devo retornar ao palácio agora. – ele se levanta e faz uma breve reverência ao rapaz. – Deixo meus votos de boa recuperação alteza.
- Obrigado Champ.
Quando ficou sozinho Type se pôs a pensar em todas as paranóias na cabeça de Tharn e até entendeu o seu lado. Sabia que ficaria assim se estivesse no lugar dele. O prazo estabelecido pela rainha terminaria no dia seguinte e Type queria já ter as respostas para seus questionamentos.
O que dizer para Tharn quando o encontrá-lo?
Como encarar Fiat sabendo que ele também gostava dele?
Como manter a paz entre Tharn e Fiat? Afinal, eles ainda são família.
Eram tantas coisas que se passavam na sua cabeça que tudo o que ele tinha certeza era de que todo essa confusão só tinha uma razão. O próprio Type.
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A Promessa ( Concluída)
RomansaSinopse: Nesta história a Tailândia moderna é um país ainda governado por uma monarquia. Um príncipe rebelde se vê obrigado a casar com uma pessoa desconhecida graças a uma promessa feita pelo rei antes mesmo do seu nascimento. Enquanto isso, um g...