Rosa
Abri os olhos com dificuldade. Não tem muita claridade, mas quando foco os olhos consigo ver as grandes paredes frias e escuras. Minha cabeça está doendo por causa da pancada. Não sei onde estou ou quem fez isso. O que lembro é que eu ia jantar com Liam e do nada uma dor me apagou.
Levanto-me com dificuldade, minhas mãos e pernas estão presas, e mal consigo me mover. Ouço um rangido e olho para a grande porta de metal que dá acesso ao lugar e estremeço. Não sei quem pode ser ou o que quer, e tremo com a possibilidade de que esse alguém possa me machucar. Ao ligar à luz, um homem de pele bronzeada e olhos castanhos analisando-me dos pés a cabeça. Sinto um arrepio enorme. Com medo do que ele possa fazer, encolho-me ainda mais.
- Não se preocupe princesa, não irei machuca-la. Minhas ordens são para ver se está bem e te dar água. – diz ainda me fitando.
Sua voz é grossa e aterrorizante. Seu porte alto unido com a frieza do seu olhar me amedronta e mesmo me falando que não me pode macucar, sua aproximação me causa uma reação de defesa. Ele se agacha e abre uma garrafa de água e me estende. Mesmo com os punhos amarrados, consigo tomar o líquido. Não tiro meus olhos dos dele. Se tentar algo, mesmo não sendo tão forte quanto ele, posso pelo menos dificultar as coisas. O homem não se move. Quando acabo com quase toda a garrafa, o devolvo e ele se vai. Relaxo meu corpo quando estou a sós novamente, pelo menos não fui molestada.
Tento entender o que está acontecendo ou me lembrar de algo antes de vir parar nesse lugar. Fui levada do estacionamento do meu prédio, então seja lá quem fez isso, teve que passar pelas câmeras. E se sumi sem que ninguém saiba para onde, logicamente irão chamar a policia. Mas será que chegaram logo. E se por um acaso eu estiver sobre o poder de algum lunático que irá me matar e desovar o meu cadáver em algum lugar desconhecido antes que a polícia me ache?!
As horas se passam e o homem não volta mais. Não posso negar que estou com fome, mas não o chamarei para que me traga algo. Prefiro a fome, a ficar sobre o olhar do grandalhão esquisito. Minha cabeça começa a pesar novamente, e acho que estou muito cansada para ficar acordada.
No entanto, assim que sinto minhas pálpebras pesarem, a porta se abre novamente e sou despertada. As pessoas que passam pela porta me deixam em choque. Os olhos de Abigail me serram com frieza. Lembro-me muito bem da mulher que agarrou meu namorado naquela boate, e me causa um misto de confusão e fúria. Ela sorri parecendo vitoriosa, e se eu pudesse arrancaria seus dentes.
- Como está a nossa hóspede? – pergunta debochada. – Espero que o Bob não tenha sido muito... cruel. – fala andando em minha direção.
- Sua piranha idiota...
A mulher avança rapidamente e bate em meu rosto. Sinto o meu rosto arder e meus olhos se enchem de água.
- Olha lá como fala, sua vadia loira. Eu posso acabar com a sua vida, bem rapidinho. – ameaça apertando meu rosto.
- O que você quer? – esbravejo.
- Primeiro, quero dinheiro, muito dinheiro. Sei que sua família é bilionária, e tirarei o quanto quiser deles. – fala levantando e caminhando de um lado para o outro. – Segundo, irei fazer Liam pagar por ter me recusado. Não sei o que ele viu em você. Uma magricela sem graça.
Não falo nada. Quando em fim eles se vão, fico pensando nas coisas que ela falou. Quando falou sobre Liam, vi a amargura que sentia saindo das suas palavras. É loucura ela ainda querer algo com ele depois do que fez. A vadia o traio, e depois abortou o bebê que poderia ser dele, e agora volta querendo tê-lo de volta?!
Será que foi por isso que ela voltou? Seu plano era seduzir Liam e ficar com ele e com seu dinheiro, e como ele não a quis ela resolveu bolar um segundo plano?
Aquela idiota acha que meus pais são idiotas. Eles faram qualquer coisa para me salvar, mas sei que não deixarão desse jeito. Minha mãe não é alguém que se brinque. Ela tem um rosto simpático e pode ser muito amorosa e sensível. Porém, também é forte e decidida, e quando algo ruim acontece ela entra no modo defesa.
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PLAYBOY IRRESISTÍVEL
RomanceEu estava totalmente encrencada. Não podia imaginar que me apaixonar pelo meu melhor amigo me traria para uma situação em que estaria tão desesperada para mudar os fatos. quando fui para Londres, achei que apagaria da minha cabeça o amor não corres...