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ROSA

A segunda começou com um gosto meio azedo. Meu fim de semana foi maravilhoso ao lado de Liam. Nunca me senti tão feliz. No fundo me sinto angustiada por ter que esconder isso de todos. No entanto, pretendo ir colocando a ideia na cabeça de todos, e espero que não haja tanto julgamento.
Hoje, Liam começa na empresa da família, e sei que ele está caminhando para um caminho de responsabilidade. Sei que o que temos atualmente não é nada serio, mas não acho que ficaremos assim para sempre. Vejo que ele tem bastantes ciúmes de mim, e não acho que isso seja coisa só de 'amigo'.

Penso que aos poucos ele ira aceitar a nossa relação e quando isso acontecer, não quero que as pessoas fiquem colocando coisas no nosso caminho. Já basta o meu pai que tem uma aversão ao Liam, e não sei o porquê.
Falando nele, hoje teremos uma reunião com um dos nossos parceiros da Alemanha. Eles compram nossa matéria prima para criar seus produtos e está vindo acertar produtos e valores. Como estou trabalhando ao lado do meu pai, irei está na reunião junto a ele.

- Como está filha? – pergunta carinhosamente.

- Muito bem, obrigada. – respondo contente. – Está quase na hora da reunião, acha que eles atrasarão?

- Creio que não. – responde. – Esses Alemães costumam ser pontuais.

A secretaria entra e nos passa as batas com os valores e reviso tudo antes de começarmos. Não demora muito para que eles cheguem e nos dirigimos à sala de reunião. Meu pai estava certo, eles são pontuais. Cumprimento a todos e nos instalamos em nossos lugares. Os homens são simpáticos, e um deles, o advogado, é simpático ate de mais. É um homem bonito, típico alemão. Alto, cabelos loiros e olhos claros. O pior e que ele não para de me olhar de forma estranha.

A reunião segue e discutimos valores e muito mais. ao decorrer das coisas, o senhor bonitão dar seu parecer e acho que as vezes me dá umas indiretas. Olho para o meu pai e ele não parece perceber. Sinto-me um tanto desconfortável, pois estou aqui pelos negócios, e não para ser cantada por um homem.

A reunião demora umas três horas e dou graças a deus por tudo ter terminado.

- Vamos almoçar no GRENT? – sugere o homem mais velho.

Olho para o meu pai e o vejo aceitar o convite. A desculpa do homem é que ainda há coisas a serem discutidas, mas sei que ele quer discutir sobre a diminuição dos valores. Meu pai não é idiota, muito menos eu. E ele me deu carta branca para acertar tudo nesse negocio com os Alemães. Aposto que isso é um teste para ver como me saio com esse tipo de situação.

O pior é que tenho que suportar mais algumas horas com as indiretas do idiota que está com eles.

...

- A senhorita Morson é uma jovem muito bonita e inteligente.
– Fala Logan, o homem com quem discuti valores por meia hora. Ele não conseguiu me convencer a baixar.

- Ela puxou a mãe. – fala o meu pai.

Não sei por que a conversa está em mim.

- Acredito que ela tenha alguém que saiba valorizar isso. – diz o advogado que descobri se chamar Adam.

- Minha pequena Rosa não tem namora. – diz meu pai. – Pelo menos eu acho que não.

- Pai? – chamo sua atenção. Ele sorri.

- Não estou em busca de relacionamento, senhor Becker. – falo tentando não ser ríspida.

- Como uma jovem tão linda como a senhorita não tem ninguém? Isso é um crime. – brinca o velho.

Respiro fundo para não passar do limite aqui e tento acalmar a minha fúria.

- Minha filha saberá o momento certo para isso senhores. – diz meu pai vendo que estou desconfortável.

Agradeço a ele por dar por encerrado o meu interrogatório amoroso. Saímos do restaurante e nos despedimos finalmente dos homens. Entro no carro que nos levará novamente para empresa.

- Sinto muito por esses homens ter a chateado querido. – ele diz sentando ao meu lado.

- Aquele Adam ficou o tempo todo me secando. – digo irritada.
– Quase o destratei quando ele me fez aquela pergunta.

- Se a irritou tanto, porque não falou nada?

- Porque são pessoas importantes e não queria ser grosseira.

- O que sua mãe sempre fala?

- Eu sei pai.

- Nunca deixe que ninguém a faça se sentir inferior, e se algo a incomoda resolva com dialogo. – relembra. – Eu acrescentaria mais um trecho, como; se mesmo assim continuar, você tem carta branca para ser rude.

- O senhor gostaria que eu fosse indelicado com os alemães?

- Se algum deles te deixou constrangida, sim. Não quero que ninguém deixe minha filha constrangida.

Sorrio com as suas palavras.

- O senhor também acha que devo ter alguém para poder ser alguém? – pergunto. – Só porque sou mulher e bonita?

- É obvio que não. – fala. – Eu ficaria muito feliz se você escolhesse não ter nenhum idiota.

Caio na gargalhada com o que fala. Sei que ele gostaria de acrescentar, 'como o Liam Nolan'.

- Pai, porque não gosta do Liam? E tire a parte de que ele agora é um safado idiota.

- Ainda bem que sabe disso. – ele diz satisfeito. – Não é que não goste dele. Mas não sei explicar. Quando vi vocês dois juntos da primeira vez, senti que não era algo bom.

- Como assim? – pergunto curiosa.

- Não sei explicar. – fala parecendo pensar nas palavras. – Sempre que vejo vocês dois juntos, sinto a mesma coisa. É como se fosse um aviso de que se vocês ficarem juntos, algo ruim pode acontecer.

Olho para o meu pai ainda pensando em suas palavras. Talvez seja apenas bobagem dele. O que de ruim poderia acontecer se ficássemos juntos?

PLAYBOY IRRESISTÍVELOnde histórias criam vida. Descubra agora