Capítulo 13

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Certo.
Hora de manter a concentração, eu vou só ajudá-lo no banho, não é nada demais Elizabeth, não seja pervertida.
Me repreendi mentalmente por estar imaginando meu paciente sem roupa, molhado, com essa pele bronzeada.
Eu não posso pensar nele assim, ele nunca me olharia assim, não por eu não ser bonita o suficiente ou boa o suficiente, mais por que sou sua médica, ele não deve nem pensar em mim desse jeito, e eu aqui excitada só de imaginar ele pelado, molhado, na minha frente.
É falta de homem, com certeza é falta de sexo, não posso estar pensando no meu paciente assim.
Calma Lize, respeira e vai ajuda-lo.

- Bom, você vai querer ir agora? Ou quer terminar de trabalhar e depois ir?-- Perguntei meio nervosa, mais me esforçando para manter a calma.

- Pode ser agora, não é como se eu tivesse trabalhando por obrigação né, estou fazendo só para passar o tempo.-- Disse e sorriu de lado.-- Não se tem muito o que fazer nesse quarto, sem poder sair da cama.-- Sorriu mais uma vez e tirou o cobertor que cobria suas pernas.
Fui para o seu lado e o ajudei a descer da cama, ele passou o braço pelo meus ombros e fomos para o banheiro com ele se apoiando em mim, o ajudei e ele foi para o box e se apoiou nas barras de ferro, logo depois eu o ajudei a tirar a tala que fica em sua perna e sorri sem graça quando comecei a ajuda-lo a tirar sua roupa.
Fui tirando as peças de roupa, e o deixei apenas de cueca, e fui pegar sua bolsa de mão com seus itens de higiene pessoal, coloquei tudo em cima de uma pequena prateleira ao seu lado e sai do box.

- Precisa de mais alguma coisa?-- Perguntei com o rosto corado.

- Não, muito obrigada, pode sair se quiser, eu posso fazer isso sozinho, quando eu terminar te chamo.-- Sorriu e eu apenas acenti saindo do banheiro.
O calor que estou sentindo, não é normal.
Que corpo é aquele? Aquela barriga? Aquela bunda? Meu Deus.
Tenho que tirar essas coisas da minha cabeça, não posso ficar pensando assim do meu paciente.
E sem falar que ele é um galinha que dorme com qualquer uma, e além do mais, ele nem me olha desse jeito.
O que chega a ser um insulto, pois se ele dorme com qualquer uma, e não me olha, eu devo ter algo de muito errado.
Pensar nisso não me deixou muito animada, mais é melhor assim Lize, concentresse.
Precisa parar de pensar nisso agora.

- Liz?-- Chamou-me do banheiro e eu fui ate ele.

- Precisa de algo?-- Perguntei entrando no banheiro.

- Preciso da toalha e de tirar essa cueca molhada, por roupas secas.-- Ele sorriu e eu suei frio. Secar? Tirar a cueca? Por outras roupas? Eu não estou preparada para isso.

- Só um minuto que eu ja volto com a toalha.-- Disse com o rosto queimando e sai para pegar a toalha. Peguei a toalha na pequena comoda no quarto e voltei para o banheiro.-- Aqui esta a toalha. Como vamos fazer para trocar sua roupa? -- Perguntei morta de vergonha.

- Você me ajuda a me secar, por que eu não posso soltar as barras, ai quando estiver seco, você enrola a toalha na minha cintura e tirar a cueca por baixo da toalha e fazemos o mesmo procedimento para vestir, ou só tiramos a cueca mesmo, é mais facil.-- Falou como se não fosse nada, e eu quis enterrar a cabeça em um buraco, mais seria uma bela visão.-- Estou brindando Liz.-- Disse e deu uma gargalhada. Corei.

- Bom, vamos logo com isso, para você não pegar um resfriado por ficar muito tempo molhado. -- Disse e me aproximei para seca-lo morrendo de vergonha.
Fui passando a toalha de leve em seu corpo e logo em seguida enrolei ela em sua cintura, olhei para ele envergonhada, coloquei as mãos por baixo da toalha e comecei a tira-la de vagar por estar molhada.
Quando tirei ela toda, eu peguei a outra, para vestir foi um pouco mais difícil, só não mais difícil que ter esse monumento só de toalha, sem nada por baixo, com os cabelos ainda molhados, e ainda me olhando sem nem piscar.
Arfo e continuo a vestir sua peça íntima.
Após terminar de por a cueca, tiramos a toalha e coloquei um shorts de tecido mole nele.
Ele se apoiou em mim mais uma vez e fomos para o quarto, o ajudei a sentar na cama e fiz a limpeza dos pontos da sua perna.

- É melhor deixar assim sem a tala, vai ficar mais confortável para você, a fratura não foi muito grave, você levou so sete prontos, não é para tanto.-- Sorri e ele também.

- Obrigada por tudo Liz, não é todo mundo que faria o que você está fazendo por mim.-- Disse e sorriu sem graça.--  Não nos conhecemos a muito tempo e você já fez muito por mim.

- Eu faço de coração, não precisa agradecer.-- Sorri e me sentei na poltrona ao lado da sua cama.

- Mesmo assim eu agradeço, mais mudando de assunto, me fale um pouco de você.-- Disse e olhou em meus olhos.-- Quero saber mais de você, tentar fazer uma amizade normal.-- Sorriu amigável para mim.

- Não tem muito o que saber de mim, mais o principal é que eu nasci na Alemanha em Berlin, vim para os Estados Unidos para estudar, pra ser sincera, eu vim fugida mesmo, odeio a vida dos meus pais, não gostava de ser a "princesinha" de Berlin, eu estudei muito para entrar em Harvard, e eu consegui, com 16 anos, terminei a Universidade mais cedo por ter começado mais cedo, e vim fazer minha residência aqui, e estou aqui desde então.-- Disse de uma vez e ele me olhou espantando.-- Assustei você? -- Perguntei sorrindo.

- Não, só estou surpreso, você além de linda e quase um gênio, como conseguiu entrar em Harvard com 16 anos? -- Perguntou e parecia muito imprecionado e curioso.

- Eu sempre quis sair de Berlin, eu não conseguia tomar um café sem ser fotografada, então eu estudei muito para entrar na melhor Universidade, desde muito cedo, eu vivi para os estudos desde sempre.-- Falei sorrindo pois ele estava me olhando com uma cara engraçada.

- Não costumo me imprecionar com as pessoas, mais você me surpreendeu.-- Disse sério.

- Não tem nada demais nisso, eu tive muito suporte, minha família e uma das famílias mais ricas e conhecidas de Berlin, então eu não tive dificuldade, foi só me dedicar, pois todo o resto, eu tive facil.-- Disse dando de ombros.-- É bem diferente de hoje, eu vivo da minha profissão, apesar de ter muito dinheiro, eu não o uso. Na verdade, eu vivo para o trabalho.

- Você deveria sair mais, você é linda, jovem, já estudou demais, já tem a profissão que você tanto quis, tá na hora de curtir um pouco a vida.-- Ele disse e parecia não gostar muito do que disse, e eu fiquei sem entender, mais deixei para lá.

- Eu gosto da minha vida, apesar de ser meio "parado" eu não sou muito de sair mesmo.-- Dei de ombros.-- Mais as vezes a minha amiga me arrasta para as festas loucas dela.-- Disse e sorri abertamente.



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