Caixas aveludadas...

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19° Capítulo - Caixas aveludadas…

Pov's Christopher

Para muitos, balada é sinônimo de diversão, bebedeira e longas horas paquerando. Hoje a noitada esta diferente para mim, não ingerir álcool, pretendo-me manter sóbrio. Acreditara que seria o único, mais nem Dulce e Maite beberam. Já os outros estão no estágio “levemente alterado”.

Cansado de vê Annie, puxando Dul para dançar a cada nova música. Quando conseguiu uma pausa, aproximei meus lábios de seu ouvido.

— Vamos, querida?

Dulce: Sim (Vê-la estremecer por meu toque em seu rosto é, excitante).

Despedimos de sua prima, a preocupação por deixá-la com três responsabilidades é gritante, mesmo garantindo que dará conta e que não deveríamos nos angustiar, sentira ainda a angústia assolando minha mente. Com a ajuda dela, conseguira decorar o local que será a surpresa.

No estacionamento entramos no carro, será uma longa viagem. Sairemos de nossa cidade, rumo ao interior.
Duas horas de estrada e muita conversa de diversos assuntos, chegando próximo ao nosso destino pedir que fechasse os olhos. Estacionei em frente do local que marcou muito nosso passado. Sair e a ajudei, parando-a perto de frente para casa, pedi para que olhasse o início da surpresa.

Dulce: Por que estamos aqui? (Traze-la aqui é mais que importante para eu, é mostra-la o quanto tudo que vivemos foi e é a minha esperança de que haja um futuro para nós dois. Seus belíssimos olhos amendoados formam o processo de lacrimejar, seguro sua mão esquerda e beijo-a. Entrelaça nossos dedos).

— Lembra a primeira vez que viemos aqui? Éramos crianças e, passaríamos a nossas primeiras férias juntos. Tínhamos dez anos e implorou para que os seus pais deixassem, vim.

Dulce: Depois daquelas férias, se tornou ritual vimos em todas ao passar dos anos.

— Nesta casa demos o nosso primeiro beijo.

Mesmo com a penumbra e a pouca luz vindo da entrada da casa, enxergara a tonalidade avermelhada tingir suas delicadas bochechas.

— Na área de lazer é onde realmente se encontra a surpresa.

De mãos unidas caminhamos até o fundo da casa, ao passarmos pelas portas de vidros. Observo seu semblante espantado, ao deparares com as flores que decoram cada cantinho e a mesa preparada para uma noite a dois. Tudo foi pensado em agrada-la e proporcionar um clima romântico.

Aproximamos da mesa, como um carvalheiro pronto para cortejar sua dama. Puxei a cadeira ajudando-a se sentar, repetir o ato de beijar sua mão, mais agora é a direita. Sentei-me de frente para ela.
Segurando sua mão acariciai-a, respiro fundo e pronuncio o que venho ensaiando há muito tempo.

— Dulce, escolhi-te trazer aqui por que te preciso conta algo importante. Aqui vivemos muitas aventuras, algumas descobertas e até mesmo o surgimento do amor. Foi neste local que choramos, quando descobrimos que séria a nossa última féria juntos. Prometi-lhe que a esperaria e, quando tivesse a oportunidade de revê-la a traria aqui e faria uma pergunta. Então de frente para todas nossas lembranças, quero perguntar. Dulce, aceita namora comigo?

Por alguns segundos vejo meu mundo desaba, planejara tudo a tanto anos e agora com seu silêncio acredito que fizera algo de errado. Como dissera antes por alguns segundos, vivera a ansiedade e o medo, tudo muda quando um sorriso largo nasce e olhares se voltam para nossas mãos.

Dulce: Eu aceito! Sonhei tanto com este momento, esta contigo aqui e ouvindo um pedido de namoro é melhor que qualquer sonho.

— Eu te amo (Levanto-me e ajudo-a fazer o mesmo. Toco seu rosto com uma mão enquanto a outra pousa em sua cintura a trazendo para mais perto. Nossos lábios se tocam numa carícia lenta e apaixonante. A maciez e doçura de seus lábios leva-me ao abismo da loucura. Sua língua encaixa perfeitamente com a minha, mantendo uma sintonia impecável. Mesmo a contra gosto afasto nossas bocas e depósito um singelo beijo em sua testa, antes de voltarmos a sentar).

Dulce: Também te amo.

— Amarei você para sempre, meu anjo.

Pensei em cada detalhe e uma refeição com a minha amada é um deles. Havia ligado para Lúcia que é responsável por cuidar das casas da minha família, ela é uma excelente governanta e uma segunda mãe para mim. Pedi que falasse com Vera nossa cozinheira, para que se prepara algo especial.

— Espero que goste de Magret de pato ao molho de laranja.

Comemos a iguaria francesa, acompanhado de uma taça de vinho amadeirado.

Damos risada de nossas recordações, de uma época que com toda certeza nossos pais querem esquecer. Tínhamos semblantes calmos e obedientes, mas como diz o ditado “Não julgue um livro pela capa”. Podíamos aparentar ser assim, mais só quem conhecia sabia que éramos totalmente ao contrário.

Levanto e busco por duas pequenas caixas aveludadas. Posiciono uma sobre a mesa e, abro a outra revelando um delicado anel em formato de coroa.

— Este é para representar o que um dia contamos um para outro em baixo de uma árvore, nesta casa mesmo. Disse-me que gostaria de viver um dia de princesa. Então saiba querida que para mim, você é melhor que as princesas dos contos de fadas. Em você, enxergo beleza não só externa mais interna também, o seu coração é belíssimo e gentil, compreende e não julga ninguém a sua volta. Transmite amor por onde passa.

Seguro sua mão direita e o coloco no seu dedo indicador. Depósito a caixa no local da outra, antes de revelar nossas alianças de compromisso beijo sua mão com a joia. Só assim abro a outra caixinha.

Dulce: Você é o homem, mais romântico que existe neste mundo. Obrigado por esta me fazendo a mulher, mais feliz deste planeta, obrigado por amar-me tanto e por deixar-me fazer parte da sua vida.

Colocamos as alianças um, na mão do outro e, selamos os nossos lábios com um beijo repleto de amor.

O Retorno (Repostando)Onde histórias criam vida. Descubra agora