The Vip Stateroom

Kiss

Fiquei quase a tarde toda conversando com a Marina, eu havia gostado muito dela, até aproveitamos pra tirar algumas fotos. 
Kirby e Anna haviam saído de manhã para ir no mercado junto com alguns garotos, inclusive Mike, e só voltaram agora a pouco, depois elas sumiram e eu não as vi mais.

Eu estava distraída, até ver os garotos fazendo bagunça. Eles gritavam e soltavam uns "hummmmm", "olha só" e eu fiquei sem entender nada até ver uma garota chegando ao lado de Igor.

Ela era loira, tinha o cabelo comprido, corpo de modelo e era siliconada, ela parecia muito uma loira odonto mas não era tão bonita de rosto. 

Ela e Igor caminham até os garotos que continuam zombando, ela os cumprimenta com um beijo no rosto de cada. Não gostei dela.

- Quem é ela? - Mari pergunta
- Não faço a menor ideia.

Igor olha em volta parecendo estar analisando o ambiente, ele para o olhar em mim e logo se vira.

Seja lá quem for essa garota, eu não fui nem um pouco com a cara dela.

(...)

Aqui estava eu passando meu batom vermelho que fazia anos que eu não usava.

Havia anoitecido e muita gente já havia ido embora então Wal aproveitou pra anunciar a balada do amigo dele e que todos nós íamos, ok né.
Eu e as meninas decidimos nos arrumar no mesmo quarto, afinal ficava mais fácil para darmos as opiniões.

Eu estava com um vestido preto com a lateral toda de elástico, o que fazia ele ficar franzido. Kirby estava com um vestido preto colado com as alças com strass e Anna estava com um vestido de cetim rosa bebê, estavamos maravilhosas. Decidimos fazer uma maquiagem leve e eu aproveitei para caprichar no batom e Kirby também já que passou um batom pink. 
Estavamos prontas só esperando os principes se arrumarem, eles demoram mais que nós, como pode?

Vou até a porta sala a abrindo para Mari que havia acabado de chegar.
Ela também estava linda, estava com um vestido de cetim turquesa franzido, um delineado básico e um batom nude.

- Vocês precisam vir aqui - Mari fala e anda sentido a lateral da casa

Nós a acompanhamos e ela para em frente ao jardim encostada na parede.

- O quê? - Anna pergunta
- Aqui é um lugar maravilhoso pra tirar foto, olhem - Ela liga uma luz atrás dela 

Eram seis lâmpadas que haviam no chão e todas elas apontavam para a parede. Meu deus, aquelas fotos ficariam incriveis. 

- Ah, espera aí! 

Mari sai de onde estávamos e caminha em direção a parte de trás da piscina, ouço um barulho de porta, ela devia estar abrindo alguma coisa. Aproveito enquanto ela sai para tirar umas selfies em frente a luz.

- TCHARAM! - Ela aparece segurando um tripé - Sempre que eu vinha pra cá eu trazia ele comigo até que deixei ele aqui e comprei outro pra deixar em casa.
- GAROTA, VOCÊ É UM GÊNIO! - Kirby fala e ela ri

Mari posiciona o tripé em frente as luzes e eu coloco meu celular, fazemos várias poses enquanto o celular bate as fotos automaticamente.

(...)

Haviamos acabado de chegar na balada, ela era grande assim como as outras porém não tinham cores tão chamativas, eram mais cores básicas. Andamos até o camarote e demos nossos nomes, é claro que eles não iam ficar na pista.

Mari me puxa pelo braço descendo e indo até o bar.

- O que vai querer? - Ela me pergunta
- Não sei, to sem inspiração hoje.
- VAMOS DE TEQUILA - Anna grita atrás de mim 
- Ai garota que susto garota! - Eu falo e ela ri

Mari pede oito copos com tequila, dois pra cada, o barman coloca os copinhos na nossa frente e coloca a bebida logo em seguida.

- Vamos no já? - Mari pergunta e nós assentimos,  ela conta até três e viramos o copo

Não era tão ruim como falavam, apenas era muito forte. 
Logo que viramos o primeiro copo, Mari conta novamente e nós viramos o segundo. Todas nós terminamos fazendo uma careta, foi engraçado.

- Preciso tirar esse gosto forte da boca - Olho o cardápio - Me dá uma batida com sorvete de morango por favor.

Enquanto o barman prepara meu drink eu aproveito para passar o cartão e pagar a bebida.

- Isso é ótimo! - Eu falo provando a bebida e o barman sorri satisfeito 

Me sento em uma das poltronas do lounge e obervo enquanto as meninas dançam. Hoje eu não estava muito afim de dançar.
Fico por um tempo observando as meninas dançarem e olho para cima vendo que os garotos conversam no camarote. Eu já sentia o álcool invadindo a minha mente, afinal, eu já estava quase acabando a minha bebida e pelo visto eu era fraca para tequila.

- Oi! - Ouço uma voz atrás de mim e nem faço questão de girar a poltrona
- O que você quer, Danilo?
- Como assim o que eu quero? Quero conversar com você ué - Ele fala ao meu lado, eu me levanto
- É, mas eu não quero conversar com você. 

Levanto da poltrona e vou até o bar, jogo meu copo em um latão de lixo que tem ali e caminho em direção ao banheiro, que fica embaixo de um dos camarotes. Antes de eu conseguir chegar, sinto meu braço sendo puxado e sou encurralada na parede.

- Qual é Carol, por favor - Danilo me olha nos olhos
- To ouvindo - Respondo seca
- Sei que fui um idiota e eu sinto muito, me desculpa por favor.

Ele estava com as suas mãos em minha cintura e bem próximo de mim, não tinha como eu sair dali. Eu estava olhando em seus olhos mas minha vontade foi mais forte e comecei a olhar para a sua boca, ele fazia o mesmo.

- Hã.. Tá - Eu falo olhando pra ele que ainda olha a minha boca - Vai ficar só olhando? 

Não sei o que havia acontecido para eu ter falado aquilo, devia ter sido efeito do alcool. 
Ele se aproxima de mim e cola nossos lábios, nosso beijo era rápido, havia desejo. Nos separamos por falta de ar e ele desce a cabeça para o meu pescoço depositando alguns beijos ali. Aproveito que ele estava distraído e tiro sua mão da minha cintura e me afasto dele.

- Tá desculpado - Eu falo e me viro, indo em direção ao camarote.

Desde que comecei a conversar com Danilo eu pensava em ficar com ele, não só por ele ser gato mas também porque ele era legal na época, até que tudo aconteceu e agora nem sei o que pensar. 
Ele era realmente do jeito que eu imaginava, e beijava muito bem.
Eu achei que nunca mais fosse falar com ele, e bem, era o que eu esperava, até ele ficar tão próximo de mim.

Meu deus, o que acabou de acontecer?

(...)