pela primeira vez.
eu estava sentada na cama. o caderno que eu costumava usar pra escrever sobre ele em uma mão. um xícara de café na outra.a chuva cantava lá fora.
o silêncio aqui dentro.pela primeira vez
não me senti sozinha.alguns chamam isso de solidão
eu escolhi chamar de paz.decidi que em outras vidas eu poderia fingir.
o quanto desse.mas nesta
as pessoas poderiam me perder.
eu poderia magoar outras.seja o que for.
mas eu não permitirei esta paz escapar pelos meus dedos.
eu não permitirei que me rotulassem de sozinha.
continuarei a rir alto. dançar nas pontas dos pés (mesmo sem música) e tropeçar em tudo.
continuarei a passear com o vento no rosto
e a cantar minha música favorita alto na rua.se você olhar por outro ângulo
pelo ângulo da sociedade
vai parecer loucura.porque pelos olhos deles
parece loucura escolher a si própria
e isso bastar.- a própria companhia.
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errada demais para caber no seu certo
PoesíaTextos autorais sendo reescritos. - Plágio é crime.