1.5|•Ornitorrinco de pelúcia•

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  Agora, você, meu querido leitor, se encontra em uma velha estrada que passava pela costa. Onde mais a frente subindo mais um pouco montanha era possível encontrar o velho farol que fazia a iluminação para os barcos ao seu redor.

– A casa ficava aqui, não é? – Eva questionava averiguando o terreno.

– A casa que nunca deveria ter existido. – Neil respondia grossamente, fazendo com que a doutora revira-se os olhos, por ver, mais uma vez, seu amigo palpitando na vida dos pacientes. – Sério, qual é a atração que as pessoas têm por lugares absurdamente altos e perigosos?

Anotação: Acrofobia adicionada

  Voltando ao foco atual, subindo um pouco mais na montanha, era possível ver o farol brilhando junto com a luz do luar, na parte mais próxima do mar. E mais a frente os nossos protagonistas. Os dois sentados em um banquinho, observando as estrelas, e ela, que brilhava mais que tudo no céu.

. . .

– Foi por isso que você se aproximou de mim? – Questionou Heyoon.

– Foi.

– E agora?

– Acho que é só uma parte de tudo. – Diz, envergonhado, coçando atrás da nuca. – Olha, isso faz muito tempo. Não... Não faz muita diferença agora, mas Sina pediu para que eu te contasse a verdade. Eu não devia ter estragado a memória do nosso primeiro encontro assim.

  A moça dos cabelos castanhos, se levantou do banco em um pulo, tirando um velho brinquedo de seu bolso, o entregando na mão de Josh, que a encarava confuso.

– O que é isso? Um footbag?

– Você consegue jogá-lo onde Anya está? – Questionou ela olhando em seus olhos, com um olhar cheio de esperança.

– Não sei. Quer que eu tente? – Perguntou, mesmo já sabendo sua resposta, e o intusiasmo de sua noiva loquinha da cabeça.

– Você tentaria? – Perguntou sem expressão.

  Josh, sem responder, encarou sua mulher com um sorrisinho no canto do rosto logo arremessando o brinquedo em direção ao céu coberto de estrelas.
  Heyoon via a cena com dor no olhar, sentindo que algo dentro dela havia se perdido com o ato. A mesma correu em direção a borda, em desespero, vendo o pequeno brinquedinho – que antes estava no céu – se chocando com o mar e logo depois sumindo em sua imensidão, sendo levado pelas ondas.

– Heyoon! – Gritou para a mulher. – Ficou maluca!? Saia daí!

  Ainda em choque, a mesma saiu de perto da borda em passos lentos com sua respiração acelerada, se sentindo totalmente atordoada com o que havia se passado. Se distanciando de seu amado a mesma sentara no banco novamente, com seu olhar totalmente vazio, como se a mesma tivesse perdido o chão, caindo no fundo buraco da insignificância.

– Parece que esta memória não está muito distante da anterior. – Eva dizia.

– Acha que estão relacionadas. – Penguntou Dr. Watts.

– Provavelmente. Por isso o salto que demos foi tão curto. – Explicou Rosalene.

  A velha mochila azul, jogada no chão ao lado do banco, chamava a atenção dos doutores sendo a passagem para a próxima travessia de memória. Esperando mais respostas para as possíveis futuras perguntas.

[. . .]

   E ali era dado mais um mísero salto de memória. O que deixara a Dr. Rosalene cada vez mais extressada com o serviço, trabalhar nesses horários – em olena madrugada – realmente não era sua praia. Dando uma leve batida de olho no relógio era possível ver que já se passavam das duas da manhã, o que a deixava cada vez mais exausta. Café, era definitivamente o que precisava naquele instante.

To The Moon|•Heyosh•Onde histórias criam vida. Descubra agora