Segunda-feira.

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Faltam apenas 5 dias.
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Foi um dia normal na escola, tive aula de história, matemática e física. Agora estava indo ao refeitório encontrar meus amigos.

Passei pelas portas duplas do refeitório e entrei. Estava uma zona, como sempre. Não demorou muito para localizar meus amigos, a gente sempre senta na mesma mesa todos os dia, era como se a mesa fosse realmente nossa. Mas eu não ia de encontro direto com eles, primeiro passaria na lanchonete. Me desviei do caminho da mesa e fui sentido contrário em direção á lanchonete. Não tinha muita gente na fila então foi rápido, pedi um pedaço de pizza e um suco de laranja, paguei a moça da cantina e fui encontrar meus amigos.

Passei pelo Gabriel que estava sentado ao contrário na mesa, conversando com uns novatos da mesa ao lado. Sentei-me à mesa e olhei para meus amigos.

-Eai como vão? -perguntei tentando quebrar o gelo.

-Bem. -respondeu Henry.

-Bem. -respondeu Diego.

-Bem. -respondeu Gabriel sem virar-se para nós.

-Nada bem. -respondeu bravo Tomás. -Porque? - ele tava sempre meio mau humorado, mas era bom saber o motivo para evitar entrar no assunto.

-Porque? Adriel, é só porque esse aí não parava de contar suas histórias na aula de química e conseguiu ser expulso da sala, me deixando sozinho para fazer nosso trabalho!

-Desculpa aí cara, não era minha intenção. Mas diz aí você colocou o meu nome no trabalho, não colocou? -Gabriel implorava com os olhos porque mais algumas notas baixas e ele poderia repetir de ano.

-É coloquei. - Tomás revirou os olhos.

-É isso aí Brother, tô te devendo uma.

-Você quis dizer MAIS uma.

-Desde quando ficou bom em matemática?

-Desde que você parou de me passar cola porque não faz. Fiquei de castigo por sua causa depois disso.

-Olha pelo lado bom, agora você sabe matemática e já pode me passar umas colinhas.

-Ora seu...

-Tá bem, chega disso antes que eu tenha que separar mais uma briguinha de vocês dois. Dá última vez me arranharam e eu tive que falar que um gato me atacou. Meus pais me fizeram identificar vários gatos da vizinhança pra ver se ele tinha alguma doença. -eu os interrompi.

-Desculpa cara, eu não andei cortando as presas. -Gabriel fez um barulho que deveria ser de um gato prestes a atacar, mas saiu mais como uma foca com asma.

Bateu o sinal para os alunos voltarem às salas.

Tive mais uma aula de química, geografia e biologia. Não aguentava mais, estava louco para ir pra casa almoçar e me jogar no sofá.

O milagroso sinal bateu e sai tão rápido que até me surpreendi com o meu desespero.

Sempre vou e volto da escola andando é uma boa caminhada durante a manhã, mas no período da tarde é muito quente. Cheguei em casa suando por causa do sol, abri a porta de madeira escura, girando a maçaneta redonda e dourada, entrei na sala e joguei minha bolsa para um lado e me meu corpo para o outro. A bolsa caiu no chão com um barulho e meu corpo em cima do sofá que amorteceu minha queda.

Kathe apareceu na sala, se colocou ao meu lado no sofá e perguntou: "Como vai?".

Eu respondi: "Vou bem. E você?"

Ela falou: "Estou legal". "Você quer brincar comigo?"

Falei: "Depende. Você séria uma boa irmãzinha e traria meu almoço até aqui?"

Ela sorriu e balançou a cabeça afirmativamente. Saiu correndo para a cozinha e eu peguei um jogo de tabuleiro que ela adorava. Quando kathe voltou o jogo já estava pronto e ela carregava com um pouco de dificuldade um prato de comida e talheres. Quando ela se aproximou eu peguei o prato e os talheres, e disse-lhe um "Obrigado". Ela me respondeu um "Por nada" e eu pude ver seus olhinhos brilharem ainda mais ao ver que eu já tinha preparado o jogo. Ela pegou os dados e os jogou, ela sempre começava. Eu fiquei revisando entre uma garfada e jogar os dados. No fim do jogo kathe venceu e eu já havia terminado meu almoço.

Subi pro meu quarto e começei a fazer minha lição de casa enquanto kathe assistia tv no andar de baixo.

Minha tarde se resumiu a isso, quando terminei minha lição fui no andar de baixo lavar a louça do almoço, preparar uma mamadeira quente para kathe e depois fiquei mexendo no computador. Mais tarde kathe eu resolvemos ver um filme ela dormiu no meu colo nos primeiros dez minutos de filme, minha mãe chegou do trabalho, ela era médica, e levou kathe ainda adormecida para o quarto. Eu continuei vendo o filme e quando meu pai chegou a janta já estava pronta e o filme havia acabado. Jantei junto aos meus pais e subi para tomar um banho antes de dormir. Mas kathe apareceu antes de que eu pudesse chegar ao banheiro. Sua carinha amassada de sono me deixou derretido. Ela pediu uma mamadeira e eu a preparei, quando fui levar a ela, ela me pediu para contar-lhe uma história. Peguei um de seus livros e começei a lê-lo em voz alta, em pouco tempo Kathe dormiu novamente e eu beijei sua testa antes de sair do quarto. Quando cheguei no corredor fui para o banheiro, tomei um banho, coloquei meu pijama, que na verdade era só um shorts azul marinho e uma camisa beje, velhos. Peguei meus fones de ouvido e coloquei na lista de reprodução, durmi ao som de minha banda de rock favorita.

A Cura Está Na Morte.Onde histórias criam vida. Descubra agora