Cornerstone - Klance

Cappuccino

nota da autora:

Oiee, gente

Dessa vez não demorei muito para atualizar, neh??

Meu deus, sempre que escrevo bate uma saudade da época dos lançamentos de Voltron. Daquela ansiedade no peito que se criava 1 dia antes de estreiar uma nova temporada. Eram tão divertido, ver as fanarts, as teorias, o twitter, o tumblr. Sentar na sala com todos os meus irmãos (eh, pra quem não sabe, eu tenho 3 irmãos e nós todos amamos Voltron), de comer pipoca enquanto maratonavamos a temporada inteira. Eu amo Voltron e amo mais ainda o fato de ter sido tão importante na minha vida.

uwu agr que fui perceber que esse tá parecendo o último cap da fic por causa dessa nota... MAS NÃO EH KKKK

Só eu mesmo que sinto saudades da época de um fandom ativo e eufórico...

Enfim,

Boa leitura

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Keith

18:15

Quando Keith deixou o teatro, um laranja escuro e enjoado banhava o céu, anunciando a chegada do pôr do sol.

O suor gelado pós a aula de ballet escorria pelo seu pescoço. Mas Keith sentia frio, fazia 12 graus lá fora. O outono de Londres ressecava as folhas das árvores e esfriava as ruas.

Ele tateou o bolso da jaqueta à procura do celular. Fungou o nariz enquanto esperava na linha. Aquela época do ano definitivamente atacava a sua rinite.

- Keith?! - Ele ouviu do outro lado do telefone um gritinho esganiçado - Oh meu Deus, Keith! É você mesmo?!

O coreano riu enquanto atravessava a rua, como sentia falta do som da voz dela.

-E aí, Mia? Saudades?

A conversa rolou solta com a sua meia-irmã. Desde que chegara na Inglaterra, não houvera tempo para ligações - somente algumas mensagens despretensiosas pelo telefone, como um Oie. Cheguei bem sim, Mãe. Saudades de você, Mia.

Mas naquele momento, ao sair da aula cansativa de Lyceum, ele sentiu uma imensa saudade preencher o peito. Tinha que ligar para casa. E assim o fez.

Mia advertiu-o que se esquecer de ligar frequentemente mais uma vez, ela pegaria o primeiro voo para Londres e arrancaria a sua cabeça.

Keith riu com a ameaça.

- Duvido.

Enquanto a garota tagarelava sobre como fora o seu primeiro dia de aula na Coreia e sobre como Krolia estava sendo engolida pelo trabalho e pela saudade que sentia dele, Keith andava lentamente pela rua. As mãos encolhidas dentro do bolso da jaqueta, tentando aquecê-las. O vento gelado batia contra a sua pele vermelha e quente, balançando as madeixas dos cabelos negros de um lado para o outro.

Mas Keith não se irritava. Não havia jeito melhor de terminar o dia do que conversando com a sua irmã - mesmo que por uma ligação falha e chiada. Keith se sentia feliz, se sentia vivo.

Tão imerso na conversa com Mia e tão alheio ao mundo lá fora, nem percebeu que os seus coturnos o levaram diretamante para a frente de Cornerstone, - mesmo que inconscientemente - onde Lance trabalhava.

Leu o letreiro da cafeteria sem entender como havia parado alí. Mia lhe mandou um beijo, dizendo que sentia muita falta e que mais tarde era para ele ligar para Krolia. Keith respondeu com um Okeyy arrastado, se despedindo.