Primeiro Ato || Shinkami

[00.03] Permissão

2020.

ㅡ Pai! ㅡ Hitoshi treinava no espelho. ㅡ Você disse que quando eu fizesse cento e dezoito anos, deixaria eu conhecer o mundo como qualquer monstro que entra e sai desse hotel. ㅡ Nesse momento ele engrossa mais a voz para imitar o homem. ㅡ "Mas meu filho, isso é perigoso, blá-blá-blá". Pai, comentamos isso a trinta anos, nós estávamos comendo barata frita e eu lembro muito bem que você me deu a sua palavra.

[☆]

ㅡ Tamo' na área, caralho! ㅡ Bakugou gritou ao chegar no hotel montado em cima de Kirishima, esse que estava transformado em um grande dragão vermelho, sobrevoando o grande salão. Junto do loiro estava Izuku, um zumbi; Shouto, um vampiro, e Sero, uma múmia.

ㅡ Katsuki Bakugou, eu já falei para não usar seu namorado como transporte! ㅡ Mitsuki gritava aos quatro ventos, ao seu lado estava Deidara e Yuri, esses que foram obrigados a carregarem as malas da mãe, e Masaru, que tentava ajudar os dois a todo custo. ㅡ Desce daí seu pirralho filho da puta!

ㅡ Mãe, a senhora acabou de se chamar de puta. ㅡ Yurio sussurrou para a mulher, enquanto Deidara segurava a risada para não apanhar da loira.

ㅡ Foda-se, caralho! ㅡ Gritou com ainda mais raiva. ㅡ Sai logo daí, Katsuki! Ou você nunca mais vai ver o Kirishima na vida!

ㅡ Ai, 'tá bom velha. ㅡ Bakugou revirou os olhos. ㅡ Tamo' descendo, porra. Cabelo de merda, pousa logo cacete.

Assim que todos desceram de cima do moreno, o mesmo voltou a forma normal, logo levando um tapa da mulher de cabelos negros que o encarava com fogo nos olhos. Já o homem apenas ria da desgraça do filho.

ㅡ O que eu disse sobre se transformar em lugares lotados? ㅡ Yoonji pergunta enquanto estapeava o ruivo.

ㅡ Que não era pra fazer isso. ㅡ Fala com dificuldade, a mão de sua mãe era pesada, se duvidar, mais até que a de seu pai. ㅡ Desculpa, mamãe.

ㅡ Tio Aizawa! ㅡ O esverdeado exclamou ao ver o vampiro indo na direção deles.

ㅡ Olá pequeno Izuku. ㅡ Sorri fracamente. ㅡ Meus amigos, que bom que vieram.

ㅡ Não poderíamos perder a festa de aniversário do Hitoshi. ㅡ Quem responde é Inko, a mãe de Izuku.

ㅡ Por falar no vampirinho, onde ele está? ㅡ Masaru pergunta com seu típico sorriso.

ㅡ Está no quarto. ㅡ Responde com um suspiro. ㅡ Se não importam-se, irei ver se meu pequeno Toshi está pronto.

ㅡ Ele não é mais tão pequeno. ㅡ Keiichirou, pai de Eijiro, fala recebendo a seguinte resposta: "ㅡ Claro que é." E então um rugido.

[☆]

"Não pertube", essa era o que a placa pendurada na porta do quarto do príncipe vampiro, e logo abaixo dizia: "Você é idiota, por acaso? Irei explicar: Não incomode; não vem não; xô diabo; não amole; sai daqui; não encha meu saco, vá embora. Entendeu? Agora xispa." Aizawa ri consigo mesmo antes de bater na porta e a abrir.

ㅡ Mosquitinho, está aí? Já acordou? ㅡ Pergunta olhando envolta do quarto com as cores: preto, branco e roxo, por todos os lugares. Uma cabeça surgiu em sua frente, o filho estava de pé no teto. ㅡ Seus amigos chegaram, mas antes, que tal nós procurarmos por uns escorpiões?