- Eu não menti para você, eu só deixei oculto.
Tudo começou as mil maravilhas, mas Noah nunca soube se entregar a um relacionamento e como isso funcionava. Por isso ele ocultou coisas essências de Sabina, e a mesma não gostou nenhum pouco. Será que...
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O fim de semana as vezes chegava a ser torturante para mim.
Sina é a única pessoa que eu tinha de próxima, e alguns finais de semana ela viajam com sua família.
Família. Algo que eu nunca tive, mas também não sinto falta, aliás, como viu sentir falta de algo que eu não tive?
Minha mãe e meu pai são dois doidos que só registraram e depois me largaram com pessoas desconhecidas.
Hoje em dia eu podia ser qualquer coisa, poderia até ter virado prostituta.
Claro que minha vida não está nem um pouco perto de estar boa, mas pelo menos não moro na rua.
Graças a minha querida mãe ter nascido no Estados Unidos, consegui ter a cidadania daqui, para alguma coisa ela serviu pelo menos.
Estava pensando em comprar um cachorrinho para preencher esse vazio e solidão que estou sentindo ultimamente.
Depois de pensar mais um pouco sobre o assunto cheguei a conclusão de que eu não tenho tempo para me dar ao luxo de ter um bichinho.
A correria do dia a dia para mim sobreviver já é grande, imagina se eu tivesse um animal...
Minha vida literalmente é patética e tediosa.
Eu nunca nem se quer tive um namorado, acho que uma pobre pé rapada não tem muita a oferecer ao olhar dos homens.
Eu não me considero uma mulher feia, e muito menos a mais bonita. Mas as vezes me questiono porque ninguém nunca me olha ou se interessa por mim.
Já até pensei em ser sapatão, segundo Sina, eu não estaria perdendo nada, pois mulheres não são tão idiotas como homens e sabem muito bem usar a língua.
Com as minhas próprias experiências eu não pude descordar da visão de minha amiga, mas essa ainda não era minha praia.
A falta de um namoradinho as vezes era angustiante, não é nem tanto na questão de ter o sexo, é mais na companhia.
Sinto falta de alguém estar ao meu lado me amando do jeito que sou, mas eu acho que o universo reskennre decidiu que eu tenho que ser uma fudida solitária em todas as áreas de minha vida.
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Eu ainda me questionava o que Bailey queria com a garota.
Não sei porque isso me intrigava tanto, eu nem a conheço.
A mulher obviamente é um tanto quanto inesquecível.
Seu corpo escultural chama a atenção de qualquer homem a sua volta, e as mulheres não ficam para trás. No dia da boate não há quem não olhasse para ela e a alegria que ela esbaldava.
Bailey é um garanhão nato, mas eu sei que ele não está atrás dela com essas intenções. O homem é um desgraçado, estava assustando ela.
Me mantive por perto para garantir que ele não fizesse algo mau a ela, pelo que analisei, a vida dela já é meio fora dos trechos, não precisa de mais alguém ferrando ela.
A mulher trabalha o dia todo para sobreviver, e pelo que observei no lugar que trabalha, não deve ganhar muito.
Não sei dizer se tem família, mas sei mora sozinha e recebe visitas frequentes de uma loira que descobri se chamar Sina Deinert.
Coloquei alguns seguranças ao redor da casa dela e para seguirem ela ao decorrer do dia.
Não acho justo uma mulher batalhadora ter a vida destruída por um medíocre como o Bailey, enquanto ele não a deixar em paz farei de tudo para a proteger.
Segundo o que meus seguranças me informaram, ela estava em um parque, mas estranho por ser 23:17 da noite.
Resolvo eu mesmo ir verificar.
- Oi. - Me sento ao lado dela, ela está sentada em banco olhando os brinquedos vazios do parque infantil. Percebo algumas lágrimas em seu rosto, então cheguei a conclusão de que ela estava ali tomando uma ar.
- Tirando a vez do restaurante, eu sempre me assusto quando você se aproxima. - Ela da uma risada sem graça e eu balanço a cabeça em brincadeira.
- Me desculpe sempre apareço do nada, é o meu charme. - A olho divertidamente e a mesma ri novamente. - Você está bem?
- Oh, sim. Vim refrescar a mente. - Explica balançado as pernas.
- Não pense e se estresse de mais, princesa. Dá cabelos brancos. - Brinco e ela me dá um sorriso mostrando que está se divertindo.
- Esse no momento é um dos menores dos meus problemas. - Parece desabafar.
- Pela primeira vez uma mulher que não importe com a aparência. - Digo levemente surpreso e ela me olha desafiadora.
- Achou que eu fosse vaidosa? Então sinto em te dizer, quebrou a cara. Não há mulher mais desleixada que eu, as condições não me permitem ser vaidosa.
- Não te conheço muito bem para falar algo a respeito de sua vida, mas te garanto que com um pouco de esperança e determinação, você pode conquistar tudo ao seu redor. - Lhe dou um sorriso e ela corresponde.
- Bem, eu precisava disso, obrigada. - Ela responde aparentemente mais calma e relaxada. - Preciso ir, amanhã trabalho cedo.
- Quer uma carona?
- Não sei devo aceitar coisas de estranhos... - Ela responde com receio e eu rio em diversão.
- Gata, não sei se você esqueceu, mas eu salvei sua vida. Eu definitivamente não sou um estranho.
- Ah, sim, perdão pela minha falta de educação. Aceito sim sua carona então. - Ela responde se levantando.
Fomos até meu carro conversando aleatoriamente e foi assim o caminho todo até sua casa. Óbvio que fui perguntando as coordenadas pois ela não faz a mínima idéia de que eu já sei onde mora.
Ao descer do carro ela me dá um aceno de despedida e eu retribuo.
Observo ela entrar na sua casa para garantir que estava tudo bem. Antes de ir embora, olho em volta e vejo os seguranças disfarçados.
Então volto para minha casa.
Tô sumida, eu sei, me perdoem. Foca na capa perfeita que a itsthebee fez, maravilhosa né?