Capitulo 02

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Avi

- Que droga, estava tudo indo bem. Na verdade já era pra desconfiar que ele ia dar mancada.

- Calma Avi, dá pra vocês correrem atrás do prejuízo, tem a Jam Final no fim do ano... Vocês precisam trabalhar juntos. Não é hora de desistir. - A Candace falou pra mim.

- Não estou pensando em desistir, é que... Poxa, ele deu uma mancada muito grande com a gente. Ele chegou no final da música Candie. A gente se matou pra fazer aquele arranjo de última hora, ficou perfeito, um trabalho incrível e ele foi lá e....

- Calma, calma... Ei... Vai dar tudo certo. - Ela disse fazendo carinho em mim. - Vai dar tudo certo. - Ela tinha o dom de me acalmar.

- Ainda bem que você está aqui. - Eu falei pra ela enquanto ela sentava no meu colo e passava os dedos carinhosamente pelo meu cabelo.

- O que seria de você sem mim, né? - Ela disse rindo.

- Menos.

Ela estava bem perto, então tive a oportunidade de olhar cada pedacinho do rosto dela, o cachos que caiam levemente pelo seu rosto, fazendo a moldura perfeita pro quadro perfeito, o sorrisinho dela, tão meiga e fofa, seus olhos puxadinhos e escuros que pareciam roubar minha alma, não sei o que estava acontecendo, mas... Eu acho que eu gostava dela de verdade, mais do que eu imaginei. Tirei uma das mechas da frente do rosto da Candace enquanto ela me olhava um pouco mais séria, ela se aproximou sutilmente e passou a ponta do nariz dela no meu e sorriu, eu coloquei as duas mãos no pescoço dela e a beijei lenta e intensamente, sentindo minha pulsação aumentar, minhas mãos correram pelas costas dela e então senti Candace dar uma mordidinha no meu lábio inferior enquanto se afastava.

- O que? - Eu perguntei enquanto ela se levantava

- Nada. - Ela falou indo até a estante na frente da minha cama. - Essa porcaria funciona?

- O Home? Claro, perfeitamente, tem um subwoofer sensacional. Sabe aquele bass que bate dentro do peito?

- Casa com ele. - Ela disse rindo da minha empolgação ao falar do Home Teather.

- Eu caso com você.

Ela pareceu chocada, arregalou os olhos e deu um passo pra trás sem dizer nada, foi até a bolsa e começou a procurar alguma coisa, eu me levantei calmamente e fui indo na sua direção em silêncio.

- Não se atreva a me agarrar. - Ela disse. - Eu sei que você está se aproximando porque o seu cheiro tá ficando mais forte.

Ela se virou pra mim e eu estava de pé, atrás dela, realmente, eu ia agarrá-la, mas eu ficava pensando como é que raios ela sabia disso... Talvez eu fosse muito previsível, ela pegou um pen drive e colocou o home "Um pouco de música nunca faz mal." ela falou pra mim, a única coisa que me restava era observar, e era engraçado porque, eu perdia totalmente o controle da situação com ela. Uma música suave começou, tão suave quanto o perfume que ela usava, as batidas foram invadindo o quarto sutilmente, o som nem estava alto, mesmo porque era tarde já, mas, o volume estava bom o suficiente para eu perceber que aquela oportunidade era única na minha vida, eu nunca quis tanto estar com alguém, como eu queria estar com ela, nunca desejei tanto alguém como eu desejava ela naquele momento.

Coloquei minhas mãos na cintura dela, e ela veio fazendo manha para os meus braços, envolveu meu pescoço nos braços dela e sorriu daquele jeito fofo que fazia as minhas pernas tremerem. Ela começou a se balançar no ritmo da música e foi tão fácil acompanhar ela, até parecia ensaiado.

- Essa música te define. - Ela disse pra mim.

- Por quê? Me explica o que está dizendo. - A música era em português e eu não falo português.

A Capella Academy IIOnde histórias criam vida. Descubra agora