De que está com medo?

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- Adora, você

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- Adora, você...? Vocês...? - Arqueiro tentava buscar as palavras, mas, tadinho, depois de ver uma cena dessa, não o julgo em ter dificuldade de falar.

- E-eu posso explicar...

- Por que caralhos ninguém aqui em Lua Clara sabe bater na porta? - Resmungou Felina com a mão no rosto, completamente vermelha.

- Adora, ela é nossa inimiga. - Disse Arqueiro, ainda meio atordoado.

- Eu sei. - Falei cabisbaixa. - Mas não é bem assim.

- E eu vou embora, falou. - Disse Felina indo em direção a janela.

Segurei seu braço.

- Nada disso! Não foi embora quando eu mandei, agora me ajuda a limpar essa bagunça!

Ela grunhiu e se sentou no chão, cruzando os braços.

- Então vocês... - Arqueiro apontava para nós duas. - Estão... tipo, juntas?

- Mais ou menos isso... - Respondi, com a mão atrás da cabeça.

- Dá para trancar a porta antes que mais alguém apareça aqui de surpresa e me veja? - Disse Felina impaciente.

Arqueiro apenas o fez, depois, se sentou em um puff.

- Então... Se vocês estão namorando, por que você ainda não veio para a Rebelião? - Perguntou o moreno a Felina.

- Eu tenho meus motivos. Não posso mudar de lado agora.

- Adora, você sabe que eu confio em você. Mas... Bom...

- Não confia em mim. Eu sei, não precisa enrolar para falar. Eu também não confiaria. - Disse Felina, dando de ombros.

- Tá, só me explica. Como isso aconteceu? - Dava pra ouvir as engrenagens girando dentro da cabeça do garoto, de tanto esforço que ele fazia para entender a situação.

- Arqueiro, então. Eu e Felina somos amigas desde que me entendo por gente, mas você já sabe essa parte. Aí recebemos uma missão de encontrar o cetro... Pera, você também sabe essa parte... Enfim, no final ela resolveu voltar para a Horda e eu-

- Ele também sabe essa parte! - Felina me interrompe. - Resumindo: eu tenho meus motivos para ficar na Horda. Assim como tenho meus motivos para... né. Ver a Adora. É tudo que você precisa saber.

- Mas isso não explica nada! - Arqueiro colocou as duas mãos na cabeça, com um leve desespero na voz. - Só me deixou mais confuso.

Me aproximei do rapaz e segurei sua mão.

- Eu também estou buscando entender a Felina. Mas ela não me conta nada. - Cerrei os olhos para ela. - De qualquer forma, você precisa me prometer que não vai contar a ninguém! Nem mesmo a Cintilante.

- Mas, Adora... Você sabe que eu e Cintilante não escondemos nada um do outro...

Felina se levantou bruscamente e foi em nossa direção. Segurou firme o ombro de Arqueiro e o fez encara-la.

Oi, AdoraOnde histórias criam vida. Descubra agora