Existe algo de bom todos os dias ˙❥˙ kth + jjk (Taekook)

|5| Inner Child

#todososdiastk

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É meio clichê falar isso, mas a vida é uma caixinha de surpresas. Uma hora você está sorrindo e a sua vida está indo bem, você consegue seguir em frente, de repente algo acontece e tudo muda.

Incrível como uma coisinha ruim pode acabar com nosso dia, semana ou até mesmo com o nosso mês. Jungkook queria não se importar, dizer que não se importava com o pai que estava na UTI prestes a morrer, mas ele se importava. E muito!

Entretanto, algo rodava em sua cabeça. E se fosse ao contrário, se fosse Jungkook que estivesse morrendo, sua família se importaria? O seu pai estaria com o coração apertado como ele estava naquele momento?

Quando se é criança, você idealiza e ama seus pais, porque é a lei da vida, correto? Amar seus pais, respeitá-los, olhar para eles como heróis, correr para seus braços quando algo de ruim acontece.

E isso aconteceu na infância de Jeon. Seu pai era o seu melhor amigo, os dois jogavam videogame, futebol, amavam esportes radicais, sem contar que o sr. Jeon buscava sempre o menino na escola. Eles eram unidos, se amavam e acima de tudo se respeitavam.

Jungkook não fazia ideia como isso acabou na sua adolescência, quando foi que ele mudou ou quando o seu pai mudou.

Entretanto, ele lembrava que seu pai começou a ficar superprotetor, questionando o modo como ele falava e como ele andava. Por ser "certinho" demais, não fazia bagunça na escola, tinha poucos amigos e por não falar de garotas para os pais, senhor Jeon afirmava que o filho era afeminado demais, já que o menino também fazia os afazeres da casa e o pai enfatizava que isso era coisa de mulher.

Como o garoto não era muito de ter amigos, os que tinham o pai não era muito fã, pois os seus amigos na adolescência eram bixessuais, viviam pitando o cabelo de cores extravagantes e seu pai odiava. Tudo piorou quando o mais novo apareceu em casa com suas orelhas furadas, fez isso juntamente como suas primas e ali que o relacionamento do pai com o menino piorou.

Ele lembrava que quando o ponteiro do relógio mostrava ser meia-noite, revelando já ser Natal, Jungkook saía abraçando todos os familiares que estavam em sua casa, mas quando ia até o seu pai, o mesmo fingia não o conhecer e saía, não se importando com os sentimentos do filho.

Ele não deveria se importar, mas aquilo doía tanto, era como se seu pai tivesse dado um soco em sua cara.

Percebendo que aquilo afetava Jungkook, o pai passou a fazer isso com certa frequência, principalmente quando o filho fazia algo que ele não gostava. Se Jeon chegava a algum cômodo da casa ele saía, o filho falava com ele e o mesmo o ignorava. O pior era que Jungkook não sabia o que tinha feito de errado. Se o pai ao menos falasse ele mudaria.

Quando tinha dezessete anos, Jeon sofreu pela primeira vez assédio sexual por um parente próximo, o marido da sua tia, a irmã do seu pai.

O assédio aconteceu por mensagem, o abusador mandou fotos nojentas e um texto dizendo que era apaixonado pelo garoto. A reação de Jungkook foi de choque e nojo. Logo em seguida, sem pensar duas vezes, contou para os pais já que sua a tia também estava sendo vítima daquele cara.

Não deveria ter falado para seus pais, foi a pior decisão.

Seu pai o culpou alegando que Jeon abraçava demais as pessoas, que não tinha uma postura de "macho" e o pior, ele tinha causando tudo aquilo.

Não sabia o que tinha na cabeça do pai, mas depois daquilo o assediador começou a frequentar ainda mais sua casa juntamente com sua tia, sr. Jeon fazia questão de chamá-los para jantar e ainda obrigava o filho a participar de tudo.