Capítulo 29

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Nós mudamos mas ainda somos os mesmos
Depois de tudo que passamos
Eu sei que estamos bem

Cool

- Naomi

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- Naomi. - Minha voz falha quando meus lábios soltam seu nome. Levo segundos a fio para me  recompor, finalmente limpando a garganta e aspirando ar pelo nariz até encher meu peito com ele. 

- Tris! - Seu sorriso é largo, e observo com horror quando ela estica os braços para me abraçar, e quase no mesmo instante recuo. - Eu sabia que era você, ontem. Primeiro achei que fosse minha cabeça, mas foi muito real. 

Então ela me viu. 

Os pelos dos meus braços se arrepiaram, mandando arrepios para minha espinha. Tudo o que consegui fazer foi concordar com a cabeça. Mãe! Ela não mudou nada, o rosto magro, os cabelos escuros, o perfume doce. Nada!  

Uma mão imaginária aperta meu peito com força, tanto que prendo a respiração. 

- Isso é ótimo. - Collin para do meu lado, sua mão quente pousando em minha nuca, seus olhos buscando os meus. - Sou o marido. - Ele cumprimenta simpático, esticando a mão, que minha mãe retribui com incerteza. 

- Você casou. - Ela me olha de lado, soltando a mão de Collin. - Parabéns... E-Eu fico muito feliz. - Naomi sorri nervosa. 

- Ok. - Me dou um tapa mentalmente. Que merda de resposta foi essa? E por que eu me tornei monossilábica de um segundo para o outro?

- Obrigada. - Collin agradece. - Que falta de educação a nossa, entre por favor. - Ele abre espaço com o próprio corpo, mas eu permaneço no mesmo lugar. Não me sinto segura para aceitar sua visita. 

Ontem quando eu achei que ela não me reconheceu, doeu como o inferno. Mas agora, olhando para ela, não sei o que esperar depois de seis anos. 

O que ela pode querer? 

- Talvez em um outro momento. - Naomi responde ao pedido de Collin, mas seus olhos estão nos meus. Sua feição séria parece ser capaz de ler meus pensamentos. - Eu vim porque precisamos conversar, mas não aqui. 

Um sorriso irônico nasce no meu rosto.     

- Prefere na sua casa? - Dou enfase na palavra 'sua' de propósito. Aquilo nunca foi um lar para mim de qualquer maneira, principalmente depois de tudo o que aconteceu lá.

- Sim filha. - Oh, então ela se lembra que é mãe? - Eu preciso ir trabalhar de todo jeito. - Apontou para o carro prata, estacionado em frente a casa. - Vou ficar te esperando, o tempo que precisar. 

O que acha de mais seis anos? 

- Ela não vai. - Nós duas encaramos Collin com surpresa, que nos ignora completamente e continua firme. - Não na casa onde aquele idiota mora. 

Garota Dele - Garotas Collierville - Livro 2Onde histórias criam vida. Descubra agora