Pense em Las Vegas, adicione muitos shots de tequila e duas pessoas que se odeiam. Imagina o resultado? Um contrato assinado pela Marilyn Monroe em uma capela!
Trícia Torrez é uma mulher bem sucedida e independente, que luta todos os dias para esque...
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- Sr. Dupree, o presidente solicita sua presença. - Fecho os olhos antes de suspirar, bato o telefone no gancho sem nem ao menos responder a secretária.
Desde que me formei em Harvard e comecei a trabalhar na empresa do meu pai, é a mesma coisa, todos os dias. Nada nunca está bom o suficiente.
Observo a janela de meu escritório, com vista para os campos de Collierville, e nem mesmo a localização privilegiada me anima. Sabendo que não poderei fugir da reunião, me levanto, abotoo o último botão do meu terno com certa dificuldade, e rumo em direção a sala do meu pai.
Mão trêmula ridícula! Já posso sentir minhas articulações inúteis doendo. De novo.
Obrigada acidente de carro, fico te devendo uma mão!
No caminho, reparo nos funcionários que abaixam a cabeça conforme passo. Aprendi da pior forma que ser bonzinho ou ingênuo demais não gera bons resultados, então, mantenho distância e indiferença, funciona melhor assim.
- Me chamou, pai? - Entro sem bater, o que o faz me olhar feio.
- Sr. Benjamin. - Me corrige, girando a cadeira de couro para me encarar. - E sim. - Os braços de meu pai se apoiam na mesa, os olhos claros se apertando para me analisar. - Fiquei sabendo, que vai tirar alguns dias de folga a partir de amanhã, para viajar para Las Vegas. Realmente espero que seja uma piada de mau gosto.
Eu também esperava, mas não é.
Depois da escola, conforme os anos passavam e a raiva diminuía, eu fui me reaproximando de Dylan Carter, meu amigo de infância. Não foi fácil, mas nos esforçamos bastante, ignorando nossas diferenças, e principalmente não falando em nenhuma hipótese, sobre seu relacionamento com minha ex namorada.
Cameron Cooper, primeira e ultima garota que confiei cegamente. Em um dia eramos rei e rainha do baile, a aposta da cidade, os mais prováveis de subirem ao altar. No outro, ela estava transando com meu melhor amigo na traseira da sua caminhonete velha, pelas minhas costas.
Mantive essa verdade esquecida em mim, pelo bem da minha própria sanidade. Só de pensar no quão cínico eles foram, mentindo na minha cara, já me deixa enjoado. Mas amadureci, e depois de pensar muito, admiti minha parcela de culpa, por ter investido num relacionamento com Cameron, mesmo que no fundo eu sempre soubesse que eles estavam praticamente destinados um ao outro.
