POV NORMANI
Ver a pessoa que você ama, dormindo do seu lado... Não tem preço.
Minha vida é muito corrida, cada hora estou em um lugar desse mundo, fazendo minha arte, a dança. Eu gostava dos aplausos, de ser notada pelo público. Mas a parte que eu mais gostava, era quando eu olhava para plateia, ou para o lado, escondidinha no meio das cortinas, e eu via Ally, ela me olha com tanto carinho, com tanto amor! A melhor coisa do mundo era receber seu abraço depois de uma apresentação.
A vida não tem sido fácil, as pessoas falam coisas horríveis de mim, ficam indignados por eu amar uma mulher branca... Na verdade, o problema não é por ela ser mulher, e sim, por ela ser branca. Os "fãs" da Ally são extremamente intensos, ciumentos... E alguns deles, racistas.
Ally fica máster nervosa com isso tudo, mas eu finjo que não me importo, que não ligo com as besteiras que eles colocam no meu instagram, e me mandam no twitter. Não é fácil mentir, fingir que nem ligo... No fundo se eu estou sozinha eu sempre desabo a chorar, isso me fere. Apesar disso, eu amo Ally, e quero segurar a mão dela para sempre.
As pessoas mais próximas, nos dão total apoio, lembro que quando nos viram juntas, nossos amigos em comum ficaram meio sem entender, porque eu nunca dei sinal de que era bissexual, e nem Ally. E como sempre fomos grandes amigas, eles demoraram a assimilar que agora éramos um casal.
O casamento da Tay Jauregui foi lindo! Cantar aquela música olhando para Ally, foi magico... Cantar com minhas garotas, foi como voltar ao passado, quando Camila começou a cantar, eu arrepiei, minha gatinha cubana não me decepcionou, aquela voz... Parecia um gigante que tinha acordado depois de dez anos, e tinha acordado com vontade de cantar para todo mundo ouvir. Que orgulho, orgulho da harmonia no refrão, sem mesmo termos ensaiado em conjunto. Ouvir falar sobre Fifth Harmony sempre me arrepiou, pois eu sempre soube o quão magico era nossas vozes juntas.
Em algumas entrevistas, me perguntavam porque o grupo não tentou carreira, eu nunca me importei com as perguntas, as vezes nas exposições de joias desenhadas por Lauren a perguntavam, e ela sempre falava com um carinho enorme sobre o que fomos, e o que somos.
Eu estou bastante feliz, só de lembrar Lauren e Camila dançando junto, nesses dez anos, eu, Ally e Dinah sempre nos mantemos neutras, sem ser do time Camila e nem do time Lauren, até porque nem sabemos o que realmente aconteceu com as duas, a ponto de Camila odiar Lauren... E Lauren fugir de Camila como o diabo foge da cruz.
Mas ontem as duas dançando próximas, eu até vi uma mão boba da Camila na cintura da Lauren! As duas formam um casal lindo, bem que as duas poderiam resolver seus problemas, já que fica claro que Camila ainda evita muito o contato com Lauren, e sempre é grossa com a pobre da Lauren, que no começo parecia se borrar de medo da Camila, pelo o que eu vi ontem, esse medo durou pouco, Lauren estava mais leve, mais debochada, eu até arriscaria o palpite de que Lauren estava meio afim de Camila... Mas deixa isso pra lá, tomara que no final disso tudo as duas pelo menos voltem a ser unha e carne, amigas como antes.
Ally continuava dormindo encolhidinha do meu lado, eu iria me levantar, mas, bom, vocês sabem o quanto a Ally é fofa... Dormindo a fofura dela triplica, resolvi me virar e ficar observando ela dormir... Contemplando a melhor paisagem do mundo... Minha namorada, minha melhor amiga... Meu amor. Vou lhes contar como o nosso amor surgiu, espero que estejam preparados, vou tentar resumir, mas, mesmo assim é bastante história.
DOIS ANOS ATRÁS:
Nova York continua surpreendente, depois de uma boa temporada na França, em turnê com a minha companhia de dança, abandonei a tour, e voltei para ajudar a Ally com a parte de dança do novo CD.
Eu trabalhava para ela e pra mais um monte de gente, as pessoas me perguntavam como eu conseguia sempre inovar na dança, de artistas tão diferentes. A resposta sempre foi fácil, Dinah é um ser diferente de Beyonce, que é diferente de Ally, Shakira, Britney e muitos outros... Acho que é por isso que eu sempre fui cogitada, por capitar mais do que um trabalho, capitar a alma do artista e a intenção dele em cada música. Eu amo meu trabalho! Era uma forma sutil de ficar perto de uma outra paixão, o canto, eu amo cantar... Mas não me arrependo de ter escolhido a dança ao invés da música, sempre que penso sobre isso, acho que fiz a coisa certa.
Cheguei no prédio onde estava acontecendo os ensaios com os bailarinos de Ally, como sempre fui bem recebida, coloquei uma roupa apropriada e comecei a aquecer, enquanto os assessores de Ally me dizia que ela estava a caminho.
Depois de quase meia hora, Ally chegou... Algo dentro de mim, fez com que eu ficasse vidrada naquele sorriso, na forma como ela abraçava cada um naquela sala, e como ela mexia o cabelo. Não era a primeira vez que eu via a Ally, mas naquele momento, parecia que eu nunca tinha a visto antes.
- Normani!! – Ally veio em minha direção com um sorriso tão, lindo. – Oh Mani, que saudades de você! Como você está?
- Saudades também Ally, eu estou bem... Fui aquecendo o pessoal até sua chegada, estão todos animados, é bom sinal isso, ensaios serão intensos!
- Ótimo! Eu fui abençoada com uma equipe legal, e muito profissional, tenho sorte! A começar por você estar aqui! Você largou de acompanhar seus bailarinos, por mim... Obrigada por isso Mani – Ally me deu um forte abraço. – Gente, eu sei que faltam dez shows para finalmente encerrarmos a turnê, e descansarmos por merecidos dois meses... Mas antes disso eu gostaria de dizer para não se preocuparem! Vamos ensaiar muito, porém, três horas antes do show, eu vou pedir para a Normani nos liberar, vocês precisam descansar.
- Mas Ally, são coreografias difíceis! Somos profissionais, mas não podemos fingir que não vemos que será um desafio e tanto, falo em nome do grupo, podemos ensaiar até trinta minutos antes do show. – Disse Bia, uma das dançarinas.
- Gente eu confio super no potencial de vocês! E se que só trabalha bem, quem trabalha satisfeito, eu não vou escravizar minha equipe, eu não penso só em mim, no meu sucesso, eu quero qualidade de vida! Não só pra mim, pra todo mundo! Visto que eu dou dois meses de férias pra todos, não só pra mim. Fiquem calmos, vocês estão nas mãos da melhor profissional do mundo. – Ally disse me abraçando. - Acreditem em vocês! Tudo vai dar certo, quando estivermos dançando... Ensaiando, essa é a palavra correta, quando estivermos ensaiando, faremos isso da forma mais intensa possível! Mas vamos ter sim, nosso tempo de descanso. Agora, vamos parar de falar, e vamos prestar atenção nesta diva aqui. - Ally se soltou do meu abraço e me rodou, como se fosse em uma música.
Era lindo ver o modo como Ally sempre se preocupou com todos a sua volta, durante todo aquele dia eu me senti estranha, eu não conseguia tirar os olhos de Ally, de um jeito... Diferente. Quando ela sorria, eu sorria automaticamente.
Um, dois, três, quatro dias e nada dessa sensação passar, por Deus, não é possível que eu estava me sentindo atraída por Ally... Ao contrário do que você pode pensar, não é carência, eu tinha um "amigo" no qual a gente sempre ficava, saia pra balada e depois íamos para o apartamento dele, ou meu. Conforme foi passando os dias, comecei a reparar mais em Ally, e toda vez que eu percebia que estava igual uma idiota olhando pra ela, ela estava me olhando fixamente, e sorria de um jeito diferente... Aquele sorriso, era diferente de todos os sorrisos que já vi Ally dar.
Várias vezes durante a turnê Ally me chamou para acompanhar o show dela, e depois esticar a noite em alguma casa de show, mas eu realmente, estava fugindo dela como o diabo fugia da cruz... Ou melhor dizendo
" Como Lauren fugia de Camila" (é uma piada interna, Dinah que inventou esse trocadilho e nós adotamos isso).
Estávamos em Berlim, Ally tinha dois shows agendados na Alemanha, o grupo ficaria três dias no pais, dois de trabalho e um de folga. Todos saíram para passear, conhecer lugares famosos e históricos. Eu preferi ficar no hotel, pesquisando algumas coisas na internet. Não falei com a Ally em momento nenhum, nem no whats. Sai do quarto e resolvi me exercitar um pouco, só para não enferrujar. Chegando na sala onde o hotel montou uma sala espelhada e gigante para receber Ally nesses três dias, me deparei com aquela visão magnifica... Ally.
Toda suada, cabelos amarrados, um shortinho curto e uma blusa larga, ela estava totalmente concentrada, ela dançava com tanta leveza, girava seu corpo e parecia até uma dançarina profissional! O que me deixou bem surpresa, porque eu conheço Ally da época, que ela errava até um passo básico como o famoso "um pra lá, dois pra cá". Ela evoluiu tanto, em tudo. Fiquei com cara de idiota, ela dançando.
- Vai ficar me olhando assim até quando? – Ela disse parando, olhando para a parede, ela sequer olhou em minha direção. – Vamos Kordei, se manifeste. – Ally dizia rindo.
- Como soube que era eu? – Perguntei quando chegava perto dela.
- Seu cheiro, conheço ele. - Ela continuou a praticar.
- Mas eu não estou de perfume!
- Como disse, é seu cheiro... Não seu perfume. Seu cheiro é muito bom, conheço bem, é único.
- Nossa. - Acreditem, a palhaça aqui só conseguiu dizer isso, como lidar com a informação que a mulher que você, está visivelmente atraída, conhece seu cheiro.
- Achei que estava, gastando rios de dinheiro em alguma loja, não esperava você aqui no hotel... Fico feliz em te ver aqui. Não me diga que veio praticar! As vezes tenho a impressão que você já saiu da barriga da sua mãe dançando. – Ally soltou uma risada gostosa, acho que ela resolveu brincar, até porque até um cego poderia enxergar que nos últimos dias eu estava nervosa perto dela. Fui caminhando em sua direção, enquanto ela alongava seu corpo.
- Praticar sempre é preciso, mas eu realmente vim aqui, sei lá... Por querer distrair um pouco, ontem mesmo eu me prometi ficar o dia inteiro no quarto vendo algum filme... Mas o tédio não deixou, então vim aqui. – me sentei no chão, ela então se sentou na minha frente. – Você deveria descansar Ally, eu sei que dança é um puta obstáculo na sua vida... Na verdade era! Seu plié tá excelente.
- Não sei o que é isso mais obrigada assim mesmo! – Caímos na risada, Ally sempre foi tão divertida, sempre foi com ela as minhas melhores risadas. - Mani, posso te pedir um conselho?
- Pode, apesar que isso é estranho, você nunca precisou de conselho de ninguém. Mas se eu puder ajudar, pode falar. – Ally caiu na risada.
- Você que acha, eu sempre preciso de conselhos, só que sempre pedi para meus pais e meu irmão... Mas esse é um conselho que eu preciso pedir para você, já faz um tempo... Mais de um ano para ser quase exata, que eu venho reparando de um jeito... Diferente, em uma pessoa, mas nunca falei nada, e nunca demonstrei, até porque ao meu ver, seria impossível... Mas, nos últimos tempos, eu comecei a sentir um olhar bem familiar, familiar porque essa pessoa parece me olhar, como eu sempre olhei pra ela, só que eu olhava quando essa pessoa não estava olhando e talvez isso foi imperceptível para ela. Me diz, você acha que eu devo chamar essa pessoa para sair? Um jantar, sei lá... Eu...
- Acho! – Interrompi Ally em um grito. - Chama. – Me levantei correndo do chão e fui saindo sem olhar para trás. - tchau Ally. – Sai de lá o mais rápido que pude, por um lado eu estava puta de raiva da Ally, por outro, eu estava com raiva de mim mesma, eu não tinha porque sair daquela forma! Na verdade eu tinha, eu estava com ciúmes... Não que eu pensei que Ally olharia para mim de um modo diferente... Mas por um segundo... Poxa! Ela conhece meu cheiro! Eu achei que aquilo era um sinal... Merda.
Passei a tarde inteira puta de raiva, a raiva foi tanta que nem voltei para o quarto, peguei um taxi e fui conhecer mais um pouco da cidade. Só no final da tarde, percebi que estava sem o celular. Então resolvi voltar, caso minha mãe me ligasse.
Chegando no quarto de hotel, inúmeras ligações da minha mãe, no qual, eu retornei de imediato.
Meu whats estava lotado de conversas, eu nunca prestei muita atenção na quantidade exagerada de grupos que eu faço parte... Preciso fazer uma limpeza nisso. Ví uma mensagem da Ally, fiquei na dúvida se abria ou não... Mas resolvi fazer isso, afinal, amanhã eu teria que inventar uma boa desculpa para explicar o porquê da minha ira desenfreada. Então abri a mensagem:
" Oi... Bom, isso pode parecer estranho mas, hoje conversando com uma grande e adorável amiga, eu pedi um conselho, ela me encorajou a falar com você, ok, ela me encorajou de um jeito estranho, mas cá estou. Já algum tempo, eu venho sentido coisas diferentes quando te vejo... Eu posso te explicar melhor isso, se aceitar jantar comigo, hoje, no restaurante japonês aqui do hotel, no vigésimo terceiro andar, as vinte horas... Chegando lá é só dizer seu nome, que te encaminharão a uma sala privada, eu estarei lá... Torcendo para que você aceite meu convite. ''
Imagine uma pessoa idiota, com cara de idiota, olhando para o celular... Pois é, essa sou eu. Eu achei que era pegadinha no começo, depois percebi analisando o texto que ela não estava brincando, ai eu fiquei super sem jeito, afinal, então ela percebeu meu jeito de olhar para ela. Olhei no relógio era cinco e meia, levantei correndo e sai do hotel, para ver se achava uma roupa legal, já que na minha mala só tinha roupas simples.
Achei um vestido azul turquesa, achei que ficou bem legal... Comprei um sapato e voltei para o hotel, tomei um banho mega rápido, me maquiei e as vinte e dez consegui estar satisfeita com meu visual. Fui a caminho do restaurante.
Chegando lá, segui as instruções da Ally e tudo correu de maneira discreta e rápida. Bati na porta e quando entrei, lá estava ela, com um sorriso no rosto... Cabelos levemente cacheados, e uma calça jeans colada ao corpo acompanhada por uma camiseta rosa com alguns botões mais abertos, deixando um belo decote amostra, foi impossível não sorrir.
- Você está muito linda Mani! - Ally veio em minha direção, me dando um beijo no rosto, eu apenas sorri, estava nervosa. – Sente-se, fico feliz por você ter aceitado meu convite... Foi difícil te deixarem entrar? – Ally perguntou
- Não, foi super tranquilo, até porque os teus seguranças já me conhecem bem, e o Big estava junto com o pessoal.
- Eu amo o Big, é como um pai pra mim . – Ally me ofereceu um pouco de água. – Ele tem jeitão de bravo, parece uma muralha, mas no fundo é uma criança de uns seis anos que sabe fazer cara de bravo.
- Verdade, já pediu algo?
- Pedi bolinhos de polvo, você sabe como eu amo isso não é mesmo? Eu realmente gosto muito, então eles devem estar preparando... Normani você já foi ao Brasil?
- Não... Alguns alunos meus já foram, mas eu não... Dizem que é lindo.
- Maravilhoso, e os fãs! Melhor pessoas não há! Eles ficam esperando você sair do hotel, ficam cantando a noite... Eles são incríveis, e a comida de lá, coisa de outro mundo... Pra você ter uma ideia, eu fui em uma churrascaria lá, que a carne é melhor do que a do nosso Texas... É divino!
- Meu Deus eu preciso ir ao Brasil! - Disse arrancando uma risada da Ally. - Carne melhor do que a do Texas... preciso conferir isso!
- Posso ir com você nas minhas férias, tentar ir em segredo, uma semana, o que acha?
- Ótimo! Vamos pensar nisso sim. – Dei meu melhor sorriso para Ally, tadinha, ela estava nervosa, afinal aquilo era um encontro, e eu conheço Ally super bem, e sei quando ela está nervosa, como estávamos em um restaurante japonês, estávamos sentadas no chão em cima de uma almofada enorme, resolvi quebrar um pouco do gelo, e sai da minha posição, em frente da Ally e me sentei do lado dela. Ally deu um sorriso e me Deus, como eu sentia vontade de beija-la, ela segurou minha mão e a mão dela estava gélida. – Ally, não fique com vergonha, e nem com medo de cometer alguma gafe, a gente se conhece há muito tempo, e você foi tão corajosa pra me chamar para um encontro... Não fique tensa agora. – Fiz um carinho em seu rosto enquanto ela me olhava, como se tivesse memorizando cada palavra. – Sempre fomos amigas, ainda somos e amanhã ainda seremos!
Ela concordou e depois tudo ficou mais leve, tivemos um jantar descontraído, cheio de brincadeiras, claro que com uma diferença... Nos beijamos no meio da noite, Ally me roubou um beijo, na verdade começou com um selinho, e nossas bocas não se desgrudaram mais, senti sua língua pedindo passagem e quando dei por mim, as mãos de Ally estavam na minha cintura e sua língua passeava pela minha boca de um jeito calmo, intenso e excitante. Só nos desgrudamos porque meu celular tocou, mas não lembro exatamente quem era, mas se de uma coisa que eu jamais vou esquecer é de como o jeito da Ally me olhar mudou. Ela me olhava com uma vontade, e enquanto eu falava com a pessoa, ela apertou a campainha que chama o garçom, e pediu a conta.
Não demorou muito para sairmos de lá, Ally ficou em silencio o caminho inteiro, decidimos ver a vista da cidade, pelo quarto dela, que era muito mais alto e luxuoso.
Ela colocou Raleigh Ritchie, é um ator cantor, se eu não engano ele é do elenco de Game of Thrones, a música dele é muito gostosa, é um hip hop diferente, as músicas dele meio que me levam para outra dimensão, é maravilhoso. E não demorou muito para me ver dançando, Ally ficou me encarando da sacada do hotel, enquanto eu me entregava a música.
Quando começou a tocar In too deep, fechei os olhos e continuei dançando, de um jeito totalmente descontraído, descalça, curtindo cada batida. Senti os olhos de Ally em mim, mas não abri os olhos, e no meio da música, senti suas mãos na minha cintura e seu corpo atrás do meu, acompanhando meu ritmo.
Seu nariz roçando no meu ombro, resolvi provocar a pequena, e empinar meu bumbum, e deu certo, sua respiração estava descompassada, e do nada ela me virou pra encarar ela, Ally tinha uma cara safada e um sorriso de quem iria fazer travessura. E fez! Me beijou, dessa vez sem nenhum resquício de timidez ou romantismo, foi um beijo totalmente sexy, e nossos corpos colados ainda se movimentando com a música.
- Fica comigo essa noite Normani. – Esse pedido da Ally me fez ficar totalmente mole. - Diga que quer, diga que quer me sentir em você, diga que vai ser minha... Ah Mani, eu esperei anos por esse momento. – Ally segurava minha cintura, juro que nem em mil anos, nem que se alguém me contasse eu acreditaria que Ally tinha uma pegada tão gostosa. Eu estava adorando conhecer aquela Ally, ela sempre foi sensual nos palcos, mas quem a conhece de verdade sempre a viu como uma mulher gentil, alegre... Alegre até demais, algo meio infantil. Aquela Ally não chegava nem perto daquela que todos conheciam, os olhos pareciam estar em brasa, eu estava completamente envolvida pela música, pelo seu toque, seu beijo e sua força ao me apertar contra sí. Não consegui dizer nada, então, demonstrei como deu, ataquei sua boca, e comandei ela em um beijo feroz, eu estava com sede da boca dela, e foi a forma que eu consegui mostrar que eu queria tanto quanto ela. Ally entendeu o recado rapidinho e sorriu entre o beijo. – Você não vai se arrepender senhorita Kordei. – Sorrimos juntas e continuamos o beijo.
Conforme o tempo foi passando senti as mãos da Ally em minhas coxas, levantando meu vestido, ela prendeu minhas pernas em sua cintura e me levantou, andando comigo pelo quarto de maneira calma, enquanto devorava meus seios, que estavam quase saltando para fora do vestido.
Ela me jogou na cama, se deitando em cima de mim, com maior cuidado do mundo tirou minha roupa, ela ficou parada me olhando por um bom tempo, enquanto passava a mão de uma maneira doce e calma, quando suas mãos chegaram ao meu seio, foi inevitável, eu gemi e gemi gostoso, suas mãos eram magicas e sentir a pressão do corpo dela em cima do meu, sua boca beijando meu abdômen.
- Ally, eu estou em desvantagem . – Protestei e logo ela entendeu me dando um beijo calmo, depois se levantou em cima da cama, e tirou sua calça sem pudor algum, aquelas coxas me deixaram louca, eu nunca tinha beijado uma garota, muito menos transar com uma... Mas eu me sentia extremamente sortuda por ser com ela. Sua calcinha fio dental, na cor rosa... O cheiro da sua pele, Quando ela desceu devagarzinho e sentou em cima de mim, pra que eu pudesse admirar ela tirando sua camisa, eu enlouqueci, tomei os lábios dela com vontade e a trouxe para perto do meu corpo, não deixei ela tirar sua camisa, eu mesma tirei... De um jeito tão forte que botões saíram e o próprio pano rasgou um pouco. – Desculpe.
Ally soltou uma risada, e continuou a sessão de beijos em meu pescoço, eu não sei se você já esteve com uma mulher, mas se já, e você é uma mulher, vai concordar que não há coisa mais excitante do que quando o bico do seios dela encosta no seu. Nós duas gememos em perfeita harmonia, eu estava suando muito, e totalmente desesperada pela Ally, puxei seu cabelo e escutei um gemido tão bom, enquanto ela sugava meus seios, meu sexo latejava e quando finalmente senti Ally indo até ele, eu quase pirei, foi uma mistura de nervosismo, com ansiedade e com muito tesão, ela beijava meu corpo, como se cultuasse cada pedacinho meu. E me olhava como uma tigresa, Ally nua sobre mim, com os cabelos bagunçados era o meu paraíso.
Ally lambeu minha virilha e meu corpo se esticou automaticamente, eu não me lembro de ter sentido um prazer tão grande em toda a minha vida.
E quando ela sugou meu clitóris, eu perdi toda a noção de som, e quando dei por mim, estava gemendo tão alto, coloquei a mão em minha boca, e Ally parou de me chupar.
- Porque? Porque parou Ally? - Disse indignada.
- Destampe essa boca, quero você gemendo, e não estou nem ai se o hotel inteiro, o quarteirão inteiro escutar... Vamos causar inveja nas pessoas Normani, eles precisam ter consciência em que algum lugar tem alguém sendo fodida de um jeito gostoso... Continue.
Tinha como Ally ser mais sem vergonha? Eu jurava que não.
Ela voltou a me sugar, e a cada lambida, a cada vez que ela usava a ponta da sua língua para circular meu clitóris eu sentia uma explosão dentro de mim, como se um tornado estivesse sendo construído em meu ventre... E gozei, gozei como nunca, Ally ficou tomando todo meu gozo, apertando minha bunda com vontade e me dizendo o quão gostosa eu era, eu estava exausta, mas Ally não, ela se sentou na minha frente.
- Vem aqui. - Ela me chamou, fazendo um sinal para sentar no seu colo, com as pernas entrelaçando seu corpo, e assim fiz. Segurei em seu pescoço enquanto trocávamos beijos quentes, Ally arranhava minhas costas, estávamos completamente suadas, ela arrastou sua unha, da minha nuca até minhas coxas, sentia uma dor, mas uma dor gostosa. – Levanta um pouquinho o corpo. – Atendi prontamente seu pedido, percebi a mão de Ally caminhando pra baixo do meu corpo, com a intensão de deixar seus dedos bem lubrificados. – Agora senta bem gostoso em meus dedos, rebola bem gostoso, me mostre oque você é capaz de fazer! – Ally me beijou, e mordeu meu lábio, quando sentei em seus dois dedos, comecei a rebolar sobre o olhar atento daquela mulher, aquele atrito foi ficando gostoso, e fui aumentando a intensidade do movimento e quando dei por mim, estava pulando no colo de Ally, cavalgando e rebolando, sem controle nenhum, eu só queria gozar novamente com Ally, sentir sua mão apertando minha bunda, e seus dedos dentro de mim, me deixou completamente molhada. E não demorou muito pra gozar novamente, gritei seu nome em um gemido arrastado, enquanto ela dava tapas em minha bunda, eu estava totalmente fraca, ofegante. Com a pouca força que tinha me sobrado, eu me agarrei a Ally e fiquei quietinha, ela se levantou comigo em seu colo, tirou seus dedos de dentro de mim, eu não queria que ela tivesse tirado seus dedos, tentei reclamar, mas nem força eu tinha.
Ela me deitou em sua cama, de um jeito todo delicado, diferente da Ally de cinco minutos atrás, pegou um edredom que tinha caído no chão, e nos cobriu, deitou-se do meu lado, e me encaixou no seu corpo.
Ficou dando beijinhos em minha testa, enquanto fazia cafuné.
- Não faz isso, eu vou dormir. – Eu disse, totalmente fraca e feliz.
- Então durma, você está cansada ManiBear... – Ally continuou fazendo seu carinho.
- Tem certeza que posso dormir aqui? – Perguntei enquanto me ajeitava melhor minha cabeça perto do seu pescoço.
- Absoluta, jamais vou reclamar de dormir com você, ainda mais assim... Relaxe, prometo te acordar como uma linda mulher como você merece.
Foi a ultima coisa que me lembro naquela noite, apaguei nos braços da Ally e acordei com beijinhos e um cheiro gostoso de comida. Ela tinha mandado preparar café da manhã na cama pra mim, preciso dizer que me derreti? Acho que não.
Por um momento fiquei com medo de ficar um clima, estranho, afinal, parecia ser uma noite... Uma única noite.
Mas vieram outras, e não teve uma noite que não dormi com Ally, nas férias conseguimos fugir para o Brasil, realmente lá o churrasco é super gostoso.
Conheci São Paulo, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul e Bahia... Bahia se tornou um lugar super especial, conheci as belezas de Trancoso, e foi lá que Ally me pediu em namoro.
Conseguimos esconder da imprensa e da família por quase cinco meses.
Para Dinah, Lolo e Camila, contamos bem antes por vídeo conferencia, uma de cada vez. No começo elas ficaram achando que era pegadinha. Lembro de contarmos pra Dinah, ela estava no Japão, ela ficou olhando para nós duas com uma cara de ... "Isso é sério?"
Ela duvidou, então dei um jeito de provar que era verdade, beijei Ally, e enquanto nos beijávamos só escutávamos Dinah gritando do outro lado:
"PORRRA, CARALHOOOO, ISSO AIII MANI!!! GENTE, É VERDADE! PORRAA, EU SHIPPO DEMAIS NORMALLY...gente... tá bom, pode parar... Ally, para... GENTE PARA CARALHO! TÁ ME DANDO TESÃO! '' - Ally e eu paramos na hora, morremos de rir com Dinah.
Quando o mundo ficou sabendo do namoro da cantora Ally Brooke com a coreografa e bailarina Normani Kordei, as coisas viraram de cabeça pra baixo, os fãs da Ally começaram a me odiar, poucos faziam comentários desejando felicidades, a maioria dizia que não podíamos ficar juntas, porque eu era negra. Tive uma conversa séria com Ally, e esclarecemos tudo e nos prometemos passar por isso juntas.
O família da Ally se tornou a minha família, me receberam super bem.
Meus pais são separados, meu pai sempre me apoiou, até fez questão de oferecer um almoço pra Ally na casa dele.
Já minha mãe, digamos que ela me acha uma aberração, um monstro.
Eu não moro com ela, eu não moro no Texas, mas eu fui expulsa de casa, e como ela mesma disse, era para esquecer que eu tenho ela como mãe.
Às vezes eu a odeio, mas na maioria das vezes sinto falta dela, mas também é nessas horas que a gente percebe que ainda existe pessoas do bem, de coração bom. Recebi uma ligação da Sinu e de Clara, Sinu é mãe da Mila e Clara mãe da Lolo, as duas ficaram conversando comigo por mais de uma hora no telefone, chorei horrores quando elas me disseram que eu poderia até ter perdido uma mãe, mas que eu tinha ganhado duas.
Elas são incríveis, e sei que elas me amam, da mesma forma que amam as filhas dela. Não é porque Lauren é gay assumida, que Clara estava me dizendo aquelas coisas. Não é porque Camila também é gay assumida, eu ví o quanto o processo de aceitação da Camila demorou, Sinu sempre teve suas barreiras, mas ela estava dizendo de coração puro e aberto. Patrícia, mãe de Ally também me tratava como uma filha... Até me chamava de Mani, e sempre que algum desinformado, perguntava o que eu era dela, ela era categórica:
" Minha nora, namora minha filha Ally, mas apesar do rotulo, considero Mani como filha."
E cá estou, do lado da minha namorada... Enquanto ela dorme, Ally me completa, me transborda. É minha melhor amiga, é com ela que eu vejo séries, filmes... É com ela que eu divido meus problemas, meus medos... É pra ela que eu compro uma lingerie nova.. É com ela que eu realizo todas minhas fantasias sexuais, somos parceiras no trabalho, na vida... No amor.
Como Ally sempre diz:" Quem diria que aquele pedido, pra você ficar comigo uma noite... Seria mais que atendido. ''
Aquela noite virou várias, e sendo bem sincera... Não me imagino vivendo uma noite sem ser com Ally do meu lado.
VOCÊ ESTÁ LENDO
Consequências
FanfictionO primeiro amor, deveria ter esse nome justamente por ser o primeiro... Mas, e quando você não consegue se desligar do passado? Um passado onde seu primeiro amor machuca, lhe engana e te abandona. Quando a conheci, um turbilhão de sensações, de von...