Capítulo 11: Evie

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Evie passava por volta da mansão Owers, procurando a entrada mais discreta, quando ouviu o mordomo falando com um dos Rooks.

O mordomo saiu, Evie se apressou a segui-lo, deixando o trio se organizar da maneira que quisesse para permanecer de olho em Angel. "Meu coelhinho assustado" ela ouviu Dylan zombar "Dá para acreditar nisso?". O assunto do trio ficou mais baixo até ficar inaudível. O homem de cabelos brancos da idade, entrou pela porta lateral, virou à direita para uma pequena sala com uma prateleira de livros ao lado de materiais de limpeza. "Eles não têm medo de derramar água nos livros?" ela se perguntou. O mordomo olhou para trás ao passo que a assassina se escondeu atrás da porta, com uma fresta no lugar certo para observar seu alvo. As mãos que vestiam luvas brancas, pegaram um livro, a prateleira se moveu, dando uma abertura para uma passagem secreta.

"Nota mental: na próxima vez que eu visitar uma mansão de qualquer um, a primeira coisa que vou procurar antes do banheiro é uma passagem secreta" pensou ela "Segunda nota mental: gente rica não é confiável pois pode conter mais segredos que o próprio dinheiro".

Ela esperou o mordomo sumir de vista para, então, repetir o processo de puxar o livro e subir as escadas. O segundo andar era o que ela precisava, poderia estar repleto de Rooks mas ali estava o Senhor Owers. Não demorou para Evie imobilizá-lo.

- Você escolhe: me ajuda ou perca a sua vida – sussurrou em seu ouvido. A resposta foi ele ter relaxado os músculos e parado de se debater. Foi o suficiente para Evie.

Com o senhor Owers como refém discretamente, Evie conseguiu passar para o terceiro andar, onde tinha o quarto de Dama O.

- Querida, surpresa pra você – falou o senhor Owers.

- Surpresas? A essa hora? – perguntou Dama O. Evie rapidamente matou o senhor e depois a senhora Owers.

- Dois coelhos com um tiro só – falou ela, se aproximando da Dama O em seus últimos segundos vitais, ela tinha uma foto na mão, com quatro senhores, três deles tinham seus rostos riscados – Quem são eles?

- Logo... – ela fazia pausas tentando respirar para continuar a falar – o quarto homem... irá morrer... Mas fico feliz de... ter morrido... em suas mãos... não queria ter morrido nas mãos do... estripador...

O sangue de Dama O parou de jorrar, agora estava saindo mais tranquilamente de seu corpo. Ela havia terminado sua vida. Saiu do quarto discretamente e, por um segundo e meio, conseguiu ver Angel e Jack em uma competição de apoiar um canapé no nariz. Evie estava feliz que estavam se dando bem, mesmo depois de tanto tempo, a mãe adotiva de Angel sabia que Jack não havia esquecido de sua melhor amiga de infância. A dama, por outro lado, não reconheceu seu colega de quarto. Era como se a senhorita estivesse conhecendo novamente o mesmo rapaz.

Evie lembrava-se, perfeitamente, do dia que tinha falado com Jack pela primeira vez.

Na época que Jacob havia libertado o hospício, os gêmeos haviam levado as crianças, os adultos e idosos que não tinham família para a sede dos Assassinos em Paris. Eles haviam dividido as salas por idade. As crianças, como eram muitas e são, muitas vezes, difíceis de cuidar, ficaram no salão principal, alguns assassinos retiraram alguns mapas e documentos valiosos, outros ajeitavam a posição dos sofás, cadeiras, mesas e tapetes para que coubesse os colchões, cobertores e travesseiros que a maior parte assassinos traziam de suas próprias casas. Jacob cuidava para que a lareira aquecesse o salão, mas não queimasse as crianças. Lydia e Evie e mais outros assassinos faziam as comidas.

E, com o cair da noite, cada um foi se ajeitando na sua sala e dormindo, onde sobrava um colchão ou travesseiro era passado para a próxima sala.

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