Prólogo

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Anos atrás, Angel se lembra de ter dormido em seu colchão junto com seu colega de quarto, porque ele tinha rasgado inteiramente o dele. Ela não tinha problema com isso, iriam ser casados um dia, quando saíssem dali, juntos.

Um homem com capuz havia pulado para dentro da janela de seu dormitório. Ele revelou seu rosto e pôs um chapéu. Ele não disse muitas coisas, apenas algumas instruções, que Angel obedeceu. 

- O que você quer? Você acha que é simples sair!? Acha que já não tentamos!? – questionou Jack, seu colega de quarto.

O homem só pegou um metal e destrancou a porta com facilidade, mostrou que fora do quarto muitas das crianças e adultos estavam sendo ajudados a sair por mais homens de capuz ou vestes verde. Parecia um colírio para os olhos de Angel. Finalmente, acabou todo o sofrimento deles.

– Vamos? - o homem perguntou - me chamo Jacob.

Jacob pegou Angel no colo e Jack veio logo atrás.

Os três cruzaram a porta de entrada e ali estava uma mulher de capuz preto. Ela tirou o capuz, revelando um rosto de uma mulher linda que parecia não passar dos vinte e dois anos.

- Jacob, você tem três segundos para se explicar – falou a moça, com uma voz rouca linda.

- Eu sei, a culpa foi minha. Mas precisamos ajudar eles. Essa é minha gêmea, Evie. Evie, essa é...?

- Angel – respondeu ela.

- Só não perca o trem para a França – falou Evie ao Jacob.

- Mas nós podemos levar eles junto? – perguntou Jacob. Evie hesitou no primeiro momento, mas ao olhar para o rosto de Angel, não demorou para ceder.

Não se passou muito tempo depois daquele dia e os adultos com capuz haviam levado as crianças as vítimas daquele hospício para a sede dos Assassinos da França, Angel lembra de fingir dormir enquanto Jacob e Evie pensavam numa forma de adotá-la para que crescesse como uma criança normal, o resultado foi que os irmãos Frye vão fazer os papéis de mãe e pai sem quebrar os seus laços fraternos. Os gêmeos Frye voltaram para Londres (já que o único assassino que ficara lá fora Henri, e Starrick ainda não havia sido derrotado) e deixado Jack e Angel sob os cuidados dos assassinos franceses.

Mas não chegaram a completar três semanas e já estavam de volta junto com o Henri. Duas semanas depois, Jacob e Angel voltaram para Londres, enquanto Evie e Jack (mesmo não sendo adotado, ele iria se tornar um assassino) foram para a Índia com Henri.

Depois disso, Angel só ouvia notícias sobre Jack por outros assassinos.

Anos depois, estava ali, Angel fora muito bem cuidada e criada por seu pai em Londres, em um pequeno apartamento. Quase nem se lembrava das chibatadas que levara no hospício, quase nem se lembrava dos gritos de dor de seus amigos, quase nem se lembrava o que era horror nos olhares das pessoas.

Mesmo sabendo que seu pai era um assassino, ele fazia em prol da justiça, para proteger os outros, para libertar almas e proteger os inocentes. A própria Angel admirava essa irmandade, mas sabia que sua vocação não era voltada para a luta, fora criada quase como uma "dama de berço".

Nunca sequer tinha aprendido a lutar, seu pai a preservou de muitas cenas de violência, e também da arte da luta, ele não queria sua protegida se lembrasse do hospício de jeito algum. E além do mais, não precisava, Londres era um dos lugares mais seguros. E a capital inglesa, mesmo depois de doze anos, continua sendo um lugar muito seguro.

Até começarem alguns ataques misteriosos a pessoas nas ruas durante a noite. Investigações começaram e procuravam por um suspeito, mas era quase impossível achar um possível criminoso. Alguém que fosse tão cruel a ponto de matar as vítimas e tirar seus órgãos, depois escrever cartas ameaçando a todos, assinando como "Do inferno".

Por Jack ser um nome comum o estripador misterioso ficou conhecido como "Jack, o estripador"

Assassin's LoveOnde histórias criam vida. Descubra agora