Capítulo 10: Angel

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A luz do pôr-do-sol foi um ótimo acompanhante para Angel e Jack durante a viagem.

A carruagem foi parando lentamente. Depois de muito tempo sentada conversando com Jack, Angel estava pronta para esticar as pernas. Seu par desceu primeiro e ofereceu a mão para ajudá-la a descer. Ela não imaginava que estaria tão frio, mas estava nevando.

- O que aconteceu, meu coelhinho assustado? – perguntou Jack, ao ver a pele empalidecida e os olhos arregalados. Jack pegou as mãos de Angel e sorriu carinhosamente – Com frio? Como eu não havia pensado nisso? – falou quase como se para si mesmo. Jack tirou seu casaco e fez o que qualquer cavalheiro clichê faria: cobriu os ombros da "donzela em perigo".

- Muito obrigada, meu "príncipe encantado" – Angel se encolheu no braço de Jack.

- Convites – pediu o homem que guardava a entrada junto com mais dois um pouco mais atrás. Angel não olhou para o rosto do homem, mas pelas vestimentas Angel deduziu que o homem era um Rook, um dos muitos que foram seduzidos ao lado do estripador.

Angel não queria comentar que estava com medo de entrar na casa de Dama O, pois ela trabalhava para o estripador, Jacob havia contado isso. Se Evie e Lydia a deixaram ir significava que elas e o trio fará uma missão próxima desse lugar, então Angel poderia ficar segura pela maré de convidados enquanto todos os assassinos procuram pistas. Ela aceitou porque sabia que seria um fardo a menos. Evie confiou em Jack rápido demais para ele ser um simples estranho. Tinha uma parte da história que não estava sendo contada a Angel, ela teria que descobrir sozinha.

Jack puxou dois convites de um bolso no casaco que Angel estava vestindo.

- Tenham uma boa noite – disse o homem deixando-os passar.

Eles entraram e Angel prendeu a respiração. Era um salão enorme. Tinha homens e mulheres. Angel reconheceu alguns grupos: políticos, nobres, Rooks e criados.

Angel se sentia perdida, tonta em meio a tantas pessoas. Depois do que aconteceu com Jacob, ela começara a desconfiar de todo mundo, qualquer estranho que começasse a falar com ela. Começara a sentir medo do mundo como nunca tinha sentido, por isso precisava tentar a bagunça que estava sua cabeça sozinha.

- Hey, Angel – chamou Jack – tudo bem?

- Sim... – a voz de Angel falhou.

- Quer sentar? Beber alguma coisa? Comer algo?

- Eu... não sei... – "Angel, ele está tentando te ajudar, fala algo agradável" pensou ela – Adoraria.

Jack logo arrumou uma mesa vazia, em uma área mais distante do meio do salão, e um criado para trazer alguma comida e bebida. Os petiscos da festa inundaram a mesa, em sua maioria traziam frutos do mar.

- Que tal nós provarmos um de cada e depois discutir qual é o melhor? – sugeriu Angel, não gostaria que Jack a ficasse olhando comer, para sua sorte ele aceitou.

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