Capítulo 18: Angel

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- Vamos, Angel, preciso tirá-la daqui o mais rápido possível – disse Dylan pegando as coisas, Jack estava pagando o garçom com uma gorjeta considerável.

Jack estendeu a mão para Angel, ela sentia que não deveria estar fazendo isso, mesmo que seja ordem de sua mãe. Sentia que deveria, urgentemente, desobedecer Evie uma única vez pelo seu sexto sentido. Como se seu estômago se embrulhasse.

Hesitante, Angel aceita a mão de Jack, que age com extrema paciência ao esperar a dama levantar e ao andar ao seu passo lento com salto nessa hora tão alarmante. Eles saem tranquilamente do restaurante e entram na carruagem.

Angel respirava fundo, nunca sentira tanta vontade de sair daquela carruagem tão cedo. Ficara completamente preocupada com o que sua mãe havia falado. Talvez seguir o plano de Evie não fosse uma ideia tão boa. O lado materno de seu coração dizia que estava tudo bem, ela nunca botaria sua filha em um plano mal planejado. Mas também havia algo errado: Evie nunca a botaria no meio de uma missão.

- Com o que está tão aflita? – perguntou Jack.

- N-n-não estou – respondeu. Ela seguiu o olhar de Jack, não percebera que estava segurando a maçaneta com muita força – desculpe, acho que estou cansada.

- Entendo – Jack a abraçou, procurando a confortá-la. Angel buscou os olhos de Dylan, o verde brilhava no escuro e havia uma certa conversa que nunca conseguiria descrever. No momento em que os olhares se encontraram parecia que havia comunicado "Existe algo que você precisa saber" antes de desviar o olhar. Angel prendeu a respiração por alguns segundos, Dylan queria contar algo e não poderia, ou tinha que contar algo e não queria. Não importava a situação: ele sempre contou. Seja pelos olhares, ou por uma conversa normal. Talvez não tenha contado porque Jack estava junto e isso dificultava algo no processo.

Fora surpreendida pela volta dos olhos verdes, agora estavam mais mansos e quase sorrindo calmante. Não importa o que teria que contar: saberia que estaria segura com ele. Se acalmou um pouco, mas também se sentiu ainda mais culpada não poderia deixá-lo aqui quando fosse para a Índia com Evie. Talvez isso a salvasse de alguma maneira. Ou talvez, não.

Nunca houvera um único plano que sua mãe planejara que desse errado. Todos foram concluídos com exuberante sucesso, sem arriscar a vida de pessoas inocentes, sua única opção era confiar em Evie que tudo daria certo.

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