BÔNUS II

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Foi um ano muito estressante, além da faculdade eu tive que cuidar do casamento e a briga do Jeon com a minha mãe e a Sra.Yang.

Jeon queria se casar em Paris, já a minha mãe queria que fosse na Coréia, a Sra.Yang só brigou com os dois por estarem tendo uma discussão idiota, mas no final resolvemos ir pra Seul.

Era tudo tão difícil, ainda mais a distância. Mas confiamos a tarefa para meu irmão e a Lilly, que sempre corriam atrás das coisas para nós.

Pagamos boa parte das coisas, mas Min-Joon, Jay e a minha mãe nos ajudaram muito, não queríamos algo tão extravagante mas até mesmo o simples era caro.

-Eu ainda acho que deveríamos fugir.-Jeon diz acariciando meus cabelos.

-Já disse que esse é o plano C. -Falo de olhos fechados.

-Jimin, você não dorme há semanas! Vive com dor de cabeça e até esquece de comer algumas vezes, vale a pena passar por tudo isso por uma festa?

O encaro e suspiro, me sentando em cima do mesmo e deixando selares em seu rosto e pescoço.

-Eu sonho com isso desde os meus quinze anos, Jungkook. Vale a pena cada detalhe se eu puder realizá-lo com você, por favor... -Peço segurando suas mãos.

Ele suspira, revirando os olhos, sorrindo.

-Tá! Mas só porque está em cima da hora. -Ele diz e eu o abraço.

-Eu te amo.- Falo lhe dando um selinho.

-Eu também te amo. -Ele diz e se senta, me ajeitando em seu colo, me beijando.

Meu celular toca e eu me afasto do mesmo, me esticando para pegar, Jungkook continua beijando meu pescoço enquanto eu atendia a ligação.

-Oi, Hector! Aham... Claro, claro. Óbvio que não vai incomodar! Hector, Hector, Hector! Relaxa, quando formos pro aeroporto a gente passa ai, ok? Tá bom, beijos.- Desligo.

-Beijos?- Jeon me encara sorrindo ladino.

-Hm... Quero.- Falo rindo voltando a beijá-lo.

Depois de duas horas pegamos nossas coisas e chamamos um táxi, passamo na casa de Hector e pegamos o mesmo.

-Gente eu realmente tô muito animado pra isso! -Ele diz com um sorriso de orelha a orelha.

-Você sempre tá animado pra tudo, Hector. -Falo rindo, o abraçando de lado.

-Alguém fala inglês lá? Porque coreano é complicado, sabe? Ah não ser que você queira traduzir o meu francês maravilhoso.-Ele diz e eu solto uma gargalhada.

-Tem alguns que falam inglês sim, relaxa.

Outros de nossos amigos iriam de Paris para Seul, porém em um voo mais próximo da data do casamento, eram poucos mas muito especiais, alguns também sobrenaturais, como: lobo, bruxo, kitsune, um antigo djinn, os mais estranhos que encontramos foram o cupido e a filha de Freya, ambos irmãos, cconhecido por sua inteligência e dom para travessura.

Mas Hector não era nenhum deles, na verdade ele só era um humano normal. Um Drag-Queen bem humorado com uma energia contagiante e um dançarino que me dava inveja. Alto, negro, com orgulho de sua história, ele sempre me contou o quanto batalhou para chegar até aqui e como continuaria a sua luta.

O peguei como exemplo muitas e muitas vezes, aqui ele se tornou meu melhor amigo. Um ajudava o outro, um animava o outro e um brigava com o outro quando bem no final da coreografia errava ou atrasava. Mas sempre dávamos boas risadas.

Estava animado para levar meus novos amigos até o antigos, eles iriam se dar muito bem. Assim que chegamos não demorou muito para entrarmos no avião e logo o mesmo decolou. Onze ou doze horas depois chegamos na Coréia, eu estava exausto, com dores nas costas, pernas e um sono que só Deus sabe.

Entre Dois MundosOnde histórias criam vida. Descubra agora