Shards of Love - NaruHina

Capítulo 1

Atrasado. Tô atrasado de novo, meu Deus, todo dia isso.

Entro na sala correndo e quase caio no chão, olho pras mesas, vejo Sasuke se segurando pra não rir, Sakura e Hinata estão sentadas juntas, Sakura abaixou a cabeça para poder rir sem ninguém notar e Hinata só tem um sorrisinho esquisito no rosto.

– Naruto! Da próxima vez que for chegar atrasado, faça isso em silêncio. – a professora fala com irritação na voz.

Assinto e me sento com Sasuke. Ele me olha com um sorrisinho cínico e reviro os olhos.

– Tá bom, tá bom. Já pode me zoar a vontade agora.

Ele afunda a cabeça no caderno rindo, deixo escapar uma risada também, mas não entendo onde ele vê tanta graça.

– Naru... – ele diz respirando fundo pra parar de rir. – Primeiro que você tá com touca de dormir. E segundo que você não chegou só atrasado, você chegou na quarta aula

Arregalo os olhos assustado. Quarta aula??? Eu perdi tudo praticamente, não precisava nem ter vindo.

– QUARTA AULA?? – falo um pouco alto demais e vejo o olhar de ódio da professora me fuzilando

– Naruto Uzumaki. Já que o senhorzinho não está satisfeito em apenas chegar tarde, você vai ficar aqui até terminar de copiar tudo que foi passado. Sem discussão.

Tampo o rosto com as mãos não acreditando que vou ter que ficar até depois do horário, e ainda por cima, tenho que copiar coisas. Eu não copio nem quando chego no horário, imagina chegando tarde assim

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Depois de mais duas aulas o sinal bate e observo todos saindo da sala. O que eu vou fazer? Esqueci de pedir as anotações de alguém. Deito a cabeça na mesa até que sinto uma mão no meu ombro. Levanto a cabeça e vejo Hinata que está secando o suor das mãos na calça.

– Hinata? Não foi embora ainda?

– Hm... N-não... E-eu queria te emprestar as anotações... Se você quiser... Claro – ela fala cada palavra gaguejando

Ela é... Gentil, de um jeito estranho, mas é.

– Uh, valeu Hinata – pego o caderno da mão dela e vejo ela corar. Esquisita.

Coloco o caderno em cima da mesa e quando me viro pra agradecer de novo só vejo ela saindo correndo da sala. Fico pensando no motivo pra tanta timidez. Mas bom, pelo menos ela não desmaiou dessa vez. Passo algum tempo lembrando das situações que foram iguais a essa e quando solto uma risadinha lembro do que tenho que fazer.

– Foco, Naruto, é pra hoje – falo pra mim mesmo e me sento começando a copiar tudo o mais rápido possível.

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– TERMINEI!! – grito levantando rápido da cadeira e vejo a professora me olhar com um sorrisinho torto.

Ela finalmente me libera e saio correndo da sala. Seria bom se a Hinata estivesse aqui pra eu poder devolver o caderno, mas já se passaram umas quatro horas. Nem um doido esperaria todo esse tempo.

Saio de dentro da escola e vou andando em direção minha casa. Escuto alguém me chamando de longe e me viro confuso

– Hinata? – por que ela ainda não foi embora?

– O-oi, eu tinha ido pra casa, mas voltei pra ver se você precisava de ajuda... – ela tá fazendo aquilo com os dedos, meu Deus, que isso?

– Ah, valeu... – dou um abraço nela como forma de agradecimento. Não é todo dia que alguém se importa comigo, preciso agradecer do jeito certo.

Sinto um peso grande no abraço e quando vou me afastar vejo que ela está vermelha e... DESMAIADA??? Fico desesperado não sabendo como acordar ela.

– Aí meu Deus, acorda Hinata, acorda – fico sacudindo ela por um tempo e vejo que nada adianta.

A pego no colo e vou indo pra casa. Acho que essa é a melhor opção. Não posso deixar uma garota desmaiada no meio da rua.

Entro em casa e coloco deitada em minha cama. Vou até a cozinha e pego algo para ela comer e beber depois. Me sento do seu lado e fico esperando ela acordar.

Passam alguns minutos e sinto a mão dela em cima da minha.

– O-o que? – ela leva a mão até a cabeça e quando me vê da um pulo juntamente a um gritinho. Ela me olha assustada e fica corada de novo.

– Tá tudo bem? Você tinha desmaiado e eu achei melhor te trazer pra cá – falo e estendo um copo com suco pra ela

– O-obrigada... – ela pega o suco e começa a beber devagar.

– Posso te fazer uma pergunta? – ela balança a cabeça concordando. – Por que sempre desmaia perto de mim?

A vejo arregalar os olhos e sem entender o motivo pego em sua mão pra tentar reconfortar ela, eu acho. Quando a toco ela me olha ainda mais assustada e levanta rápido deixando o copo cair no chão se partindo em pedacinhos

– Me desculpa, meu Deus – ela se abaixa nervosa e começa a recolher os pedaços.

– Relaxa, é só um copo – a vejo tremendo e quando me aproximo a mesma corta o dedo e solta um gemido de dor. – Se machucou?

– N-não... – diz ela com uma expressão dolorosa e com sangue em seu dedo.

A tiro do chão e a levo até o banheiro. Ligo a torneira e mergulho sua mão lá, escuto um resmungo pela ardência e sorrio pra ela que quando me olha cora de imediato. Ok, eu nunca vou entender isso. Quando termino ela já está mais calma, ela se senta na cama de novo e vou limpo os pedaços do copo do chão.

– Tudo bem mesmo? – pergunto vendo ela quietinha sentada.

– S-sim, e obrigada por isso – sorrio pra ela. Parece tão frágil, nem parece que me deu um soco na cara ano passado, tudo bem que foi acidente, mas doeu muito

– Quer que eu te leve pra casa? – pergunto me aproximando dela de novo. Ela levanta rápido de novo como se eu pudesse fazer algum mal e corre até a porta.

– N-não, está tudo bem, tenho que ir – nem tenho tempo de contestar, ela sai correndo pela casa e quando vou atrás só a vejo fechando a porta com pressa.

Tá... Eu não entendi o que aconteceu aqui, mas acho que ela tá bem? Não sei, já disse que acho ela esquisitinha? De um jeito bom, eu acho.