Cap 15 - Eu Te Perdoo

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Pov Rafaella 

Manu me contou tudo durante o café, ainda estava processando. Será que eu estava tão errada assim? 

Minha irmã havia saído para uma gravação e fiquei sozinha em casa com meus pensamentos e uma ressaca horrível. 

- Nunca mais eu bebo. - penso alto enquanto tomo um remédio para a dor de cabeça que estava acabando comigo


Pego uma xícara de café e vou até a varanda da frente. Me sento nas escadas da entrada e fico observando duas crianças por volta dos 9 anos que brincavam de amarelinha do outro lado da rua. Sou puxada de meus pensamentos quando vejo uma figura familiar passando por mim com algumas sacolas em mãos. 

- Ei. - a chamo

- Olá… - ela fica um tempo me olhando confusa

- Você é a Samadhi, não é? 

- Sou. Por quê…? - ela olha para a casa de Gi, depois para a minha e volta a olhar pra mim, dessa vez com a cara fechada - Aaah… Rafaella, né? 

- Sim. Posso te fazer uma pergunta? 

- Mira, chica… - ela inicia com um sotaque bem peculiar - eu não quero confusão, ok? 

- Eu também não. Só quero saber se realmente não houve nada entre vocês. 

Ela respira fundo franzindo o cenho antes de se virar para mim. 

- Não. E eu vou ser bem sincera com você, não foi por falta de atração, porque a Gi é muito gata e você sabe disso, mas quando nos conhecemos ela namorava. Gizelly é do tipo que se fecha para todo o mundo quando está apaixonada, se Angelina Jolie entrar no elevador com ela, ela nem percebe. - ela ri - Então criamos uma amizade muito bonita nesse tempo. Somos amigas e só. Se você estava tão preocupada com isso, devia ter conversado com ela antes de criar paranoias em sua cabeça… 

- É… 

- Se for só isso, eu preciso ir. Sorvete derrete… - ela diz levantando uma das sacolas

- É só isso sim, obrigada. Desculpa qualquer coisa. - fui honesta

[...]

Pov Gizelly 

- Tá cedo ainda, Gi… - Letícia disse ao me ver pegando uma garrafa de cerveja da geladeira 

- Já é noite em algum lugar do mundo. E o que você ainda tá fazendo aqui? Teu trabalho é do outro lado da cidade. 

- Tô de folga e vou ficar. Você que lute. 

A porta principal se abre nos fazendo virar em direção a ela. 

- Aê! Chegou o sorvete. - animada, a loira retira a cerveja de minha mão a devolvendo pra geladeira. - Cerveja e doce não combinam. 

- Não aguento mais você. - disse bufando

- Napolitano especial, como as madames pediram. - Samadhi diz colocando o pote sobre o balcão - Trouxe também cobertura e aquelas coisinhas doces de colocar em cima que eu não sei o nome. 

Enquanto pego os potes no armário, noto as duas sussurrando. 

- Quem cochicha o rabo espicha. - disse sem me virar 

- Quem namora o rabo estoura. - Letícia terminou minha frase e um silêncio dominou o ambiente - Tá. Cedo demais. 

- Fodas. - larguei os potes na bancada e peguei minha cerveja de volta 

- Pega uma pra mim também. - disse Sama 

- Você também, Samadhi? - a loira questionou

- Carai, no México a gente acorda bebendo tequila. Não existe isso de hora pra beber não… - a morena solta nos fazendo rir

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