Cap 17 - Eu Te Odeio

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Na manhã seguinte tomamos café de forma apressada devido ao fato de estarmos atrasadas. Samadhi saiu antes e fui com Bia até a empresa, o estúdio ficava ao lado da mesma. 

Bianca me explicou em meu escritório quais modelos estariam designadas à mim. 

- E quem vai ficar com a Rafa? - questionei ao não ouvir o nome da mesma

- Jessica, a ruiva. 

- Tem certeza que prefere ela? A Jessica acabou de começar. 

- Vai dar tudo certo, Gi. 

No final da tarde eu já havia terminado o trabalho, mas precisei ficar mais um tempo para ter certeza de que o ensaio de Rafa ficaria bom o suficiente, e ela ainda estava com Jéssica. 

Em cerca de uma hora, a ruiva adentra meu escritório com o resultado do ensaio. Independente do fotógrafo, tudo precisava passar por mim para aprovação. Ao conectar o cartão no computador comecei a me estressar logo nas primeiras fotos. 

- Chama a Bianca. - disse sem me alterar

Assim que Jéssica voltou com Bia, pedi para que a ruiva se retirasse. 

- Pelo amor de Deus, Bia. Olha isso! - soltei virando a tela para ela enquanto se sentava diante de minha mesa

- Estão boas, não? 

- Boas para um catálogo qualquer, Bianca! Eu sabia que não ia dar certo… Rafaella é a cara dessa linha, Bia. "Boas" não servem. 

- Então refaça as fotos… 

- É o que eu vou ter que fazer, né. - bufei - Vê pra mim se a Rafa ainda não foi embora. 

- Quando entrei ela tava indo pro camarim. 

Não pensei duas vezes e me levantei indo em direção à mesma. 

Ao chegar no camarim, a mesma estava já terminando de se vestir. 

- Não, não, não… Bota tudo de novo. 

- Como assim? - ela me olhava através do espelho

- Vamos ter que refazer as fotos. Te espero lá fora. - disse por fim me retirando

Ainda não tínhamos terminado quando Bianca passou pelo estúdio avisando que todos já haviam ido, que ela também precisava ir e que era pra eu fechar o estúdio quando terminasse. 

Ao final, fui ao escritório passar as fotos pro servidor. Rafa foi atrás de mim pra ter certeza de que estava tudo certo e eu não precisaria mais dela. 

- E aí? Ficaram boas agora? - perguntou me fazendo olhá-la 

Rafa ainda estava de lingerie, apenas com um sobretudo branco aberto por cima. 

- Hm, sim… Você tá ótima. - engoli seco antes de respondê-la 

Rafaella deu a volta na mesa ficando mais perto de mim. 

- Tô? - disse afastando o sobretudo colocando as mãos em sua cintura com um sorriso no rosto 

- Uhum… - passeei o olhar por seu corpo sentindo o meu se esquentar

Ela se inclina girando a cadeira, me deixando de frente para si e começa a distribuir beijos pelo meu pescoço. 

- Rafa… - arfo sentindo a mulher mordendo minha orelha - O… O que você tá fazendo? 

- Tá gaguejando, Gizelly? - ela pergunta em meu ouvido 

Pov Rafaella 

Eu realmente não sabia o que estava fazendo, mas como dizem por aí: quem quer, vai atrás. 

Subi minha boca até seus lábios depositando um beijo ali.

Gizelly me afastou com a respiração acelerada olhando em meus olhos. 

- Eu dormi com a Samadhi. - soltou de uma vez me fazendo sentir um embrulho no estômago com aquelas palavras. 

- Quê? - ela só me olhava

No primeiro momento me choquei, depois fiquei triste… Mas agora o que eu sentia era raiva. 

Me vi saindo de seu pequeno escritório batendo a porta por trás de mim, seguindo em direção ao camarim para pegar minhas coisas. Ouço passos por trás de mim e então Gi puxa meu braço. 

- Rafa, espera! 

- Mas que porra, Gizelly! - me virei a empurrando pelos ombros

- Me desculpa, eu só não queria mentir pra você… 

Ao me ver virando as costas para ela, se interpõe entre mim e a porta do camarim. 

- Fala alguma coisa! Grita, me bate, sei lá, mas não me dá as costas! 

Uma onda de fúria passou por todo o meu corpo. A joguei contra a parede colocando minha mão em seu pescoço. Minha vontade era de esganar ela, mas só fiquei a olhando naquela posição. 

- O que você quer de mim, Gizelly? - eu disse a soltando 

A mais baixa então me puxa pelo colarinho selando nossas bocas novamente. 

- Eu te odeio tanto… - falei entre o beijo

- Me mostra o quanto. 

Pov Gizelly 

Rafaella se afastou de mim tirando o sobretudo e jogando-o no chão. 

Seus olhos estavam escuros e marejados, mas pude notar que não eram lágrimas de tristeza, era puro ódio. Meu coração acelerou, confesso estar com um pouco de medo do que ela iria fazer comigo em seguida, mas aquilo me despertou um tesão imensurável. Então me entreguei. 

Ao me aproximar da maior, ela me puxou pela camisa dando início a um beijo sedento. Mordendo meu lábio inferior com força, abriu minha camisa de uma vez estourando os botões. A ajudei retirar a peça lançando-a longe. 

Me segurando pela nuca, Rafaella foi me puxando em meio àquele beijo um tanto violento até a cama de cenário do estúdio. Com minhas mãos, uma em cada alça de sua calcinha de renda fina, puxei com força para os lados rasgando e removendo a peça. 

A mulher se sentou na beirada da cama e quando fui me inclinando fazendo-a se deitar, entrelaçou seus dedos em meu cabelo empurrando minha cabeça até sua intimidade. 

A chupei forte e com tanta vontade que em pouco tempo, todo o seu corpo estava trêmulo enquanto gemia alto. 

Rafaella me puxou de volta pro beijo sentindo seu gosto em minha boca. Me empurrou para o lado, me deitando na cama e subindo em mim. Desabotoou minha calça e retirou a peça junto de minha calcinha em fração de segundos. 

Chupava e mordia meu pescoço com força enquanto levava sua mão até minha vagina melando seus dedos em meu líquido, subiu até minha boca me fazendo chupar seu anelar e dedo médio. 

Voltou seus dedos até minha intimidade deslizando-os por minha entrada estocando fundo e com força. 

Nunca ninguém havia me fodido daquela forma e confesso que foi delicioso. 

Eu estava esgotada, pingando suor jogada sobre a cama quando Rafaella se levantou e foi até o camarim se vestir. Com dificuldade, fiz o mesmo juntando minhas roupas e pegando meu celular no bolso da calça antes de vesti-la. Já eram quase 23:30 da noite. 

Vejo Rafa pedindo um carro por aplicativo e insisto em levá-la. Não tinha sentido ela voltar de uber essa hora, sendo que estávamos indo para o mesmo lugar. Ela acabou aceitando, mas não de bom grado. 

O caminho de volta pra casa foi silencioso, Rafaella sequer me olhava. Não desviava os olhos do celular. 

- Chegamos. - disse parando o carro de frente a minha casa. 

Ela apenas sai sem dizer uma palavra. 

Ao entrar em casa, dou de cara com Bia e Sama no sofá da sala. 

- O que aconteceu com a tua blusa? - Bianca questiona me olhando assustada

- Não quero falar sobre isso. - me limitei a dizer subindo as escadas

Tudo o que eu precisava agora era um banho e minha cama. 

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