Capítulo 3

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Any

- Você é louca?! Acabou de declara guerra contra eles! - Sabina gritava furiosa depois que eu desliguei o telefone.

- Eles pediram por isso.

- Elly a escola inteira vai odiar você! Será que você entende?!

- E dai? Já sou quase invisível mesmo...

- Só espero que eles não me incluam nisso...

- Boa amiga, você é.

- Amiga? Você podia ao menos ter me escutado.

Revirei os olhos e caminhei até meu quarto ignorando outras explosões que deviam estar a caminho.

No centro da minha cama, minha irmã dormia tranquilamente, totalmente alheia à confusão que eu tinha criado. Depois de observá-la por um minuto me deitei ao lado do seu corpinho frágil.

- Está vendo, belinha? - Cochichei. - Tudo isso pra garantir seu futuro.

Acariciei seu cabelo por alguns minutos até ouvir o som ser desligado.

Sorrir interiormente.

Game over.

- Elly... - Sabina chamou baixinho, enfiando a cabeça pela porta.

- Que é?

- A policia chegou.

- Eu sei. Funcionou. - Me levantei da cama devagar e fui até a porta.

- Alguém sabe que foi você?

- Sim. Noah.

Sabina ficou branca.

- Noah Urrea?

Me sentei na frente da mesa novamente e peguei meu lápis.

- Foi com ele que eu conversei. Garoto idiota. Acha que o mundo gira em torno dele.

Sabina tentou rir mas oque saiu foi um grunhido.

- Querida, o fato é que o mundo realmente gira em torno dele...

- Dane-se. Ele duvidou de mim, pagou a língua.

Sabina ficou um tempo me olhando em silêncio, então balançou a cabeça e se virou pra dormir.

- Você realmente não tem noção do perigo...

~★★★★★★~

- Você vai me buscar na quéche hoje, mamãe?

- Não, meu amor. Hoje eu tenho que dar monitoria. - Coloquei uma panqueca no pratinho rosa de belinha e uma no meu. - Hoje tia Lili vai buscar você. Amanhã eu vou, está bem?

- me acóda condo você chegar. - Disse levando sua panqueca à boca.

- Tá, pode deixar. Termine logo, senão vamos nos atrasar.

Como de costume,saímos de casa 6:20. Deixei belinha na creche onde ela fica até as 16:00 e fui direto pra lanchonete em que trabalho há um ano e meio.

- Bem na hora, Elly. - Sold disse ao me ver entrar.

- Eu sempre chego bem na hora, Sold. - Entrei olhando o relógio 6:58.

Guardei minha bolsa com roupas e livros na cozinha porque dali eu iria direto pra faculdade, como sempre fazia em dias de segundas, quarta e sextas-feiras.

- Bom dia sofya. - cumprimentei a cozinheira e esposa do sold, que já estava com as panelas no fogo.

- Bom dia, linda. Acordou animada hoje?

- Com toda a certeza. Sorrir.

Prendi meu cabelo num coque, coloquei meu avental e me dirigir pra fora.

A lanchonete estava agitada. O entra e sai de clientes me manteve ocupada por todo o dia, já que eu era a única garçonete.

Comi biscoito na hora do almoço sem para de servir, cumprimentei meus clientes amigos e os que eu não tinha feito amizade, servir mesas, limpei mesas, apoiei bandejas na cabeça, arrumei cadeiras, servir mais mesas...

No final, minhas pernas latejavam como todos os dias. Já tinha virado rotina.

- Sold, deu meu horário. - Falei entrando na cozinha.

- Pode ir, Elly. Eu me viro.

Tirei meu avental e peguei minha mochila.

- Tchau, Sofya.

- Tchau, querida. Boa aula.

- Obrigada.

Suspirei quando sentir o vento da tarde bater em meu rosto e fiz uma anotação mental das próximas coisas que eu precisava fazer: embarcar em um ônibus, dar monitoria e participar das aulas.

A pior parte do meu dia havia acabado... ou era isso o que eu pensava até aquele momento.

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Foi isso bjs 😘
Deixem a estrelinha e comentem .
★♡★♡★

o preço da felicidade; (versão noany)Onde histórias criam vida. Descubra agora