capítulo 5

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Any

- Boa tarde, dona Teresa. - Cumprimentei a senhora atrás do balcão quando entrei na área de monitoria.

- Boa tarde, Elly. Quase se atrasou, hein?

Na verdade, eu esta atrasada. Devia estar ali as 16:00, mas olhando o relógio atrás de dona Teresa, vi os ponteiros marcarem as 16:03.

Sorri.

- Dia cheio. Quantos alunos pra hoje?

- Quatro. - Ela respondeu conferindo sua planilha. - Dois do primeiro, um do terceiro e um do quinto.

- Oque?! Eu não dou monitoria pra quinto periodo!

- Eu sei, meu bem. - Dona Teresa sorriu. - Mas você não é obrigada, fique tranquila. Sua grade ficara intacta caso você não esteja preparada.

- Então porque ele estar comigo?

- Parece que a monitora dele acordou com enxaqueca ou algo assim hoje. Não pôde vir... então encaixei ele com você.

Suspirei. É claro que foi por causa daquela festa na republica... se eu soubesse teria acabado com ela mais cedo.

- Tá. Tudo bem. Quatro alunos pra três horas. - Olhei pro teto pensando rápido. - Três vezes sessenta, cento e oitenta; dividido por quatro... quarenta e cinco minutos. Me dê os materiais que vou precisar.

- Garota, você é uma máquina. - Dona Teresa riu me entregando os livros.

- Eu meio que preciso ser. - Sorrir de volta.

- A primeira já chegou. Está te esperando.

- Okay, obrigada. - Mandei um beijo pra ela e caminhei até minha mesa, onde uma menina loira estava sentada, esperando pacientemente.

- Boa tarde, joalin. - Falei me sentando na frente dela.

- Oi, Elly. Tudo bem?

- Estou ótima. Oque vamos estuda hoje?

- Geometria analítica.

Abri o livro e os primeiro quarenta e cinco minutos passaram antes que a gente percebesse.

Joalin absorvia facilmente tudo o que era lhe passado, o que eu achava ótimo.

- Até mais.- Ela disse colocando sua mochila no ombro.

- Boa sorte na prova. - Respondi.

O próximo foi bem mais difícil. Bailey não era o tipo de garoto exemplar em uma sala de aula.

- Mais isso é matemática básica! - Eu insistia. - Você nunca estudou tabuada de multiplicação?

- Nunca fui obrigado. - Respondia monótono.

- Então porque não calcula nos dedos?

- Porque eu sei que você sabe a resposta. - Deu de ombros.

Respirei fundo.

Calma Elly... você precisa dessa monitorias...

- Seis vezes três são dezoito, Bailey. Pelo menos isso você devia gravar...

A próxima foi da turma. Rute.

Ela não era inteligente, mas pelo menos era esforçada, então progredimos apenas o suficiente para ela conseguir terminar o trabalho que tinha nos sido passado.

- Eu te vejo mais tarde, na sala. - Ela se despediu.

- Até mais.

Só mais um...

Quando o ultimo aluno se aproximou da minha mesa, levantei meus olhos para vê-lo e quase engasguei com minha própria saliva.

Não...

Dona Teresa só podia estar de brincadeira comigo.

Na minha frente, um sorriso de tirar o fôlego se abriu, revelando dentes brancos, alinhados. Olhos verde-claros me observavam e percebi quando sua pupila dilatou.

Quase não consegui acredita ao me dar conta de quem precisava da minha ajuda.

Noah. O famoso, idiota e imbecil Noah Urrea.

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E vamo de maratona
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o preço da felicidade; (versão noany)Onde histórias criam vida. Descubra agora