Any
Peguei minha mente vacilando varias vezes durante as aulas.
Droga. Eu precisava me concentrar, mas a imagem do Noah não saía da minha cabeça.
Idiota. Imbecil. Ridículo.
Elly, foca na aula!
Me obrigava a controlar meu pensamentos quando os pegava vagando, mais não durava muito tempo.
Novamente, aqueles olhos verde-claros, aquela expressão debochada, aquele corpo de tirar o fôlego e aquele cabelo bagunçado invadia minha cabeça.
"Aposto que há muito tempo você estava querendo um momento sozinha comigo."
Aquela voz...
Ele sabe como ser charmoso até sendo babaca.
O que?! Eu não acredito que pensei nisso! Elly, droga, foca na aula!
Precisei me esforça mais do que qualquer outro dia pra absorver tudo o que foi passado, e no final, eu quase podia sentir a fumaça saindo do meu cérebro.
- Você parece péssima. - Sabina disse depois de me olhar.
Ela estava dirigindo enquanto eu descansava minha cabeça no encosto da poltrona do carona.
Ela sempre me dava carona depois da faculdade, já que estudava na mesma Universidade e no mesmo turno que eu.
- Meu dia foi cheio.
- Seu dia é sempre cheio. Algo novo hoje?
Suspirei e me virei pra olhar a rua deserta. Já devia estar passando das 23:00...
- Não. Nada novo hoje. Apenas exaustão.
~※※※※※※~
- Mamãe! - belinha gritou correndo pra mim, estendendo os bracinhos frágeis pra que eu a pegasse no colo.
- Caraca, o jeito que ela fala quase me faz acreditar. - Sabina disse atrás de mim.
- Ei tia Sabi!
- Ei belinha, fez muita bagunça? - Sabina deu um beijo na sua bochecha.
- Não eu brinquei de cóba-cega!
- Mais agora você não devia estar dormindo, mocinha? - Perguntei.
- Ela disse que não ia dormi enquanto você não chegasse. - Lívia disse vindo ao meu encontro. - Veja o desenho lindo que ela fez na escola.
Belinha foi pro colo da Sabina enquanto eu pegava o papel que Lívia me estendia.
No meio de rabisco típicos de uma criança de três anos, pude percebe que ela tentou desenhar três pessoas. Provavelmente dois adultos e uma criança.
- Quem são, meu amor? - Perguntei lhe mostrando o desenho.
- Você, eu e papai. - Ela apontou cada rabisco.
Pisquei e olhei pra Sabina, que devolveu meu olhar com as sobrancelhas erguidas. Lívia ficou em silêncio.
- anh... é muito bonito. - Sabina sorriu. - Mas quem seria o papai?
Belinha deu de ombros e se forçou para descer do colo dela.
- Num sei. Vamos ver as estelas, mamãe? - Pediu me puxando.
- Amor, eu estou cansada. - Me desculpei com o cérebro a mil.
Será possível que ela ainda se lembre...?
- Pú favor, mamãe... - Ela implorou. - Vamos, vamos!
Entreguei o desenho pra Sabina.
- Tudo bem, tudo bem. - Peguei ela no colo e me virei pra Lívia. - Obrigada, Lili. Amanhã pode deixar que eu pego ela na creche, vem seis horas direto pra cá. Não tem monitoria.
Ela balançou a cabeça.
- Tudo bem.
- Sabina, deixe a porta aberta. Eu não demoro.
Sai junto com Lívia, mais quando ela desceu, eu subi para o terraço com belinha nos braços.
Como na maioria das noites, nos deitamos no chão e olhamos para o céu estrelado, já que o terraço não tinha teto. Belinha adora isso.
- Mamãe, cól é a sua mamãe? - Ela perguntou com o rostinho virado para as estrelas.
Eu a olhei e respirei fundo antes de dizer oque vez ou outra lhe respondia em momentos assim.
- Não é só minha. É nossa mamãe. Minha e sua...
Belinha se virou pra mim. Não havia humor em seu rosto.
- Não. Minha mamãe e você.
Pensei um pouco.
Quando ela começou a me chamar de mãe, a psicóloga disse que eu não podia força-lá a parar. Talvez uma figura materna seria melhor que fraterna, mas a cada dia que se passava, eu me perguntava se ela realmente achava que eu era sua mãe de verdade...
Mas ela não podia achar. Eu não tinha o direito de tomar o lugar da nossa mãe na vida dela, mesmo que ela tenha a conhecido...
Respirei fundo, como sempre decidindo não prosseguir com esse assunto. Três anos era muito pouco tempo pra uma criança ter que entender isso.
Olhei pra cima e procurei uma estrela em especial.
- Aquela. - Eu disse apontando. - Está vendo? É a mais brilhante.
- Poquê ela é a mas bilante?
Eu sorrir.
- Porque ela está feliz que viemos vê-la hoje. Você consegue ver? Ela esta sorrindo. Por isso é a mais brilhante.
Belinha pensou por um tempo olhando a estrela, então sorriu.
- Ela é a mais bunita.
- Sim... ela é.
Belinha me abraçou, se deitando sobre meu peito.
Eu continuei olhando aquela estrela até ter certeza que ela havia dormindo, então a peguei no colo, deitei sua cabeça sobre meu ombro e voltei para o apartamento me dando conta de que, mesmo eu não querendo admitir, os traços do rosto da minha mãe estavam se perdendo em minha memória...
#-#
3/3
Até que fim consegui gente. Por favor me digam oque estão achando. Por favor eu fiquei ate esse horário escrevendo pra vcs.
Bjs até a próxima. Good night 😘😴
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o preço da felicidade; (versão noany)
FanficAos 18 anos, any não pensa em se comprometer com nada mais além do seu trabalho, sua irmã de três anos e sua faculdade, mas sua vida dá um solavanco surpreendente quando sua numa noite de estudos, por acaso, ela conhece noah. playboy, riquinho metid...