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O gosto da poção continuou em sua boca mesmo depois de escovar os dentes duas vezes, fazendo o café da manhã menos apetitoso que o normal

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O gosto da poção continuou em sua boca mesmo depois de escovar os dentes duas vezes, fazendo o café da manhã menos apetitoso que o normal. O cheiro ácido invadira as narinas antes mesmo de abrir os olhos; a taça deixada na mesa de cabeceira por Snape. Parte do gosto amargo, contudo, devia-se ao encontro "marcado" para aquela tarde, porque aproveitar o domingo com atividades ordinárias, só pelo prazer do entretenimento, ainda era uma comodidade distante da sua realidade.

Após dispensar Cybele, que contara tudo sobre o jantar e o belo show organizado por Slughorn, Isis trocou de roupa e aguardou o corredor ficar vazio para se dirigir ao saguão de entrada chapinhado por alunos que aproveitavam, do lado de fora, o pouco tempo que ainda tinham para se divertirem na neve. Snape a aguardava próximo à entrada, na presença intimidadora de Minerva e de um dos aurores que costumavam acompanhar Kingsley.

— Bom dia. — Isis enfiou as mãos nos bolsos do sobretudo, assentindo para Minerva e o auror. — Tudo certo para a nossa visita ao antro do puro-sangue?

— Há alguns detalhes que gostaria de acertar com a senhorita antes de prosseguirem — disse Minerva, e os outros entenderam a deixa para se retirarem.

Snape dirigiu-lhe um olhar sossegado, anuindo de leve antes de atravessar a porta de entrada do castelo. Isis respirou fundo, refreando a vontade de cruzar os braços, e encarou a diretora com o máximo de decência que possuía. Não havia indícios de uma possível admoestação na postura e no semblante de McGonagall. Para o assombro da jovem, encontrou curiosidade mesclada à apreensão.

— A relação com Severus encontrou um ponto de calmaria, não? — Isis suspirou, lembrando-se da noite anterior.

— Não diria calmaria. Uma aliança se aplica melhor à situação. — Minerva aquiesceu, satisfeita com a confirmação promissora. — Há alguma coisa de errado com meu relatório? Kingsley se opôs à proposta? Você se opôs? — perguntou, apreensiva com a presença do auror.

— Não há com o que se preocupar quanto a isso. O relatório foi muito bem recebido pelo ministro e por mim, embora os meios aos quais recorreu para garimpar a informação despertem a minha curiosidade. — As duas interromperam a conversa quando um grupo de corvinos fez uma entrada brusca no saguão, parando e se desculpando no instante em que cruzou olhares com a diretora. — Abordaremos o tópico em outro momento. Por ora, peço cautela ao encontrar os Malfoy. Não sabemos a extensão do envolvimento da família em auxiliar no esconderijo de Underhill.

— Conheço-os muito bem e a relação de Lucius com Erastus se dá através de troca ou chantagem. De espontânea vontade, Malfoy nunca o auxiliaria. — Isis correu a mão pelos cabelos, ansiosa. — E se for para prejudicar o irmão — sussurrou, olhando em volta —, e ganhar algo com isso, ele não pensará duas vezes em se oferecer para "ajudar". — McGonagall crispou os lábios em asco. — São podres, eu sei. Espero que o moleque não vá pelo mesmo caminho.

— Acredito que Draco trilhará um muito melhor que o dos pais. Dumbledore e Severus concordam. — A diretora aprumou-se, analisando Isis com curiosidade. — Uma questão de escolhas, não concorda? — A bruxa assentiu. — Que a sua missão seja bem-sucedida, Srta. Blakeley. Todas elas.

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