Bônus: Christopher Uckerman

352 34 16
                                    

Não sei por qual razão motivo circunstância aceitei vir com Nat a balada. Estou derrotado, a última semana tem sindo tão cansativa que não sei como sobrevivi até o sábado.

Natália está do meu lado conversando animadamente com uma mulher baixinha, estou na minha sexta taça, a essa altura meus pensamentos estão a um turbilhão.

- QUE ?- me assusto com a voz fina e alta de minha namorada

- O que houve Nat ?- olho para a morena que tem um sorriso um tanto quanto estranho.

- Me acompanha, preciso falar com uma velha amiga e o namorado dela...

Natália não espera resposta minha, sai puxando minha mão entre as pessoas, até paramos em frente a um sofá.

Meu sangue parece ter gelado, aqueles olhos castanhos me encaram com surpresa e então os vejo mudar para a minha acompanhante. Inconsciente meus olhos descem pelo corpo da ex ruiva, sinto todos meus instintos florescerem; Dulce Maria está terrivelmente gostosa.

Seu vestido vermelho realça cada centímetro daquele corpo. Engulo em seco, ao perceber que estou a muito tempo encarando o corpo daquela mulher que me fez tanto mal.

- Dul, não sabia que estava namorando.

- Não estou - a arquiteta responde amargamente - mas se me dão licença, quero curtir a minha noite .

Saviñón puxa o homem, que até então não tinha visto, e o beija. Meus olhos arregalam e sinto uma grande pontado em meu coração, minha respiração está descontrolada, meu corpo parece não querer se mexer.

Balanço a cabeça negativamente, solto minha mão da de Natália e começo a andar em passos largos. Não estou raciocinando, os flash de Dulce beijando outro homem vem a minha mente a todo segundo, por incrível que pareça essas lembranças apertam meu coração.

Não temos nada há muito tempo, mas a dor de vê-la com outro está queimando meu corpo.

<<<<<<<<<<<<<<

- UCKER, BEBEEEE - Annie vem correndo atrás de mim, não paro de andar mas diminuo a velocidade - Ucker, você tá bem? Natália tá pirando lá dentro - toca meu ombro carinhosamente e fecho os olhos - Não que eu não goste de vê-la soltando fumaça pelas narinas, ao contrário, eu amo, mas me preocupo com você.

- Annie eu tô bem - falo calmo, ficando de frente a loirinha.

- Querido, bem é uma das últimas coisas que você está - seus olhos azuis estão serenos - Eu te levo pra casa

- Não precisa...

- Se você não entrar nesse carro agora, eu esfrego sua cara no asfalto sem piedade - interrompe minha fala suspiro frustrado a seguindo até o estacionamento.

Meus olhos estão na estrada mas minha mente está vagando por pensamentos que não deveriam mais existir.

- Dulce beijar outro homem não significa nada, você namora a cascavel mas continua amando a Saviñón.

A voz da loira quebra o silêncio agradável do local, queria usar argumentos para debater sua fala mas não os tenho. O álcool deve está bagunçando ainda mais meus neurônios; nunca imaginei que vê-la com outro me tiraria tanto de órbita; ela me destruiu da pior maneira...

- Ela é passado!

- O passado vai sempre fazer parte do seu presente, principalmente quando você ainda o ama.- me olha de relance mas ainda focada na direção.

- Anahí você só pode está pirando de vez - retruco querendo jogar minha amiga pela janela

- Ucker, eu sei que sou maluca mas conheço de longe o amor...

Não digo mais nada, não estou em posição de fala. Dulce Maria realmente mexe comigo e isso é extremamente vergonhoso, eu deveria odiá-la...

<<<<<<<<<<<<

Sinto meu corpo ser balançado e aos poucos vou despertando. Minha visão dói com a claridade mas aos poucos se acostuma.

- querido pensei que não iria mais acordar - a voz de Alê invade o cômodo, ela está sentada ao meu lado.

- Desculpe

- Quer conversar sobre ontem ? Anahí já ligou duas vezes para saber sobre você e Natália veio aqui soltando fogo pelas orelhas

- Ah não - escondo meu rosto entre minhas mãos.

Natália está uma fera - com razão- tenho que me desculpar o mais de pressa possível.

- Christopher, o que houve ontem ?

- Annie já lhe contou né!?

- um pouquinho mas quero saber de você. Por que se incomoda tanto de vê-la acompanhada?

- Não me incomodo, ela pode fazer o que quiser - digo já me irritando - Eu estava bêbado mamãe

- Ah meu Deus, puxou a cabeça dura do Victor - afirma passando aos mãos pelo rosto cansado - Por que você tenta se enganar?

- mamãe...

- estou falando Uckerman- me repreende e me seguro para não revirar os olhos - Está estampando na sua testa que a volta de Dulce reacendeu seus sentimentos. Meu filho,não seja burro! Essa é a oportunidade que a vida está dando a vocês para se explicarem..

- Não tem o que explicar. Eu e ela seguimos nossa vida separadamente, vale ressaltar que isso foi uma ideia inteiramente dela - minha voz é dura.

Odeio que todos insistam nessa maldita conversa. A Dulce não existe pra mim desde aquela mensagem.

- Ninguém pode seguir em frente preso ao passado. O que vocês tiveram foi intenso de mais, foi lindo...

- mas não foi o suficiente para ela- retruco, meu peito aperta instantaneamente.

- Eu não sei o que levou a Dulce a fazer o que fez, mas tenho certeza que foi algo muito forte. Ela exalava amor só em pensar em você...

- mamãe eu realmente não quero falar sobre isso. Eu e Dulce é passado, não existe mais!

Dona Alexandra nega com seu típico sorriso triste e se levanta. Vejo em seus olhos azuis como está desolada, ela sempre adorou a ideia de ter Dulce Maria como nora ...

Respiro fundo, tentando lutar contra essa maré de sentimentos. Não posso fraquejar, foi ela que quis assim!

LigadosOnde histórias criam vida. Descubra agora