RED LINE - {Clexa} (Concluído)

XVIII - {That's my...}

Palavra do capítulo: Agrado - "1.sentimento ou sensação de satisfação, de aprazimento; gosto.2.
ato de consentir; consentimento, beneplácito."

Músicas do capítulo: I feel it coming – The weeknd / Hostage – Billie Eilish / Break my heart – Dua lipa / Can't feel my face – The weenknd

Clarke Griffin's Point of View

Acordei com o barulho irritante do despertador de Lexa no meu ouvido.

Para a minha surpresa, minha noite de sono foi incrível, mesmo que tenha sido mais curta do que deveria. Mas acho que de uma forma ou de outra, não tinha como ser uma noite ruim, digo, eu estava rodeada pelos braços fortes, macios e cheirosos dela.
E só dela.

Durante o tempo que estava morando com Lexa, eu vinha percebendo que tudo que antes me agradava era substituído por algo melhor o tempo inteiro. Meu cheiro favorito agora era o do shampoo dela, que impregnava na minha roupa a cada abraço. Acordar com esse aroma tão perto era ainda melhor.
Parecia que eu estava mergulhada em um universo onde a Lexa é a predominância.

Morri de amores, discretamente, quando eu vi que ela também já havia despertado. Aparentemente apenas estava com dó de me tirar do sono.

– Não se preocupa, Lex. Pode se mexer, o seu despertador já me acordou – Murmurei tentando me desvencilhar de seus braços mas eles ainda me abraçavam de forma terna. Eu me sentia protegida.

Não transmitiam possessividade, ciúme ou insegurança, só afeto e proteção.

– Não quero me mexer – Respondeu, começando um carinho em minhas costas

– Nós temos que ir, você tem um jogo daqui algumas horas e eu tenho que ir me encontrar com Finn e Raven agora – Ela me soltou ao escutar o nome do garoto, não de forma brusca ou ciumenta, só queria me deixar livre pra fazer o que eu precisava fazer.

Eu sentia uma chateação crescente no meu peito, sei que as coisas estavam indo bem. Mas bem até demais.

Lexa se colocou sentada com os pés para o lado de fora da cama, isso fez com que eu pudesse ver as tatuagens de suas costas por inteiro. Eram lindas e exatamente iguais ás da vida passada. Tentei ignorar as marcas que eu havia deixado mas era quase impossível, estavam muito mais do que aparentes. Ela se levantou e virou de frente para mim, me oferecendo uma bela visão do seu corpo.

– Eu vou tomar um banho, ok? – Assenti com a cabeça. Lexa sorriu para mim de forma gentil e saiu, me deixando sozinha com os meus pensamentos.

Eu estava tentando desesperadamente ignorar a minha preocupação sobre o dia de hoje mas ela simplesmente não passava.

Peguei uma blusa larga que estava em cima da cama de Lexa e vesti uma calcinha de dentro da minha gaveta. Caminhei até a geladeira e a abri, pegando uma garrafa de cerveja por uma decisão questionável.

– Isso foi o barulho de uma tampinha de cerveja, loira? – Lexa gritou do banheiro em um tom divertido

– Não...? – Fui falsa em meu tom, fazendo com que ela gargalhasse alto.

Tive vontade de entrar ali e me juntar a ela, talvez apenas para banhar e talvez para outras coisas, se assim acontecesse.

Não que eu tenha essa intenção, obviamente. Em um gole longo, bebi o líquido amarelo até a metade da garrafa e caminhei em passos lentos até o banheiro com a porta entreaberta. Dei duas batidas leves apenas para alertar que eu estava entrando.

– Pode entrar, Angel Eyes – Murmurou ofegante pela água que passava pelo seu rosto.

Lexa estava linda – como sempre, claro – Seu corpo estava molhado de forma gloriosa e seus olhos sempre se fechavam em agonia quando as gotas, provavelmente quentes, atingiam os arranhões nada discretos de suas costas e ombros