Tia Zeneide

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-Como? -Eu voltei.

-Seu cabelo está molhado e esse perfume não é seu. -Ele perecia desconfortável.

-Virou investigador? Entra para O FBI. -Ele não tinha o direito de me perguntar sobre isso.

Ou o Eduardo era um sádico ou era somente um idiota supremo.

-Cara, você perdeu a cabeça? O que isso te interessa? -Tentei me manter calmo. Ele não me respondeu e eu continuei.

-E você? Por que não comeu a Sheila hoje? Pareciam tão íntimos na faculdade. -Eu realmente não queria falar isso, mas ele me provocou demais.

-O que? -Ele ficou desconfortável.

-Eu sem querer escutei o que vocês conversaram, o que me surpreender o por que dela não está aqui, mas o que eu tenho haver com isso, sou somente um amigo que bebe cerveja com você. -Ele percebeu que eu tinha escutado boa parte da conversa, me sentir envergonhado em falar que eu ouvi.

-Yago, eu... -Agora ele realmente estava desconfortável.

-Olha, eu não quis ouvir, como te falei foi sem querer, somente me deixa em paz? Eu realmente não quero...

Merda falei demais e ele se aproximou.

-Não quer o que? -Por que toda vez que ele chegava tão perto eu perdia a voz.

-Diga Yago, o que você não quer? -Sua voz era firme e rouca.

-Eu não quero passar por tudo isso de novo. -Nessa hora eu sem querer passei a mão na minha cicatriz e ele olhou para baixo e pegou minha mão.

-Você se machucou por que alguém fez mal para ti? -Seu tão de voz mudou, agora era calmo e doce. Eu tinha um certo receio com essas mudanças repetida de humor dele.

Assentir com a cabeça e toda as lembranças voltaram como um tsunami.

-E você tem razão, eu não tenho direito de ficar te perguntando a onde você vai ou deixa de ir. -Ele foi sensato pela primeira vez no dia.

-Não, você não tem.

-Mas você me deixa preocupado, parece ser tão frágil e ingênuo. -Eu? A por favor.

-Frágil e ingênuo? -Eu o olhei sério.

-Sim, e eu sei lá, tenho vontade de te proteger e cuidar para que nada der errado.

-E você já percebeu que a maioria das vezes o que dar errado é você?

-Ham? -Ele não entendeu. Então iria ser mais claro e direto.

-Eu não sou fácil, aceito que eu sou chato e irritante quando quero e até quando não quero. Mas pensa bem uma coisa, você acha justo você falar um monte de coisa bonita, me beijar, eu chupar você e depois você fingir que nada aconteceu e me trata com indiferença?

-Yago... -Ele pausou e voltou a falar.

-Eu já te falei que não sou romântico.

-Existe diferença em não ser romântico e ser um imbecil cafajeste.

-Você acha isso de mim?

-Quer saber, eu acho sim.

-Eu só não sei o que está acontecendo entre a gente, eu não consigo pensar e tirar uma conclusão.

-Eu tirei a minha.

-Qual foi?

-Eu vou me afastar de você, não quero que você chegue mais perto de mim, por que se isso acontecer...

Amor Inesperado (Romance gay) Onde histórias criam vida. Descubra agora