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Não conseguir me controlar, eu era fraco, fraco demais. Por que eu tive essa lembrança, que merda.

E não ajudou nada ele me abraçar, acho que fazia muito tempo que eu não chorava no ombro de alguém.

Me sentir por um segundo confortável no seu ombro. Ele passava a mão nas minhas costas e isso me acalmou.

Comecei a ficar melhor, o chorou que era desconsolável e intenso se tornou só lágrimas.
Ele saiu do abraço e pegou um lenço que tinha no bolso e me entregou.

Sequei as lágrimas.

-Desculpa eu vou lavar e depois te entrego.

-Pode ficar com ele. Tenho um monte. -Olhei para o paninho de tecido e guardei no bolso.

-Obrigado. -Ainda não olhava para ele.

-Sério mesmo cara, se quiser se abrir, me contar o que está acontecendo. -Ele insistiu, mas eu não ia contar nada.

-Eu tenho umas crises de ansiedade. Mas é por que eu não tomei meu remédio hoje. -Preferir me fazer de louco do que contar a verdade.

-Hum, então tem que tomar. Quer que eu pego para você? Está a onde? -Ele fez que ia busca mas eu o parei.

-Podemos ir para cidade. Ai eu me distraiu. -Ele concordou e foi até sua casa correndo e pegou a chave da caminhonete.

-Vou avisa seus avós, pode ir entrando na caminhonete.

Ele foi até o casaram e depois voltou com uns doces nas mãos.

-Sua vó te deu de sobremesa.

Ele me entregou um e depois engoliu o seu.

Era uma cueca virada, eu comi e lembrei de quando pequeno era fazia para mim.

Já estava melhor e formos pela estrada, mas ele sempre desviada a atenção para mim. Acho que estava preocupado.

-Você sempre tem isso? -Eduardo me perguntou.

-As vezes. -Mentir, eu sempre acorda no meio da noite desesperado e com medo. Mas não disse isso.

-É por causa do seu... -Ele percebeu que estava indo longe demais.

-Sério, eu não quero falar sobre isso. -Tentei não parecer rude, não gostava que alguém insistia para eu falar sobre o que não queria dizer.

-Tudo bem, mas se você um dia quiser me contar.

Não respondi e fiquei olhando para fora, a viagem era curta, mas ele colocou em uma radio que tocava musicas da atualidade, algumas até gostava.

A cidade como relatei era pequena. Ele me levou em uma loja de estilo country e eu revirei os olhos, claro que eu sabia que iria comprar roupas para trabalhar na fazenda, mas não queria.

-Oi Eduzinho. - Uma vendedora apareceu toda cheia de dentes.

Se eu não soubesse que ela queria era dar para o Eduardo iria a achar simpática.

-Boa tarde, Angela. - Eduardo sorriu malicioso para ela e percebi que os dois tinham uma certa intimidade.

-Vim comprar roupa para esse rapazinho aqui. -Me sentir uma criança que o pai leva para fazer compra.

-Claro, com esses olhos azuis, tudo que ele vestir vai ficar lindo. - Ela sorriu para mim e tentei encarar isso como um elogio, não ia levar para a malicia.

-Obrigado, mas por favor, me vende roupa diferente das deles. - Eu supliquei e ela deu risada.

Ele me olhou de canto de olho e formos atrás da vendedora.

Amor Inesperado (Romance gay) Onde histórias criam vida. Descubra agora