Estrelas

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-Estou brincando. -Ela deu risada, mas depois voltou a ficar seria.

-Me conta, como você conseguiu conquistar esse xucro? Vários amigos meus já tentaram, mas nenhum conseguiu.

Fiquei desconfortável com isso, tudo era novo ainda e ela não estava me ajudando perguntando essas coisas.

Como eu conquistei ele? Será que eu realmente tinha o conquistado? Não sabia.

-Desculpa, mas eu não sei o que você quer saber.

Ela me olhou seria, seus olhos queriam a verdade, mas por que eu iria me abrir com ela? O que eu devia a ela?

-Yago. -Eduardo falou atrás de mim e eu me levantei, o agradeci por ter me salvando da intensidade que era a sua irmã.

-Vamos dar uma volta. -Ele foi até a porta e eu fui atrás.

-Nossa, é assim mesmo que trata sua irmã depois de anos sem à ver. -Ela jogou a mão para cima e fez biquinho e Eduardo falou.

-Quer vim?

-Não, eu tenho que conversar com o papai, mas bom divertimento. -Ela sorriu e piscou para mim. Ainda não sabia se eu gostava ou não dela.

Eduardo saiu quase que correndo daquela casa e foi para garagem, sua caminhonete estava da frente da casa mas ele não foi até ela.

-A onde vamos? -Eu corri tentando o acompanhar.

-Quero ver se meu bebê está aqui ainda. -Ele apertou um botão de um controle e a garagem se abriu.

Aquela garagem parecia uma exposição de carro, eu arregalei meus olhos e fiquei supresso com tanta diversidade.

-Não sabia que seu pai vendia carro.

-Ele não vende e sim coleciona. -Ele ficou andando por entre os carros até parar em um que tinha um pano o cobrindo.

Eu o ajudei a tirar o pano e embaixo tinha um carro lindo, era uma Ferrari, eu fiquei com medo de pensar em tanto dinheiro essa família tinha.

-Pelo menos ele não vendeu ela. -Ele passou a mão na lataria e tirou um pouco e pô do pára-brisa .

-Edu, esse carro é seu?

-Sim, ele me deu quando fiz 18 anos.

-Por que não levou para fazenda?

-Você acha mesmo que eu ia conseguir andar na fazenda com um carro desse?

Isso era verdade, as estradas era toda de terra e pedras. Seria uma dó colocar esse carro  nessa situação.

Edu entrou e apertou um botão e ligou o motor do carro, conferiu se tinha gasolina e me mandou entrar.

Tive até medo de bater a porta daquele carro, acho que o valor dele era mais do que eu podia ganhar em anos de trabalho.

-O que seu pai queria com você? -Eu perguntei enquanto saímos da garagem. Edu estava bem nervoso.

-Eu fui burro em ter vindo. -Edu não queria me contar então falei.

-Seu pai é meio intimidador. -Eu assumir isso.

-Intimidador? Boa definição.

-E a Ângela, o que ela aprontou? -Ele estava andando pelo bairro bem devagar. O ruído do motor era pontente.

-Sua irmã também não é nada convencional. -Falei pensando no jeito que ela me deixou contra a parede em um minuto de conversa.

-Ela perguntou para você se estamos juntos? -Ele perguntou e eu fiz que sim com a cabeça.

Amor Inesperado (Romance gay) Onde histórias criam vida. Descubra agora