Rezei pra que não fosse ele do meu lado, tomei coragem e olhei.
-Quanto tempo, não é mesmo? -Afonso me olhava com raiva, seus olhos estavam vermelhos.
-O que você quer? -Falei com coragem, uma coragem que eu não tinha.
-Só vim dar um recado, vai ser rápido.
Nessa hora ele rapidamente colocou um braço em volta do meu pescoço com força, tentei me debate e vi que ele segurava uma faca na outra mão.
-Calma, hoje eu não vou te machucar. -Sua voz era calma e mortal, tinha pavor dessa voz. A sua respiração batia no meu ouvido e seu hálito podre de álcool me deixava enjoado.
Ele com muita paciência ergueu a faca na altura que eu pude ver e a colocou de leve no meu abdômen.
-Preciso que você leve um recado para a vagabunda da sua mãe.
-Me solta seu lixo, sai do meu carro. -Falei desesperado e ele tampou minha boca.
-Não, não é assim que funciona, mas eu vou te explicar.
Olhei para minha barriga e a ponta da lâmina afiada estava começando a perfurar minha camiseta.
-Sua mãe me atingiu nesse ponto. -Ele colocou a ponta da faca perto do umbigo.
-Ela atingiu vários órgãos e eu só sobrevivi por milagres, foi o que os merdas do médicos disseram, mas eu tive que comer e beber por mangueira por dias, e colocaram uma outra no meu pinto, você acha isso legal, Yago?
Ele não esperou minha resposta e ia falar que era merecido mas ele ainda continuava tampando minha boca.
-Não, não foi legal. Só que eu andei pesquisando, se ela enfiasse a faca um pouquinho mais aqui. -Ele colocou em outro ponto da minha barriga.
-Talvez eu ficasse bem, só que eu tenho que agradecer ela, por que se ela tivesse me acertado aqui. -Ele colocou a faca em um ponto acima do umbigo.
-Eu podia está morto, mas não estou. Então manda um recado para sua mãe. Se ela ama mesmo você, ela vai voltar para casa e ela nunca mais vai fazer isso, sabe por que? -Ele foi mais perto do meu ouvido. -Por que eu vou te matar.
-Mas só para deixa de aviso vou fazer uma coisa antes. -Ele ergueu a faca de novo. Sim ele ia me acerta com a faca. Sentir que seria meu fim, ele ia me machucar e dessa vez ia ser mortal.
Tentei me mexer, sair dali, mas alguém abre a porta do carro e o arranca de mim. Eu em desespero abro a porta do meu lado e saiu me arrastado, sem fôlego e chorando.
-Yago, Yago. -Carlos depois venho correndo até mim. Eu estava em choque e fico procurando esse maldito.
-Ele foi embora, Yago. -Carlos me ajudou a me levantar e me colocou sentado no banco do carro.
-O que, onde ele foi?
-Eu o joguei no chão e comecei a chutar ele, só que ele fugiu.
-A faca, ele... estava com uma faca. -Eu tentava tomar fôlego entre os soluços e nervosismo.
Foi nessa hora que toquei no Carlos e veio sangue na minha mão, pensei que era meu, mas olhei para ele e vi que o sangue não era meu.
-Carlos, você...
Acho que só agora que ele percebeu, o seu braço tinha um corte, pequeno, mas estava saindo muito sangue.
VOCÊ ESTÁ LENDO
Amor Inesperado (Romance gay)
Romansa(Concluído) A vida as vezes te dar um caminho para percorrer, mas esse caminho é complicado para certas pessoas. Para Yago nada foi fácil desde a perda do seu pai. Se descobrir gay, ter um padrasto abusivo, uma mãe submissa. Então ele toma uma deci...