Capítulo 6

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WILLIAM

Sete dias. Faziam sete dias que eu me condenava por ter digitado o telefone no celular de Rachel sem usar o meu nome. Pior ainda, sem sequer ter sido inteligente para enviar uma mensagem para o meu aparelho e, assim, ter o seu número gravado para o caso de não receber uma ligação. No começo, até pensei que seria vergonhoso tentar fazer contato, já que o combinado seria ela me ligar, mas dane-se o orgulho ferido quando a vontade de revê-la não me deixava colocar a cabeça no travesseiro para dormir em paz.

Tudo em Rachel havia me atraído. Suas expressões e reações eram únicas, além da beleza inegável e do jeito cativante de sorrir e desviar o olhar quando estava nervosa. O calor das suas mãos cobrindo as minhas só não foi melhor do que a sensação incrível de segurar as dela, quase um presságio de como seria perfeito envolvê-la em meus braços para nunca mais deixá-la ir.

O que mais me assustava era conseguir me imaginar ao seu lado no futuro sem que isso me assombrasse. Eu não era um cara avesso a relacionamentos, e talvez por isso tenha conseguido manter uma amizade com todas as minhas ex-namoradas mesmo depois de nossos términos, todos pacíficos e mútuos, mas por mais que houvesse carinho e respeito, nunca me peguei sonhando com um amanhã nosso; apenas cuidando do nosso presente, um dia após o outro.

Em apenas um ínfimo espaço de tempo, aquela jornalista tão cheia de confiança e amor à profissão tinha conseguido me conquistar, mostrando que nem sempre temos total conhecimento de nós mesmos, pois o cara que eu me considerava ser quando o assunto era de cunho romântico não se parecia em nada com o homem que via o rosto de Rachel em cada mulher que passava pelo hospital.

Depois que nos despedimos, voltei para a minha mesa e Ravi e Zion não disseram nada, apenas me olharam com aquela expressão zombeteira que dizia: "eu sabia que você ia gostar do desafio". Se eles estavam curiosos para saber do que tínhamos falado, os dois souberam se controlar, e o resto da noite teria sido ótimo se Georgina não tivesse aparecido ao meu lado com as mãos na cintura, perguntando quem era a mulher com quem eu estava conversando. Eu não tinha que lhe dar satisfações sobre a minha vida pessoal, mas eu teria me esforçado para ser educado caso ela não tivesse falado alto o bastante para que metade dos clientes do bar a ouvissem — ou seja, um bom número de funcionários do hospital.

Eu não queria o meu nome envolvido em fofocas, tampouco um boato que me associaria a uma residente que eu não estava sequer interessado, por isso preferi ser direto com Georgina, mesmo ela estando claramente bêbada. Talvez ela não se lembrasse disso no dia seguinte, mas as suas amigas certamente se lembrariam.

— Georgina, podemos não estar mais em nosso ambiente de trabalho, mas eu exijo respeito e não quero nunca mais que você se dirija a mim dessa forma. Eu não devo satisfações a ninguém, muito menos a jovens garotas que sentem atração pelos seus mentores. Se você está interessada em mim, não posso fazer nada, mas não admitirei que você me envolva em seus shows de ciúmes.

Nunca vi ninguém fora do hospital atingir uma palidez cadavérica em questão de segundos, mas não senti nenhum remorso, nem mesmo quando percebi médicos e enfermeiros cochichando sobre o que tinham ouvido. Se quisessem me chamar de insensível, que o fizessem, mas preferia esse título a ser o personagem de um romance que eu não tinha vontade alguma de protagonizar.

[DEGUSTAÇÃO] Razões para nunca esquecer - SÉRIE HERÓIS #3Onde histórias criam vida. Descubra agora