Capítulo 8

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WILLIAM


Rachel estava mais linda do que eu me lembrava, com os cabelos soltos e usando um vestido que a deixava sexy sem precisar mostrar muita pele. Seu rosto tinha um pouco de maquiagem, mas nada exagerado, o que me agradava ainda mais, pois sempre gostei de mulheres naturais, que não se sentiam na obrigação de se produzirem demais para um encontro casual. Eu podia não conhecê-la, mas essa não parecia ser uma de suas preocupações.

— Obrigado pelo convite.

Assim que nos sentamos, percebi que este encontro não seria igual aos tantos outros que tive, porque tudo em Rachel era diferente.

— Obrigada por ter aceitado. Tive um pouco de receio, mas fico feliz por ter ligado.

Um garçom surgiu com dois cardápios e perguntou se queríamos algo para beber. Pensei em pedir uma cerveja, mas estava dirigindo e preferia não arriscar.

— Uma água com gás, por favor. Rachel?

— Um suco de cranberry.

— Fiquem à vontade.

Agradecemos e voltamos a nos analisar, um pouco de apreensão e constrangimento ainda pairando ao nosso redor.

— Por que receio?

— Alguém já te falou que você é bem direto, doutor Belmonte?

Não pude deixar de sorrir, pois essa era uma afirmação que eu ouvia todos os dias dos meus amigos. Eu nunca tinha sido um homem de rodeios, mesmo em situações como esta, em que não me sentia totalmente seguro.

— Sim. Meus amigos fazem questão de me dizer isso, mas gosto de sinceridade. Se eu estiver sendo inadequado, basta me dizer.

— Não, de forma alguma. Eu aprecio a sua sinceridade. Pode parecer estranho, mas eu não sabia se devia encontrá-lo por querer muito encontrá-lo novamente.

— Você não sabia se ligava por que queria me ver de novo?

— Sim. Eu adorei te conhecer e nossa conversa foi ótima, mas tive medo de... bem, eu não sei ao certo.

Quando a conheci, fui surpreendido pela confiança que enxerguei em Rachel, muito diferente do que via na maioria das mulheres, mas ao reencontrá-la agora, percebia que ninguém podia ser totalmente seguro de si o tempo todo.

E isso só a tornava ainda mais desejável.

— Não, você não teve medo. Apenas receio em aceitar se encontrar com um cara que deixou claro que está interessado por você.

Por um momento, Rachel me encarou em silêncio, mas quando vi aquele belo sorriso seguido por um suspiro relaxado, a confiança me acalmou. A franqueza torna-se um fardo apenas quando a pessoa ao seu lado tem medo da verdade.

— Sim. Não entendo quase nada de italiano, mas bastou uma busca rápida na internet para descobrir o que você tinha escrito. Confesso que o susto não superou a surpresa agradável que tive diante de tanta ousadia. Você é um homem bastante confiante, não é mesmo?

— Eu tento, mas não sou tanto quanto você imagina. No trabalho, sim, mas a vida e as relações sociais não podem ser aprendidas em uma sala de aula, não deixando de abalar um pouco a nossa confiança.

— Além de médico, você também consegue ler mentes? Eu penso exatamente como você, William.

— Não, não consigo. Talvez nós dois sejamos apenas muito parecidos.

[DEGUSTAÇÃO] Razões para nunca esquecer - SÉRIE HERÓIS #3Onde histórias criam vida. Descubra agora