Capítulo 5

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RACHEL

A atração estava ali, mais presente do que nunca, mas havia algo ainda mais forte que transformava William em um homem interessante e diferente de tantos outros que conheci. O seu sorriso, é claro, parecia carregar uma sinceridade e uma jovialidade que me cativaram logo no primeiro instante em que o vi, mas as suas palavras também pareciam transmitir uma honestidade que eu via cada vez menos nas pessoas, que preferiam mentir ou ocultar este traço que não deveria ser apenas uma qualidade admirável, mas sim uma característica comum a todos nós.

William era simplesmente... raro.

— Seus pais moram lá?

— Sim. Eu estava no começo da faculdade quando meus pais decidiram voltar para a Itália. Eu sabia que seria difícil deixá-los ir, mas não estava preparado para abrir mão do meu curso aqui em San Paolo e das amizades que fiz. Pode não parecer, mas aqueles dois idiotas ali são meus irmãos, e acho que não conseguiria viver sem eles.

Olhei por cima do ombro de William e busquei na diversão nítida que aqueles três estavam tendo o equilíbrio para não me emocionar. O modo como este homem falava dos pais, do amor que existia entre eles, fazia com que o meu peito doesse, pois sentia falta dos meus pais o tempo todo. Em dias como o que tinha acabado de ter, nada me parecia mais certo do que correr até eles e contar sobre os meus feitos.

Era doloroso estar sozinha no mundo, mesmo entendendo a sorte que era ter em Lily uma irmã. Parecia ser o mesmo sentimento que William nutria pelos gêmeos de nome estranho, e talvez por isso este homem se tornava ainda mais interessante.

— Sinto o mesmo por Lilian. Ela é completamente doida e, às vezes, tenho vontade de sufocá-la, mas ela é a minha melhor amiga. Mas, e quanto à Itália? É tão bonita quanto dizem?

E eu mencionei que além de lindo, ele ainda era italiano? Como não se sentir atraída por aquele sotaque charmoso ao final de certas palavras?

— Sou suspeito para dizer, mas sim. A Itália é maravilhosa. Saí de Nápoles muito jovem, mas tento visitar os meus pais sempre que posso, além de passar férias lá. Você nunca teve vontade de conhecer?

— Ah, sim. É claro que tive, mas me dediquei tanto aos estudos e ao trabalho que quase não viajo. Tenho muita vontade de conhecer a Itália e a França. — A França porque meus pais tinham passado a lua de mel em Paris e a Itália... bem, a Itália pelos românticos passeios de gôndola e por causa de William, que tornou o país ainda mais interessante.

— Só fui à França uma vez, mas foi para um curso e nem pude visitar os pontos turísticos. Tenho vontade de conhecer muitos lugares. Você não é daqui, ou estou errado?

— Não, você está certo. Eu sou Americana. Como soube?

— Na verdade, foi um chute. Você não tem sotaque, mas dificilmente parece com alguma mulher que tenha conhecido. Droga, ficou parecendo uma cantada barata ou uma crítica, mas juro que não foi a minha intenção.

William sorriu sem graça, correndo os dedos pelos cabelos, e ele conseguiu ficar ainda mais irresistível.

— Pode ficar tranquilo que não achei que você estivesse me criticando ou tentando me seduzir. Não tenho sotaque porque me mudei para San Paolo ainda muito nova.

— E o que você faz?

— Eu...

— William, meu camarada! Como você está?

[DEGUSTAÇÃO] Razões para nunca esquecer - SÉRIE HERÓIS #3Onde histórias criam vida. Descubra agora