Capítulo 4

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WILLIAM

- Zion, o que acha daquela moça ali? Ela é bem bonita, não acha?

Meu amigo olhou para o irmão com o cenho franzido, como se não acreditasse no que Ravi estava dizendo.

- Nada de tentar me arranjar uma mulher, cara! Eu não quero me envolver com ninguém e estou muito bem solteiro. Já bastou uma Felicia tentando me controlar.

Sempre achamos que a namorada de Zion era estranha, mas nunca falamos mal dela por respeito ao relacionamento deles. Porém, o problema foi que ela começou a tentar afastá-lo de nós dois, uma atitude idiota, pois todos sabiam que ele nunca faria isso. Quem em sã consciência tenta afastar irmãos, ainda mais sendo gêmeos?

Meu amigo não demorou a perceber a personalidade egoísta da namorada e tentou se afastar de todas as formas, mas ela nunca aceitou, reaparecendo em seu apartamento no dia seguinte como se nada tivesse acontecido. A louca chegou a ameaçar tirar a própria vida caso ele não a aceitasse de volta, mas Zion nunca voltou atrás, e isso acabou fazendo dele um cara receoso quanto a começar um novo relacionamento.

Eu sabia que nem todas as mulheres eram iguais a Felicia, e Ravi provou isso ao conhecer e se apaixonar por Nicole, mas eu entendia as razões que levavam Zion a pensar assim. Só desejava que ele não demorasse a perceber que o seu coração poderia ficar fechado para o amor por um tempo, mas jamais trancado. Eu não desejava me envolver no momento, mas não descartava a chance de conhecer algum dia uma mulher que me ajudaria a construir a família que eu desejava ter.

- Desculpa, irmão. Só não quero que você se torne um cara infeliz por causa de uma laranja podre no saco. Nem todas as mulheres serão amáveis como a Nicole, e falo isso por experiência, mas não é impossível você ter a mesma sorte que eu. Só leva um pouco de tempo.

- Eu agradeço a sua preocupação, Ravi, mas não quero nada por enquanto. Talvez um dia, mas não agora.

Voltamos a beber nossas cervejas, conversando sobre assuntos mais leves - ou seja, sobre o trabalho. Apesar de também ter escolhido a Medicina, Zion optou por ser Clínico Geral e atender em um consultório, com horas de trabalho fixas. Eu sabia que ele nunca aguentaria a pressão de viver em um Pronto-Socorro, mas tinha certeza de que sua escolha também fora influenciada pelo trabalho voluntário a que ele se dedicava: uma escola de vôlei que dava aulas gratuitas para crianças e adolescentes de baixa renda.

Sempre que tínhamos uma brecha na agenda, Ravi e eu aparecíamos lá para dar uma força, mas Zion se dedicava integralmente à causa, indo todos os dias não apenas para ensinar o esporte, mas também para conversar com a molecada.

Eu era um cara do bem, assim como Ravi, mas nós dois concordávamos que Zion tinha um coração grande demais e que ele merecia ser muito feliz.

- A partir do começo do semestre, abriremos um centro de apoio à mulher. A organizadora do projeto é a esposa do fundador lá da escola de vôlei, e ela pretende acolher, ajudar e orientar mulheres que estejam vivendo situações de risco. Eu sinto um orgulho tão grande quando vejo projetos como esse crescendo e realmente ajudando as pessoas. Tivemos muita sorte na vida, mas me incomoda ver tanta gente que não teve essa mesma chance que nós três tivemos.

Olhei para Ravi e o brilho que havia em seu olhar, também conhecido como orgulho, era tão nítido, que Zion parou de falar e pigarreou, virando sua garrafa de cerveja. Ele sempre ficava constrangido quando mostrava paixão pelas causas que defendia.

[DEGUSTAÇÃO] Razões para nunca esquecer - SÉRIE HERÓIS #3Onde histórias criam vida. Descubra agora