Capítulo 9

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RACHEL



Eu desejava aquele beijo desde o começo do nosso jantar, desde que vi claramente o quanto William era diferente de todos os homens que eu conhecia e desde que percebi que a atração que sentíamos um pelo outro era forte o bastante para tornar um encontro que deveria ter sido constrangedor em uma espécie de reencontro de duas pessoas que se conectavam. Não havia definição melhor para explicar o quanto nós dois combinávamos.

Quando ficamos parados de pé na entrada no pub, esperando que nossos carros fossem entregues, vi o desejo nítido nos olhos de William, mas também seu controle para não permitir ir além do que eu supostamente queria. Homens nunca tinham refreado suas vontades perto de mim, sempre tinham ido além, não se certificando de que eu desejava o mesmo, mas este médico não apenas fazia isso como me dava o controle sobre a evolução do que tínhamos, e isso era algo muito novo para mim.

Assim que entrei em meu carro e percebi o quanto desejava que aquele beijo tivesse acontecido, sorri feito uma criança travessa, não reconhecendo a mulher que se olhava no retrovisor. Eu estava amando agir dessa forma, sem preocupações, sem neuras, aproveitando a companhia de um homem sem as pressões do encontro. Eu não acreditava que esta mudança fosse minha, mas sim da pessoa que sabia usar bem as palavras para me fazer sentir especial. Minha mudança de comportamento se dava por causa de William, do homem que eu queria muito ter beijado.

Porém, como a perfeição não existia, minha noite acabou ligeiramente atrapalhada pela falta de luz do bairro. Notei que havia algo errado quando fui me aproximando da minha rua e tudo estava em completa escuridão. O vento forte que me fizera sentir um pouco de frio na saída do pub tinha se tornado ainda mais forte, e reparei que havia um fio partido, que ocasionara a falta de energia.

Quando fui checar se o portão da garagem estava destrancado, me assustei com William saindo do seu carro. Quase não acreditei que éramos vizinhos de prédio, e quando ele falou sobre o destino estar querendo nos unir, decidi que transformaria o meu desejo de beijá-lo em ação, e foi o que eu fiz.

Fiquei na ponta dos pés e envolvi o pescoço de William, olhando no fundo dos seus olhos antes de encurtar a pequena distância que separava a sua boca da minha.

Sempre considerei o beijo a melhor forma de se conhecer um homem. Pela forma como era beijada, sabia exatamente o que esperar de um possível envolvimento com aquela pessoa, e sempre julguei isso extremamente conveniente, pois nunca me senti preparada para me apaixonar. Quando percebia que um namorado ou ficante estava me dando mais do que eu desejava receber, começava a me afastar e a separação não demorava a acontecer.

Mesmo sabendo que me amava, cometi com Gregory o erro de demorar a terminar a nossa relação, mas isso só tinha acontecido por ter sido curiosa e prestado atenção na conversa de uma desconhecida, que reclamava com a amiga sobre se sentir sozinha. Ela temia não ser capaz de amar por nunca ter sentido nada pelos seus namorados, e aquilo ativou uma dezena de alertas sonoros na minha cabeça, porque eu conseguia me identificar com aquela mulher.

Não foi preciso de muito tempo para perceber que Greg jamais seria o homem certo para mim, e esta foi a minha sorte, pois eu me conhecia o bastante para saber que acabaria ainda mais avessa a relacionamentos caso tivesse permitido que um homem controlador como ele chegasse perto de entrar no meu coração.

Não sabia explicar a diferença que existia entre todos os beijos dados no passado e o beijo de William, mas sentia que havia a quantidade certa de desejo, cautela e empenho, tornando-o inesquecível.

[DEGUSTAÇÃO] Razões para nunca esquecer - SÉRIE HERÓIS #3Onde histórias criam vida. Descubra agora