She has my eyes - Livro 1

Apenas os olhos verdes

Dean's POV

Uns dias mais cedo...

Finalmente, lar doce lar! Sam e aquele algoritmo dele, estavam incontroláveis. Terminávamos um caso e já partíamos para outro. Agora, vou beber a minha cerveja, tranquilamente, no meu quarto, com as minhas músicas...

Não me entenda mal, eu amo o que eu faço. Salvar pessoas, caçar coisas... É o negócio da família. Mas 4 casos seguidos sem descanso é bem cansativo.

Quando voltava da cozinha com uma cerveja e um sanduíche em mãos, indo em direção ao meu quarto, Sam me chama, olhando para o computador.

- Dean, vem ver isso aqui. - chama Sam. - Uma mulher foi assassinada em Phoenix, Arizona. Antes de morrer, ela ligou para a filha, pedindo por ajuda, dizendo que tinha alguém na casa. Quando a garota chegou em casa, a mãe já estava morta, com um buraco no meio do peito. - ele termina, me olhando.

- Lobisomem? - perguntei, tentando saber qual seria a sua teoria.

- Pensei a mesma coisa. Mas aqui diz que estava tudo trancado, não tinha como alguém ter entrado e depois saído. - Sam respondeu, me encarando em seguida. - Além disso, não diz nada aqui que o coração tenha sido arrancado.

Cheguei mais perto de Sam para ler a reportagem e senti como se meu sangue todo gelasse quando vi a foto da vítima. Sam percebeu a minha feição e me perguntou o que houve.

- Eu... Eu a conhecia. - respondo, sentindo a minha garganta dar um nó.

Leena. Leena Hayworth.

Ela era uma caçadora também, uma das melhores que eu já conheci. A conheci durante um caso e não demorou muito já estávamos nos relacionando.

Não como era com as outras, uma só noite. Nós realmente namoramos, por meses. Um dos raros relacionamentos que eu tive na vida.

Mas, do nada, ela disse que não podíamos mais ficar juntos e sumiu da face da Terra. Eu nunca mais a encontrei. E eu a procurei por tanto tempo, eu realmente a amava. Ainda sonhava com ela algumas noites.

Dizem que ela tinha parado de caçar. Mas esse estilo de vida nunca nos deixa realmente, não é?

Não consigo acreditar que ela se foi.

- O que acha de cuidarmos desse caso? - Sammy perguntou, vendo como fiquei abalado com a reportagem.

- É, é uma boa ideia. - disse, voltando minha atenção a Sammy. - Mas, preciso descansar um pouco, cara. Se precisar de mim, estarei no meu quarto. - respondi, andando em direção ao meu quarto.

Eu a amava tanto. Ela foi a única pessoa com quem eu pensei que poderia ter um futuro, sabe? Não digo formar uma família ou algo assim, até porque, sendo caçador é complicado ter esse tipo de coisa. Mas conseguia vê-la comigo no futuro, ao meu lado, caçando juntos, morando juntos.

Até hoje não sei o motivo de ela ter partido. Achei que, um dia, a reencontraria, no meio de algum caso, conversaríamos, e ficaríamos juntos novamente. Nunca pensei que acabaria tendo que trabalhar em um caso sobre a morte dela. Mas, infelizmente, é o que acontece quando se está nessa vida.

No dia seguinte fomos em direção a Phoenix, Arizona. Quando chegamos lá, fomos falar com a garota, primeiro. Eu não fazia ideia de que ela tinha uma filha, foi uma completa surpresa quando Sam comentou algo sobre ela.

Estava um pouco preocupado em relação a isso. Pela garota e por mim.

Além de ela ter perdido a mãe a pouquíssimo tempo, foi ela quem a encontrou morta. É um trauma e tanto, e ela é só uma criança. E eu, estava com medo de que ela fosse muito parecida com Leena. Se ela fosse, não sei como reagiria, depois de todo esse tempo.