RENEGADES • [jjk + pjm]

CAPÍTULO DOZE

#RenegadesJKJM

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𝑪𝑨𝑷𝑰𝑻𝑼𝑳𝑶 𝑫𝑶𝒁𝑬

[ Seul, 8 de julho 8, 2020 ]

Jungkook está nervoso.

Mais precisamente, talvez ele esteja à beira de um ataque de ansiedade.

Ele está sentado em seu carro em frente à clínica há mais de dez minutos, o motor desligado e as janelas fechadas, tentando criar coragem para entrar e acabar logo com sua consulta. O único problema é que hoje é o dia em que ele deveria falar com o Dr. Harris, uma ligação que a Dra. Woo agendou assim que ele assinou os documentos necessários.

Jungkook só não tem certeza se deseja encarar a conversa que pode fazer com que ele saia um homem completamente diferente daquele que entrou.

Seu coração parece que vai bater para fora do peito e suas mãos estão incrivelmente instáveis; Jungkook não tem certeza se sua visão está fora de foco ou se é seu corpo que está tremendo incontrolavelmente – talvez ambos. Há uma fina linha de suor sobre seu lábio superior, e ele sabe sem sombra de dúvida que o tecido de sua camisa está mais escuro em suas axilas.

Ele odeia isso. Meu deus, como ele odeia isso.

Não está fora das possibilidades simplesmente ligar o carro e ir embora, fingir que teve algum imprevisto do qual não conseguiu se livrar, mas alguém bate em sua janela e o faz sobressaltar, desregulando seus batimentos cardíacos mais do que já estão.

"Sr. Jeon?" é a recepcionista da clínica, que provavelmente o encontrou no seu caminho para o almoço.

Ele remove a chave da ignição e pega sua carteira e telefone, abrindo a porta quando a mulher se afasta o suficiente para que ele não a acerte.

"Oi!"

"Está tudo bem? Você já está aqui há algum tempo."

Que hora terrível para encontrar uma vaga vazia bem em frente à clínica, onde todos o podem ver.

"Sim, sim. Eu estou bem."

A mulher não parece acreditar nele, mas por educação e falta de intimidade, ela não diz nada.

"Ok. A Dra. Woo já está pronta pra você, você pode ir direto para o escritório dela."

Jungkook assente. "Obrigado."

Só depois que a mulher está completamente fora de vista é que Jungkook tranca o carro e atravessa a rua, entrando no ambiente familiar com pouca convicção. Por mais que ele confie na médica que o acompanha desde a infância, ele tem medo de que essa nova abordagem seja irreversível.

Até mesmo a rápida pesquisa que ele fez sobre seus sonhos algumas semanas atrás teve um efeito devastador em sua mente. A ideia de seus piores pesadelos serem realmente reais é um medo que provavelmente nunca o abandonou; apenas aprendeu como controlá-lo à medida que envelhecia.

Woo Sooyeon está sentada atrás de sua mesa quando Jungkook bate na porta entreaberta, seus óculos apoiados na ponta do nariz enquanto ela folheia alguns papéis.

"Ei."

Ela retira seus óculos. "Ah, Jungkook. Oi, entre."

O escritório está disposto de forma ligeiramente diferenciada hoje, o sofá e a poltrona mais separados do que costumam estar, um apoio colocado entre as duas peças de mobília. Não que isso seja grande coisa, mas o cérebro de Jungkook já o está dizendo que este não é exatamente o lugar familiar em que ele confia.