RENEGADES • [jjk + pjm]

CAPÍTULO VINTE E SEIS

Oi, oi, renegados. Nesse capítulozinho vocês vão reparar uma mudança na formatação do texto - que eu vou explicar nas notas finais. Leiam, por favor, até porque coloquei lá também o cronograma pro aniversário de 1 aninho da fic.

Enfim, aproveitem, e não esqueçam os comentários e votinhos ♡

#RenegadesJKJM

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𝑪𝑨𝑷𝑰𝑻𝑼𝑳𝑶 𝑽𝑰𝑵𝑻𝑬 𝑬 𝑺𝑬𝑰𝑺

[ Seul, 17 de outubro, 2020 ]

Há um motivo pelo qual Jimin nunca gostou de vir aqui após um dia de trabalho e porque sua casa era a escolha preferida na maioria das vezes.

Embora em algum momento de sua vida ele tenha sido ativo e apto para jornadas como esta, agora ela parece ser uma demanda exorbitante para um corpo que foi condicionado a passar a maior parte do dia em uma cadeira.

A caminhada pela rua íngreme agora vem com um peso emocional adicional, que, de alguma forma, é ainda pior do que a exaustão física em si. As poucas vezes em que a rota fora relativamente agradável era quando Hoseok o mantinha completamente absorto em uma conversa, envolvido demais para reparar no trajeto; embora, agora, seja a mera ideia de ver o homem que a torna mais insuportável.

A lembrança daqueles tempos e do ar fresco de suas noites têm um gosto horrível em sua boca. Enganos.

Ao fim de uma manhã de sábado, a calçada está agitada com algumas crianças correndo e, presumidamente, seus supervisores sentados no meio-fio. Jimin se sente terrivelmente observado enquanto caminha até a porta de Hoseok, a caixa em suas mãos uma atração da qual ele não precisa.

Para piorar as coisas, o homem leva uma eternidade para abrir a porta.

— Jimin? — ele pergunta, seu tom puramente surpreso quando o faz.

— Oi — sua saudação é, na melhor das hipóteses, nada entusiasmada, brevemente ajustando a caixa entre as mãos como uma desculpa para não olhar o mais velho nos olhos.

A desculpa não perdura, porém, porque seria apenas evitar o inevitável.

— Tô surpreso em te ver aqui — admite Wonho, ainda amigável.

Sua postura e aura, no geral, não transparecem nenhuma falta de cordialidade, ao contrário; se Jimin não tivesse feito parte de seu término e da discussão que levou a tal, ele não poderia dizer que algo mudou para Wonho.

A aparência do homem muito se assemelha com o que Jimin já sabe ser seu estilo nos fins de semana normais: cabelo desgrenhado — se não um pouco mais comprido —, roupas evidentemente amassadas e pés descalços, as calças curtas demais para alcançar seus tornozelos.

Jimin não sabe por que esperava que algo mudasse inerentemente na rotina do outro. Ele simplesmente superestimou sua posição na vida de Lee Hoseok.

— Eu também — ele finalmente responde, ajustando a caixa novamente porque ela está começando a pesar mais do que ele gostaria, especialmente depois de escalar o asfalto irregular deste lado da cidade. — Mas algumas tarefas têm que ser feitas.

Parecendo ter sido lembrado da situação em que ambos se encontram, Hoseok crispa os lábios, o anuir de sua cabeça e um suave 'ah'  a única resposta ao tom nada amigável de Jimin.

Quando ele aponta para a caixa nos braços de Jimin, os olhos do mais novo seguem o movimento.

— Acho que isso me pertence, então?